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Apesar da chuva, Festival Paralímpico movimenta a UFSM

Evento promove inclusão por meio do esporte e trouxe, pela primeira vez, a modalidade de goalball a Santa Maria



Arremesso de disco foi uma das atividades adaptadas do atletismo

Nem mesmo a chuva impediu a realização da primeira edição do Festival Paralímpico de 2025 na UFSM. Logo na chegada ao Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), voluntários seguravam grandes guarda-chuvas para proteger os participantes, que desciam de ônibus e vans vindos de diferentes localidades.

Ainda na entrada, o Esquadrão da Alegria, ONG de palhaços que realiza visitas em hospitais de Santa Maria, recepcionava o público com a presença da Doutora Chapolina e da Doutora Pipoca, da Pipolândia. Essa foi a segunda participação da ONG no evento e a Doutora Chapolina comenta: “Nossa, é uma experiência muito boa, é revigorante ver a energia deles. Mesmo num dia chuvoso como hoje, a galera foi muito receptiva conosco. Então eu acho que é muito gratificante passar a ter essas experiências”. A Doutora Pipoca complementa: “Como doutora Pipoca, é muito lindo ver isso, mas como a minha amiga Karolinny, que é professora de Inclusão da Educação Especial, é muito mais lindo ainda, porque é ver um sonho realizado aqui”. Karolinny Moysés é quem dá vida a personagem Doutora Pipoca e, mesmo ao se referir a si mesma, mantém o tom lúdico, sem sair do papel.

Evento já é tradição na UFSM

Promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Festival acontece simultaneamente em 124 cidades do país e proporciona a crianças e adolescentes, com e sem deficiência, de 7 a 20 anos, o contato recreativo com modalidades paralímpicas. Em Santa Maria, é realizado pelo Centro de Referência Paralímpico Brasileiro UFSM (CRPB UFSM) em parceria com o Núcleo de Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada (Naeefa). A UFSM sedia o evento pelo quarto ano consecutivo.

A primeira edição de 2025 ocorreu no sábado (14), nos ginásios 1 e 2 do CEFD, com 312 inscritos de cidades como Júlio de Castilhos, Panambi, Restinga Seca e Santa Maria. As modalidades ofertadas foram atletismo, parabadminton e, a estreante, goalball.

Os participantes eram divididos em grupos de acordo com a cor da sua fitinha

Adaptação em meio à chuva

Por conta das condições climáticas, nem todos os inscritos puderam comparecer, e a pista de atletismo não pôde ser utilizada. A organização, no entanto, já havia se preparado.
“Como foi toda a semana com previsão de chuva, começamos com antecedência a mobilização para adaptar todas as atividades para os ginásios”, explicou Luciana Palma, coordenadora do Naeefa.

Durante a primeira parte da manhã, as dinâmicas de parabadminton e goalball  foram praticadas, cada uma em um ginásio. Depois, ambos os espaços receberam as atividades de atletismo adaptado.

Parcerias fortalecem a inclusão

A edição deste semestre contou com cerca de 60 voluntários dos cursos de Educação Física, Bacharelado e Licenciatura, e com a colaboração de instituições parceiras. Pela primeira vez, entidades que já apoiavam o evento também participaram da organização e execução das atividades, como a Escola e Clínica Antônio Francisco Lisboa, a Associação Colibri, a Associação Bem Viver e a Apae de Santa Maria.

“Viemos nessa organização há longos três meses. Pensamos todo o evento, as modalidades, como organizar tudo com muito carinho. Tem esse grupo maravilhoso de voluntários, os professores, que durante esses meses se organizaram para criar esses materiais. Essas nossas parceiras puderam, também, participar nesta criação”, diz a Supervisora do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro UFSM Marcele Dorneles.

No parabadminton, por exemplo, as raquetes foram confeccionadas pelos próprios participantes das instituições parceiras. “Eles também fizeram a confecção das camisetas nas instituições. Eles nos auxiliaram, porque a gente não recebe tantos tamanhos grandes“, acrescenta Marcele.

Pessoas de diferentes cidades da região vieram participar do Festival Paralímpico
Nesta edição, participantes puderam praticar atletismo, parabadminton e goalball

Estreia do goalball, interação e reconhecimento

Entre as instituições presentes, a Apae de Santa Maria esteve novamente no Festival. A coordenadora pedagógica Tatiane Marques ressaltou a relevância da participação: “É um momento maravilhoso, tanto para nós, professores, quanto, principalmente, para nossos alunos. Eles vivenciam atividades diferentes, com colegas de outras escolas. Isso é muito rico” .
Tatiane também celebrou a novidade desta edição: “Eles estão bem animados com os jogos novos e se divertindo bastante com o goalball.”

O evento também contou com a participação da vice-diretora do CEFD Daniela Lopes, e do secretário municipal de Esporte e Lazer, Gilvan Ribeiro. “Nós ficamos muito orgulhosos de Santa Maria estar nesse roteiro dos festivais e de termos essa parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro. Eu, enquanto membro do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), sei a importância de trazer essa excelência dos órgãos que gerem o esporte nacional”, avalia o secretário.

Algumas famílias também acompanham os filhos até o Festival Paralímpico. É o caso do paratleta  Wagner Virago, que participou de todas as modalidades com a filha no colo. Wagner ingressou no paratletismo este ano e é pai da Selena, de apenas um ano e oito meses, que participou pela primeira vez do Festival.

“Eu acredito que o esporte tem o poder de transformar vidas. Transformou a minha e, por isso, desde cedo, quero que minha filha tenha esse contato. O esporte ensina disciplina, resiliência e gera saúde”, afirma o paratleta. Wagner atualmente compete nos 100 e 200 metros na categoria T44 pela R.S. Paradesporto, em Porto Alegre, e realiza seus treinos em parceria com o Naeefa na UFSM. 

Texto: Marina Brignol, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Paulo Baraúna, estudante de desenho industrial e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Mariana Henriques

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