Na terça-feira (11), integrando a programação da COP UFSM, aconteceu a palestra sobre engenharia natural e soluções baseadas na natureza. Foram apresentados conceitos relacionados à engenharia natural e visita técnica à obra de revitalização e estabilização da Sanga Lagoão do Ouro, no campus sede da UFSM.
A palestra aconteceu no prédio 42, do Centro de Ciências Rurais (CCR), com a explicação dos termos técnicos de engenharia natural, destacando as técnicas utilizadas na revitalização da Sanga Lagoão do Ouro, que foi visitada posteriormente à palestra.


Explicação de técnicas de engenharia natural
A engenheira biofísica e pesquisadora de pós-doutorado Rita Sousa explicou que a engenharia natural utiliza materiais construtivos inertes, como madeira e pedra, juntamente a materiais vivos, as plantas. Segundo, estas construções são realizadas com técnicas de baixo impacto ambiental, mais ecológicas e adequadas ao meio ambiente. Tais obras têm um valor mais econômico em relação a obras da engenharia civil e também funções socioeconômicas para a utilização do espaço pela população.
Para a obra na Sanga Lagoão do Ouro, que fica na entrada da UFSM, o projeto foi dividido em quatro áreas de intervenção. A primeira área está próxima à imprensa da Universidade; a segunda passa atrás da Unidade Ipê Amarelo; a terceira, ao lado do posto de combustíveis; a última área é atrás do prédio 26, no Centro de Ciências da Saúde (CCS). Em cada uma destas áreas foram implementadas técnicas específicas, conforme a necessidade em cada espaço, como limpeza, construções de muros de madeira e pedras, entre outras.

Visitação à obra da Sanga Lagoão do Ouro
Após a palestra e debate sobre construções com técnicas de engenharia natural, os participantes foram convidados a visitar a obra na terceira área de intervenção, próxima ao posto de combustíveis.
O engenheiro florestal Júnior Dewes explicou a implementação das técnicas observadas na terceira área, com objetivo de estabilizar as margens neste trecho da sanga, e destacou a importância para trazer segurança para quem frequenta o campus, proteger as estruturas físicas próximas à sanga e recompor uma faixa de área de preservação permanente, com a aplicação da técnica que envolve a utilização de plantas.
COP UFSM
A atividade fez parte da programação da COP UFSM, realizada pela Pró-Reitoria de Extensão (PRE), que busca conectar as discussões da COP 30, em Belém, com a comunidade acadêmica e regional, reunindo atividades culturais, científicas e ambientais.
A COP UFSM iniciou na segunda (10) e segue até o dia 19 deste mês, com palestras, rodas de conversa, minicursos e outras ações. A programação completa pode ser acessada no perfil da PRE no Instagram, @extensaoufsm.
Texto: Milena Gubiani, estudante de Jornalismo e voluntária da Agência de Notícias
Fotos: Daniel Michelon De Carli e Gilvan Peters
Edição: Ricardo Bonfanti