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Escritora de “A casa das sete mulheres” participou do segundo dia da Festa Literária de Santa Maria



Foto colorida horizontal mostra duas pessoas sentadas, em primeiro plano, uma de lado, a escritora de frente, falando ao microfone e gesticulando, sob uma luz fraca
Painel com Leticia Wierzchowski foi mediado pelo professor Gérson Werlang

Um dos nomes mais influentes da literatura gaúcha, Leticia Wierzchowski foi a convidada especial do segundo dia de atividades da Festa Literária de Santa Maria (Flism). O painel, que teve mediação do professor da UFSM Gérson Werlang, aconteceu na noite desta quinta-feira (12), no auditório da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma), no centro da cidade.

Reconhecida como a “voz do romance” do Rio Grande do Sul, a autora tem como principal obra “A casa das sete mulheres”, que foi adaptada pela Rede Globo em uma minissérie exibida em 2003. Também roteirista, Leticia
Wierzchowski possui 28 livros escritos e compartilhou com os presentes sua trajetória de vida no painel intitulado “A alegria da escrita.”

Ao revelar um pouco sobre sua carreira, a escritora contou ao público que antes de se dedicar às letras cursou arquitetura, mas não chegou a completar. Foi também proprietária de uma confecção de roupas e trabalhou no escritório de construção civil de seu pai. Neste último emprego, começou a escrever ficção, tendo como referências as histórias de Érico Veríssimo.

Em 1998, aos 26 anos, Leticia publicou seu primeiro livro, “O anjo e o resto de nós”. Mas foi com seu quinto trabalho, “A casa das sete mulheres”, que Wierzchowski alcançou o sucesso. De acordo com a autora, a história é inspirada em um trecho do livro “Varões assinalados”, do escritor Tabajara Ruas. Em 2017 a escritora encerrou a trilogia de “A casa das sete mulheres” com o romance “Travessia: a história de amor de Anita e Giuseppe Garibaldi”.

Durante o espaço aberto para perguntas da plateia, Leticia falou sobre o seu processo de escrita e o que a literatura representa na sua vida. “A literatura tem o poder de subverter as realidades. Eu quero contar histórias para todo mundo e nunca me faltarão histórias”, enfatizou. Ao final, aconteceu a sessão de autógrafos de lançamento do seu último livro, “O menino que comeu uma biblioteca.”

Além do bate-papo especial com Leticia Wierzchowski, a programação do dia da Flism também contou com um painel sobre vida e obra do poeta português Fernando Pessoa, um debate sobre narrativas transmídia, um painel sobre os 50 anos da morte do escritor americano Jack Kerouac e, também, a discussão sobre a produção da crônica em Santa Maria.

A programação segue até esta sexta (13), com debates abertos, painéis especiais, lançamentos de livros e sessões de autógrafos no auditório da Cesma, localizado na Rua Professor Braga, 55.

Mais informações na página do evento no Facebook.

Texto: Pablo Iglesias, acadêmico de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias

Foto: Thiago Rampelotti/Divulgação

Edição: Ricardo Bonfanti

 

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