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Nova técnica para realizar exame de fundo de olho será implementada no HUSM-UFSM

Capacitação para residentes que atuam no Pronto-Socorro e UTI será ministrada pelo médico oftalmologista Rafael Mariano da Rocha



O oftalmologista Rafael Henrique Martini Mariano da Rocha realizando exame de fundo de olho com a nova técnica.

O oftalmologista Rafael Henrique Martini Mariano da Rocha, que atua no Ambulatório de Oftalmologia do Hospital Universitário de Santa Maria da Universidade Federal de Santa Maria (HUSM-UFSM), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), está realizando uma capacitação para  implementar uma nova técnica de exame de fundo de olho em áreas estratégicas do hospital. 

Também conhecida como fundoscopia e oftalmoscopia, a técnica é essencial para identificar doenças sistêmicas, inflamações do nervo óptico, doenças na retina, manifestações oculares da diabete, da hipertensão, entre outras. 

A novidade é o uso de uma lente de aumento (capaz de ampliar a imagem 3,5 vezes) e a gravação do exame por meio do telefone celular, o que permite uma avaliação – a distância – pelo oftalmologista. Ao mesmo tempo em que oferece ao médico emergencista do Pronto-Socorro ou da UTI o diagnóstico para várias doenças. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 285 milhões de pessoas no mundo têm a saúde dos olhos prejudicada. Além disso, 60% a 80% dos casos podem ser evitados ou dispõem de tratamento. Outra problemática é que a maioria das pessoas não realiza esse tipo de exame. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) de 2020 indicou que 34% da população adulta nunca foi a um oftalmologista.

O exame na prática

O novo método consiste em observar o olho do paciente utilizando a lente – que amplia a imagem do fundo de olho – e a câmera do celular (no modo vídeo e com o flash ativado) para a gravação do exame. Dessa forma, os médicos plantonistas não precisam utilizar o oftalmoscópio indireto – equipamento usado apenas pelos oftalmologistas.

O vídeo gravado é enviado para um oftalmologista, para obter uma resposta mais rápida e apurada do resultado do exame. “Com esse novo método, teremos mais agilidade em alguns diagnósticos, mesmo à noite ou em fins de semana, quando não há oftalmologistas de plantão. Poderemos analisar o exame de casa e enviar um parecer e discutir os resultados.”  enfatiza Rafael, ao revelar que o novo método foi apresentado, recentemente, em cursos no Congresso Latino Americano de Emergências e no Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência, no final do ano passado.

Doenças e sintomas que o exame pode identificar

Os olhos possuem duas câmaras, a posterior e a anterior. A anterior é a mais externa e visível, onde se encontra a córnea, a íris, a pupila e a esclera (parte branca). Para ser observada em detalhe, os oftalmologistas utilizam a chamada lâmpada de fenda – um tipo de microscópio.

“Já a câmara posterior é onde se localiza todas as partes que ficam atrás da pupila (vítreo, a úvea e a retina).  Ou seja, é o fundo do olho que dá nome ao exame. A retina é uma área muito vascularizada, e é nela que podem ser encontradas alterações vasculares de doenças sistêmicas, como a diabete e a pressão alta, e sinais de algumas infecções, como por citomegalovírus, toxoplasmose, e bartonelose, sinais de esclerose múltipla e até mesmo violência física em bebês. Mesmo que não apresentem hematomas externos, pelos olhos é possível ver bolsas de sangue que indicam a violência.” afirma.

Capacitação está indo para terceira turma

Por meio do curso, os alunos aprendem a realizar o método corretamente para identificar essas doenças e sintomas. Serão formadas turmas pequenas – com cerca de 7 alunos – para que os residentes possam receber um atendimento personalizado.

O curso tem carga horária de 4 horas e está sendo oferecido por meio da Unidade de Desenvolvimento de Pessoal (UDP). A primeira turma já está em andamento. Nas próximas semanas, uma nova turma será aberta. 

Texto: Unidade de Comunicação do HUSM

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