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Professora da UFSM foi jurada do Prêmio Jabuti na categoria Projeto Gráfico

A professora Marilia Barcellos, dos cursos de Comunicação da UFSM, trabalha no mercado editorial desde 1989



A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou na terça-feira (9) a lista dos finalistas nas 20 categorias do 63º Prêmio Jabuti, que é uma das mais importantes premiações literárias do Brasil. A ocasião serviu também para tornar pública a relação dos jurados, cujos nomes eram mantidos em sigilo, em conformidade com o regulamento da premiação. Entre os nomes revelados está o da professora Marilia de Araujo Barcellos, do Departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, que está entre os três jurados da categoria Projeto Gráfico.

Apesar de trabalhar no mercado editorial desde 1989, esta foi a primeira vez em que ela foi convidada a ser jurada de uma premiação. Na opinião dela, houve “um movimento muito saudável de descentralização na composição dos jurados em todas as categorias”, com a inclusão de nomes de fora do eixo Rio/São Paulo.

“Um bom projeto gráfico faz a gente ler sem esforço”, afirma a professora Marilia Barcellos

Da organização do Jabuti, ela recebeu em sua casa vários livros para análise. “Resido num prédio mais antigo, sem elevador, e para subir as caixas até o terceiro andar foi uma ‘novela’!”, relembra a professora. Marilia passou então as suas férias acadêmicas analisando as obras, das quais, em uma primeira triagem, selecionou cerca de 40%. “Daí fiquei um tempo me familiarizando com cada um deles, e aos poucos, excluindo ou destacando-os da minha listagem.”

De acordo com o regulamento do Prêmio Jabuti, são três os critérios para avaliar o projeto gráfico dos livros: composição estética; originalidade e inovação; funcionalidade e adequação ao perfil da obra.

“O projeto gráfico é uma etapa muito importante do processo editorial. Um bom projeto deve atender harmoniosamente o conteúdo e a sua materialidade em toda sua estrutura: elementos extratextuais, pré-textuais, textuais e pós-textuais, ou seja, uma composição que permita uma leitura agradável, um manuseio confortável, a fim de que o conteúdo seja recebido da melhor maneira possível. É só lembrar, por exemplo, daqueles livros que a gente não consegue lê-los porque têm a letra muito pequenininha, ou frases compridas, a largura da página que o olho não alcança, ou mesmo a sensação estranha de segurar um livro pesado em mãos, ou que tenhamos de abrir as páginas ao máximo para podermos ler o texto próximo à margem interna da folha”, explica Marilia.

Para concluir o julgamento, cada jurado teve de indicar 13 livros para a organização do Jabuti, aos quais atribuíram notas de 7 a 10, sendo uma nota diferente para cada critério de avaliação. Marília resume as características que para ela compõem um bom projeto gráfico:

“Eu diria que alguns itens essenciais para quem trabalha na área parecem supérfluos para alguns, mas são extremamente importantes, por exemplo: a inserção do colofão, no final do livro, com os dados do material utilizado na obra. Houve quem o ignorasse, mas são informações preciosas que valorizam o projeto gráfico identificando onde foi impresso, qual o papel utilizado, dentre outras coisas que valorizam a produção. Um bom projeto gráfico ajuda a gente a efetuar a leitura, a partir de uma boa disposição das imagens, do arejamento entre as linhas, das ilustrações pertinentes inseridas (com a possibilidade de um toque especial ao folhear o papel macio), das cores. Um bom projeto gráfico faz a gente ler sem esforço”.

Na lista divulgada na terça-feira, há dez finalistas em cada categoria; antes da divulgação do resultado final, essa lista passará por um afunilamento, com cinco concorrentes por categoria, cuja divulgação está prevista para a próxima terça-feira (16). Por fim, os vencedores nas 20 categorias serão divulgados em uma solenidade on-line (a ser transmitida no canal da CBL no Youtube) no dia 25 de novembro, às 19h, a qual terá o ator Dan Stulbach como mestre de cerimônias.

Os vencedores em cada categoria vão receber um prêmio de R$ 5 mil cada um e a estatueta do Jabuti. Entre os concorrentes está o professor Enéias Tavares, dos cursos de Letras da UFSM, que tem se destacado na literatura fantástica. Ele é o autor do romance Parthenon Místico, que é um dos dez finalistas na categoria Romance de Entretenimento. Na cerimônia, também será revelado o título escolhido como Livro do Ano, cujo autor ganhará um prêmio de R$ 100 mil. O homenageado da noite será o escritor Ignácio de Loyola Brandão, nomeado como a Personalidade Literária do 63º Prêmio Jabuti.

Texto: Lucas Casali

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