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Projeto desenvolvido na UFSM-FW converte dejetos suínos em fertilizante orgânico granular



Dejetos de suínos, fração líquida tratada e fertilizante granulado

Um projeto desenvolvido na UFSM Campus Frederico Westphalen está transformando a fração sólida dos dejetos de suínos provenientes de sistema de tratamento em fertilizante orgânico na forma granulada, beneficiando a suinocultura, a agricultura e o meio ambiente. Trata-se do Sistema de Tratamento de Águas Residuárias de Suinocultura – Granulação de Fertilizante Orgânico (Sistars-GFO), que vem sendo desenvolvido desde 2018. 

Sob coordenação do professor Clovis Orlando Da Ros e envolvendo a participação de outros professores da Instituição, técnicos de laboratório, graduandos dos cursos de Agronomia e Engenharia Ambiental e Sanitária e alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, o projeto busca possibilitar a ampliação de empreendimentos voltados à suinocultura e, simultaneamente, minimizar os impactos gerados pelos dejetos de suínos.

Com a utilização de uma tecnologia desenvolvida pelo projeto, é possível fazer a separação das frações sólida e líquida dos dejetos. A fração sólida pode ser usada como matéria-prima para produção de fertilizantes orgânicos na forma granulada, e a fração líquida, depois de descontaminada, pode ser lançada em mananciais de água.

O professor Clovis conta que a ideia do projeto surgiu da necessidade de dar um destino adequado aos dejetos líquidos de suínos, pois muitos suinocultores não conseguem aumentar o plantel devido à falta de área agrícola para descarte dos dejetos. “O tratamento dos dejetos líquidos é uma forma de possibilitar o aumento do plantel de suínos e viabilizar os novos empreendimentos de suinocultura que estão sendo incentivados na região”, afirma. A região Noroeste, principalmente a microrregião de Frederico Westphalen, é uma grande produtora de suínos. Com a implantação de um sistema eficiente de tratamento dos dejetos, não é necessária área de descarte, viabilizando a ampliação e a implantação de novos empreendimentos.

Sistema de tratamento de dejetos instalado no campus

Benefícios ambientais e agrícolas

Além dos benefícios às atividades de suinocultura, o meio ambiente e a agricultura também são beneficiados pelo projeto. A transformação da fração sólida dos dejetos em fertilizante orgânico granulado permite que o passivo ambiental gerado na unidade de produção de suínos seja retirado do local, minimizando a contaminação do solo e da água. Na agricultura, o fertilizante orgânico granulado poderá ser utilizado conforme as recomendações agronômicas, com base na disponibilidade de nutrientes no solo e da necessidade das plantas, potencializando a sua eficiência e minimizando os riscos de contaminação do ambiente.

Clovis explica que os dejetos de suínos, armazenados em esterqueiras, e o posterior uso como fertilizante orgânico, como é comum na região de Frederico Westphalen, apresenta alto potencial de contaminação do solo e da água. “A transformação da fração sólida dos dejetos de suínos em fertilizante orgânico granulado, que passou por um processo de tratamento eficiente, minimiza os riscos de contaminação do solo. Isto se deve ao processo de tratamento dos dejetos e do processo de secagem do fertilizante, que elimina os organismos patogênicos”, explica, ressaltando que o fertilizante orgânico granulado deve ser obtido a partir de dejetos de suínos que foram submetidos a um processo de tratamento.

Os próximos desafios para o projeto são a implantação de uma fábrica de fertilizante na região e a adoção do sistema de tratamento de dejetos nas unidades de criação de suínos. “Hoje já nos colocamos à disposição do público interessado para a realização de visitas e orientamos outras unidades de tratamento, conforme o interesse dos produtores”, diz o professor. Com relação à granulação do fertilizante orgânico, o objetivo é repassar estes processos a produtores ou empresas interessadas em produzir em larga escala. No entanto, a disponibilização de matéria-prima para o processo de granulação irá depender da adoção do sistema de tratamento de dejetos.

Todos os processos referentes ao projeto são desenvolvidos no campus da UFSM de Frederico Westphalen e contam com o apoio de empresas locais, do Departamento de Ciências Agronômicas e Ambientais, CNPQ e Fipe, que disponibilizam bolsas de iniciação científica para os estudantes envolvidos.   

Texto: Ana Júlia Müller Fernandes, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista da Agência de Notícias
Fotos: Divulgação

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