A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) deu um importante passo no sentido de fortalecer a pesquisa paleontológica. Na quarta-feira à tarde, foi inaugurado em São João do Polêsine o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa). A solenidade contou com a presença do reitor da UFSM, Felipe Müller, e do presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável (Condesus) Quarta Colônia, Saul Dal Forno Reck, entre outros.
O setor científico do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica foi doado pelo Condesus à UFSM em 2010. Para a construção, o Condesus obteve recursos de R$ 3,5 milhões da Petrobras e Eletrobras. O professor do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) Sérgio Dias da Silva, que assumiu a coordenação do Cappa em outubro, explica que cerca de R$ 1,5 milhão foi aplicado antes da doação à UFSM. O restante, cerca de R$ 2 milhões, foi destinado após a doação e estão sendo repassados por meio de convênio entre a UFSM e a Fatec.
O convênio terminaria em dezembro, mas foi prorrogado até o final de 2014. “Assim, estamos seguros que todos os equipamentos previstos no projeto serão adquiridos e a estrutura física e técnica do Cappa estará plenamente funcionando no decorrer do ano”, afirma Sérgio. Na gestão anterior, coordenada pelo professor Átila Stock da Rosa, já foram adquiridos computadores, equipamentos de campo, uma caminhonete 4×4, impressora e scanner 3D, entre outros equipamentos.
O atual coordenador explica que o Cappa tem como missão congregar e dar apoio aos profissionais paleontólogos de todas as instituições do Rio Grande do Sul conveniadas a ele, consolidando e fortalecendo a rede gaúcha de paleontologia. Todas as universidades podem coletar e estudar os materiais fósseis da Quarta Colônia, mas tal coleta é em caráter de empréstimo dos materiais coletados, que, após estudados e publicados, retornam para a reserva técnica do Cappa.
Futuramente, serão agregados ao Centro uma unidade museológica e um alojamento para receber equipes de paleontólogos e estudantes em suas atividades de campo na Quarta Colônia – para isso, aguardam-se recursos do governo federal que estão sendo pleiteados pelo Condesus.
O professor Sérgio destaca que a paleontologia é uma ciência reconhecida que traz inúmeros benefícios para a sociedade, pois ensina a todos a dinâmica e a história do planeta e de toda a vida nele existente. E a UFSM, segundo ele, ocupa posição geográfica privilegiada em relação aos depósitos sedimentares ricos em fósseis da Depressão Central do RS.
“Com a inclusão do Cappa em sua estrutura, a UFSM agora se encontra em posição de aproveitar plenamente os benefícios que a paleontologia traz para as instituições que a acolhem, incentivam e financiam. Neste momento histórico, a paleontologia passa a ocupar a posição destacada que sempre mereceu em nossa Instituição”, salienta. “Tenho certeza que a Universidade saberá nutrir esse rebento para que cresça e dê incontáveis frutos”, acrescenta.
Fotos: Ítalo Padilha.
Matéria elaborada pela Assessoria de Imprensa – UFSM.

