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Observatório da Comunicação de Crise publica orientações para gestão de crise no contexto de ataques a escolas

Artigo traz norteadores para imprensa, influenciadores digitais, famílias e poder público



O Observatório da Comunicação de Crise (OBCC) do campus de Frederico Westphalen da UFSM publicou hoje (19) um artigo com orientações para gestão de crise no contexto de ataques a escolas. Ao todo, são 40 diretrizes voltadas para escolas, imprensa, poder público, famílias e sociedade em geral. A publicação intitulada “Gestão de crise no contexto de ataques a escolas: uma lição de casa multissetorial, multidisciplinar e integrada” está disponível no portal do Observatório.

O artigo de autoria de Jones Machado, professor de Relações Públicas da UFSM em Frederico Westphalen e coordenador do OBCC ressalta a importância de não trabalhar a comunicação apenas em eventos críticos, mas, de forma integral, o que permite mapear sinais e evitar crises. A prática da gestão de riscos, pouco difundida no Brasil, traz respostas mais rápidas e eficazes, além de agir de forma preventiva. Para isso, é preciso um trabalho coletivo e conjunto de diferentes segmentos da sociedade.

“A gestão de riscos começa em casa, com a atuação de pais, tutores e responsáveis no acompanhamento das atividades dos filhos na internet e na escola. Continua com a escola cumprindo seu papel através da educação formal e do exercício da convivência coletiva. Passa pela mídia, que atravessa todas as esferas da sociedade ao pautar a opinião pública. Ainda depende da atuação governamental e do Poder Público, os quais devem garantir segurança”, avalia Machado.

Veja abaixo as orientações sugeridas no trabalho.

Pais, tutores e/ou responsáveis:
– Observar comportamento de isolamento e/ou de agressividade;
– Monitorar sites, redes sociais, aplicativos e jogos online que os filhos acessam;
– Não compartilhar boatos sobre possíveis ataques;
– Revisar materiais escolares dos filhos diariamente;
– Conversar com os filhos sobre temas (religião, raça, gênero, sexualidade, etc.) comumente presentes em práticas de discriminação, intolerância e bullying (homofobia, misoginia, xenofobia, racismo, transfobia, machismo, gordofobia, etc.);
– Observar o interesse por armas e explosivos, casos de massacres e/ou idolatria a figuras violentas;
– Monitorar a qualidade da saúde mental dos filhos e, se necessário, buscar ajuda especializada;
– Em caso de conhecimento de suspeitas de ataque, contatar a Escola, a Polícia ou denunciar em canais oficiais.

Escolas, creches e secretarias de Educação:
– Identificar e tomar medidas em casos de bullying;
– Identificar e tomar medidas em conflitos entre estudantes ou entre estudantes e professores;
– Não compartilhar boatos sobre possíveis ataques;
– Desenvolver atividades para a educação midiática e “alfabetização digital”;
– Manter equipe multidisciplinar para monitorar e auxiliar na saúde mental dos estudantes;
– Ter ações de acolhimento e escuta ativa;
– Identificar estudantes com comportamento violento e monitorar;
– Prevenir a violência por meio de atividades educativas;
– Realizar treinamento e capacitações para situações de emergência e de primeiros socorros para estudantes e professores;
– Desenvolver e divulgar para a equipe da escola/creche um plano de emergência contendo mapa de riscos, protocolos de ação, sistemas de alerta e de resposta;
– Ter porta-voz preparado para a comunicação com pais e imprensa;
– Em caso de suspeita/ameaça de ataque, contatar a Polícia.

Imprensa e influenciadores digitais:
– Evitar compartilhar boatos ou tentativas de ataques a fim de não promover medo e pânico;
– Evitar divulgar nome e foto dos envolvidos em ataques para não contribuir com o “efeito-contágio”;
– Evitar divulgar nome e foto de vítimas, principalmente se forem crianças;
– Evitar divulgar os casos de ataques de forma sensacionalista ou espetaculosa;
– Evitar descrever as táticas e estratégias das forças de segurança;
– Levar em conta o impacto das informações sobre a dignidade e a segurança das pessoas;
– Buscar desconstruir rumores, discursos de ódio e teorias conspiratórias;
– Divulgar informações de utilidade pública e didáticas, no sentido de auxiliar na prevenção, na mitigação de danos e da perda de vidas.

Executivo, Legislativo e Judiciário:
– Manter canal de denúncias específico permanentemente aberto, a exemplo do recém-criado Escola Segura;
– Propor políticas públicas voltadas ao desarmamento;
– Empreender a regulação de aplicativos de mensagens, mídias sociais digitais e sites de redes sociais digitais;
– Propor políticas públicas relativas à cultura de paz e contra o discurso de ódio;
– Exigir das Big Techs (Twitter, TikTok, Whatsapp, Facebook, Discord, Telegram, etc.) a remoção de conteúdo que faça menção à violência contra escolas, estudantes e professores e/ou incentive ataques;
– Identificar e responsabilizar pessoas que postam mensagens e imagens de ameaças a escolas ou de incentivo a ataques;
– Exigir das Big Techs a reprovação de conteúdos nazistas, fascistas, homofóbicos, transfóbicos e racistas, proibindo sua publicação e impulsionamento pago;
– Aplicar as leis existentes e propor novas leis que deem conta da complexidade do tema.

Sociedade em geral:
– Não espalhar boatos sobre ataques a fim de evitar medo e pânico;
– Denunciar suspeitas em canais oficiais dos governos e para a Polícia;
– Denunciar o compartilhamento de fake news às plataformas em que foram publicadas;
– Não compartilhar imagens e nomes de quem comete massacres;
– Não clicar ou compartilhar links contendo imagens de algum ataque.

 

Com informações do OBCC
Foto: Daniel Michelon De Carli

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