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Laboratório de Arqueologia da UFSM leva o trabalho arqueológico gaúcho ao grande público



Laboratório está aberto ao público e traz um acervo relacionado aos povos e culturas que viveram no RS no período pré-colonial

Com mais de 200 mil peças, trabalho do laboratório envolve pesquisadores e bolsistas

No mês de outubro foi inaugurado o Laboratório de Arqueologia, Sociedades e Culturas das Américas (Lasca) da Universidade Federal de Santa Maria. Vinculado ao Departamento de História do Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH) da UFSM. O laboratório é coordenado pelo professor do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Maria, André Luis Ramos Soares e tem como principal objetivo mostrar ao grande público o trabalho do arqueólogo e a pesquisa arqueológica no estado do Rio Grande do Sul.

O laboratório fica localizado em uma casa ao lado do prédio da antiga reitoria, na Rua Floriano Peixoto, 1176, centro de Santa Maria. O espaço apresenta mais de 200 mil peças, conta com reservas técnicas e maquetes que contam a história de locais e povos que ocuparam o território do estado antes do período pré-colonial, como por exemplo, Kaingang e Guarani.

Laboratório é vitrine para a pesquisa arqueológica no Rio Grande do Sul

A arqueologia trabalha com a investigação dos indícios ou vestígios de civilizações e culturas passadas. O termo é composto pelos radicais gregos Arkhé, que significa “início/começo” e Logia, que significa “estudo/ciência”. São estudos que têm como principal objetivo fornecer materiais para a reconstrução do passado humano. De acordo com o coordenador do LASCA, professor André Soares, a arqueologia é interdisciplinar por definição. “O principal elemento da arqueologia é o estudo das sociedades através da cultura material, não importa onde e quando. Geralmente é associado a trabalhar com povos do passado, mas também existe arqueologia industrial, subaquática, ou mesmo arqueologia dos desaparecidos em regimes de exceção. Os arqueólogos podem ter qualquer formação, tanto nas humanidades, nas ciências exatas, da terra, ou mesmo na área da saúde. Os e as arqueólogas trabalham em pesquisa acadêmica, licenciamento ambiental, arqueologia de contrato, e até área forense.” comenta.

De acordo com o professor, o trabalho no novo laboratório representa o maior objetivo da profissão de arqueólogo. “A Arqueologia proporciona conhecer não somente outras culturas, mas perceber a diversidade cultural ao longo do tempo. Para além de filmes como Indiana Jones ou Lara Croft, existem milhares de perguntas ainda sem resposta que intrigam a todos, como por exemplo, por que existem pirâmides no Egito, na América? Nosso trabalho é demonstrar o que os povos em épocas diferentes descobriram, as diferentes formas de se relacionar com o ambiente, com o entorno, e com os outros povos.” acrescenta o coordenador.

A equipe do LASCA conta com a participação bolsistas do curso de História e o museólogo Bernardo Duque de Paula. Ele explica que, antes do material ser armazenado, existem etapas que passam pela separação das peças, higienização e processo de catalogação. “O que está exposto não é nem 1% do que temos conservado aqui no laboratório. Depois do processo que deixa os materiais prontos para o armazenamento, eles são catalogados e guardados nas caixas que são mantidas em uma temperatura adequada. Aqui são desenvolvidas atividades de pesquisa, ensino e extensão” explica Bernardo. Atualmente, dois projetos de pesquisa que envolvem escavação arqueológica estão em andamento, nos municípios de Santa Maria e de Cruzeiro do Sul, além de um projeto de doutorado da Universidade de São Paulo (USP) também em execução no laboratório.

Laboratório de Arqueologia é aberto à visitação

A Escola Estadual Indígena Yvyraija Tenonde Vera Miri participou de uma visita guiada por funcionários e bolsistas. Os alunos conheceram um pouco mais sobre diferentes povos e participaram de uma atividade de escavação. Acompanhando os estudantes. a professora de história Sirlete Bitencurt comenta da importância dessas atividades para a turma. “Para eles o concreto é muito importante. Como falam basicamente só o Guarani, muitas vezes eles não compreendem o que estamos falando. Já trabalhei com eles essa questão da arqueologia e pinturas rupestres, mas a prática agrega muito mais. A concretização aumenta o interesse.” afirma.

A visita à exposição é gratuita e é guiada por bolsistas do laboratório, mediante agendamento pelo e-mail lascaufsm@gmail.com ou pelo telefone (55) 3220-9240. O horário de atendimento ao público é das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Reportagem e fotos: Vitória Parise – Bolsista da Agência de Notícias da UFSM
Edição: Davi Pereira – jornalista da Agência de Notícias

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