A pesquisa de percepção do Ranking de Universidades Empreendedoras (RUE) edição 2021 já está aberta para alunos(as) de graduação ou recém formados(as) das universidades. O RUE é organizado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior) e elaborado pelo Movimento Empresa Júnior (MEJ), que avalia a Cultura Empreendedora, a Inovação, a Extensão, a Internacionalização, a Infraestrutura e o Capital Financeiro das Universidades Brasileiras.
Para a Brasil Júnior, uma universidade empreendedora é aquela inserida em um ecossistema favorável, que desenvolve a sociedade por meio de práticas inovadoras. Há uma proatividade da comunidade acadêmica para resolver problemas, assumindo riscos e aproveitando as oportunidades. Seguindo essa definição, no RUE de 2019 a UFSM conquistou a 9ª posição entre as 123 IES brasileiras ranqueadas.
Com essa conquista a universidade recebeu por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) Inovação o valor de R$ 1 milhão, repassado pelo Ministério da Educação para as universidades mais bem ranqueadas. A quantia vem sendo aplicada em investimentos relacionados ao empreendedorismo e à inovação na UFSM, o que era uma exigência do repasse.
Do valor total, uma parte foi destinada para reforma da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec), outra para obras na Incubadora Tecnológica de Santa Maria (ITSM) e o restante para a construção de salas inovadoras em seis locais: campus de Cachoeira do Sul, Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), Centro de Tecnologia (CT), Centro de Educação (CE), ITSM e Pró-Reitoria de Extensão (PRE), em uma sala no prédio da antiga Reitoria, no centro de Santa Maria.
UFSM e empreendedorismo
Conforme o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), oportunizar atividades de empreendedorismo durante a formação acadêmica está entre os objetivos estratégicos da UFSM. Assim, o RUE torna-se um aliado para que a instituição possa se aperfeiçoar ainda mais como uma universidade empreendedora. O RUE é um dos principais rankings do país para mensurar a qualidade de excelência educacional que o estudante tem dentro da sua instituição de ensino para qualificar a universidade como empreendedora.
De acordo com o presidente executivo e diretor de desenvolvimento do Núcleo Impulso (instância do MEJ responsável pela região centro-oeste do RS) Gustavo Storgatto, para uma universidade ser considerada empreendedora ela precisa alcançar a excelência nos seis pontos de avaliação (Cultura Empreendedora, Inovação, Extensão, Internacionalização, Infraestrutura e Capital Financeiro) em consonância com os três pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão. “Uma universidade empreendedora não é somente uma universidade, ela é um ponto de conhecimento, uma instituição, uma organização , que contribui para resolver problemas reais e atuais de uma forma inovadora e impactando de uma forma positiva na sociedade. É ótimo perceber nossa universidade frente a outras, ver que a UFSM está na nona posição, nos faz perceber que temos o privilégio de poder estudar em uma instituição de excelência. Ao mesmo tempo, temos a vontade de melhorar e avançar cada vez mais e levar a UFSM para uma posição melhor no ranking das universidades empreendedoras.”
O Desafio 6, dos Desafio Institucionais da UFSM, está voltado ao relacionamento da Universidade com a sociedade, e o foco estratégico está em fortalecer as ações de integração com a sociedade, especialmente por meio dos ambientes promotores de inovação e empreendedorismo, bem como de ações e projetos de extensão nos campi fora de sede, atuando ao mesmo tempo para consolidar ações e programas de extensão de referência em todos os oito eixos da extensão.
Seguindo a proposta do desafio e visando uma maior posição da UFSM no Ranking de Universidades Empreendedoras, a meta é, até 2022, subir, pelo menos, uma posição, conquistando o 8º lugar entre as universidades mais empreendedoras do país. Para isso, a UFSM conta com a participação dos e das estudantes na pesquisa de percepção, que pode ser acessada em RUE 2021.
Como funciona o RUE
O Ranking de Universidades Empreendedoras é composto por milhares de empresas juniores e estudantes de todo o país, tendo o MEJ o auxílio de um grande número de voluntários, parceiros e organizações. Gustavo explica que o ranking é feito através da coleta e análise de dados resultantes de três fontes: uma pesquisa de percepção que é respondida por estudantes de graduação de todo o país, que tem como objetivo coletar a opinião dos discentes. A coleta por meio dos embaixadores (alunos voluntários) é a segunda fonte, que visa obter informações autodeclaradas pelas universidades diretamente na plataforma da Brasil Júnior. Já a terceira fonte são dados de fontes secundárias, ou seja, base de dados complementares a partir das informações já existentes.
Para a construção da arquitetura e desenvolvimento de um método de avaliação das universidades para o ranking, foi realizada uma consulta com mais de 4000 estudantes sobre quais características que mais contribuem para uma Instituição de Ensino Superior (IES) ser mais empreendedora. E com base nas respostas chegou-se à definição e nas dimensões: Cultura Empreendedora, Inovação e Extensão tendem a medir o que substancialmente influência no grau de empreendedorismo de uma IES. Já as dimensões de Internacionalização, Infraestrutura e Capital Financeiro são aqueles que medem os meios, proporcionando as melhores condições para o desenvolvimento do protagonismo acadêmico.
O RUE possibilita que as universidades tenham uma estratégia para estabelecer metas de como ser uma universidade empreendedora e impactar na realidade da instituição. “Olhar para todos os pilares que formam uma universidade empreendedora faz com que a instituição perceba como ela deve se atualizar, como ela deve voltar para o hoje e realmente trazer soluções para a sociedade que sejam adequadas e funcionais. Além disso, o ranking traz à tona a voz e a opinião dos estudantes de acordo com a infraestrutura oferecida pela sua universidade, ambientes de inovação e ensino. Dessa forma, a universidade pode fazer um planejamento de ação para melhorar ou manter os índices de avaliação de uma forma satisfatória através do RUE”, conta Gustavo, presidente executivo e diretor de desenvolvimento do Núcleo Impulso.
Texto: Ana Júlia Müller Fernandes, acadêmica de Jornalismo e estagiária na Unidade de Comunicação Integrada
Edição: João Ricardo Gazzaneo