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Aplicativo desenvolvido com participação da UFSM projeta aumentar a produtividade de arroz



Foto colorida horizontal mostra o vice-reitor falando e gesticulando a um público que não aparece na foto, mais atrás, cinco homens observam, ao fundo um banner do planejarroz
Vice-reitor da UFSM, Luciano Schuch, participou do lançamento do aplicativo em Capão do Leão

Uma parceria que reúne a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) e pesquisadores integrantes da Equipe FieldCrops (que conta com membros da UFSM e de outras universidades do Rio Grande do Sul), resultou na criação de um aplicativo que prevê facilitar a vida dos cultivadores de arroz. Trata-se do PlanejArroz, que foi oficialmente lançado nesta quarta-feira (12), durante a 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, em Capão do Leão. O ato de lançamento contou com a presença do vice-reitor da UFSM, Luciano Schuch, e demais representantes da Universidade.

O PlanejArroz é a junção de dois softwares: um desenvolvido pela Embrapa, o GDArroz, que faz a parte de fenologia, como se determinasse a idade da planta; e o outro, o SimulArroz, produzido na UFSM, que além da fenologia, também acompanha o crescimento e a produtividade de grãos da planta. O modelo utiliza a energia solar, a transforma em biomassa através da fotossíntese, convertendo em grãos. A junção desses dois modelos foi disponibilizada em um aplicativo de celular, que inicialmente está disponível apenas para celulares Android e em versão web.

“Hoje em dia, estamos vivendo numa nova era, que é a agricultura 4.0, que é o uso da tecnologia, de dados e informação através de aplicativos, seja no computador ou no celular”, afirma o doutorando em Agronomia pela UFSM Michel Rocha, participante do FieldCrops.

O PlanejArroz tem como diferencial levar os dois softwares, só utilizáveis em computadores, para um aplicativo de fácil uso. Nele, o agricultor poderá cadastrar suas áreas, com localização e tamanho, e, a partir disso, registrar informações de manejo, como a época de semeadura, por exemplo. O Inmet fornece informações meteorológicas a curto, médio e longo prazo, e os softwares darão acesso à fenologia da planta, para que o produtor consiga calcular se a produtividade será acima ou abaixo da média esperada.

“Ao cadastrar a lavoura, o arrozeiro tem acesso à média histórica de produtividade. À medida que for avançando a safra, a gente vai atualizando com os dados meteorológicos do Inmet para analisar se vai ter um desvio de a produtividade ser maior ou menor que a média. Pensando em ambiente, se há maior disponibilidade de radiação solar, a tendência é que a produtividade aumente. Já em anos de El Niño, que há muita chuva, a produtividade cai. Ou seja, o produtor vai conseguir enxergar se ele produziu mais por conta do manejo ou mais por conta do ambiente. Ele vai conseguir medir isso e saber se o seu manejo pode ser melhorado ou não”, explica Michel.

O PlanejArroz, afirma o pesquisador, é o primeiro aplicativo para a produção de arroz que entrega ao produtor informações de produtividade baseado em processos da planta.

A Equipe FieldCrops é formada por pesquisadores de diversas universidades e instituições do Rio Grande do Sul, Brasil, Argentina, Uruguai e Estados Unidos. Os professores do Departamento de Fitotecnia do CCR Nereu Streck e Alencar Zanon são coordenadores do grupo, que conta com cerca de 60 integrantes apenas na UFSM.

Texto: Juan Grings, acadêmico de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias

Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista da Agência de Notícias

Foto: Divulgação

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