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​Professores da UFSM recebem Prêmio Pesquisador Gaúcho



Dois
professores da UFSM receberam na noite desta quarta-feira (22), na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, o Prêmio Pesquisador Gaúcho, por meio do qual a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul
(Fapergs), vinculada à Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento
Tecnológico, homenageia os destaques da pesquisa científica gaúcha. 

O
professor do Departamento de Química Helio Gauze Bonacorso vai receber o prêmio de
Pesquisador Destaque em Química, e o professor do Departamento de Educação Agrícola e Extensão Rural Vicente Celestino Pires Silveira será
agraciado com o Destaque Especial
ao Ano Internacional da Agricultura Familiar. Eles estão entre os 14 pesquisadores que vão receber a principal distinção voltada à ciência e
tecnologia do Estado, que demonstra a importância do papel da pesquisa na
melhoria de vida da sociedade.

Destaque Especial ao Ano Internacional
da Agricultura Familiar

Vicente Celestino Pires Silveira

A pesquisa do professor Vicente
Celestino Pires Silveira que venceu o prêmio neste ano é a de Desenvolvimento Sustentável dos Pecuaristas Familiares
do Rincão do 28
, que teve início em 2006. Localizado no município de
Alegrete, o Rincão possui uma comunidade formada, em sua maioria, por pequenas
propriedades rurais, onde existe a prática da agricultura familiar.

Essa
pesquisa tem seu alicerce na parceria da UFSM com a Secretaria de Agricultura e
Pecuária de Alegrete, Emater, Senar, Sebrae e o Polo Educacional do Rincão do
28.

O objetivo
do projeto é reunir diversas entidades e organizar os produtores rurais para
que as demandas deles sejam atendidas por algumas das entidades, e desse modo,
o projeto possa fazer um intermédio entre o agricultor e as diversas
instituições. Com isso, se faz uma assessoria aos moradores do Rincão,
encaminhando seus pedidos e necessidades, dando total assistência ao que eles
consideram prioridades para a sua produção e moradia.

São
encaminhados desde pedidos para o ingresso em cursos de aplicação de técnicas
simples e baratas na agricultura até o aperfeiçoamento de suas próprias
técnicas.

Partindo do princípio de que os
produtores são quem tem a propriedade necessária para adequar sua produção às
inovações, o projeto inverte as posições na atuação das entidades. Se antes os
produtores tinham técnicas, máquinas e projetos impostos pelas entidades para
uma maior produção e melhora nas atividades, agora são eles que escolhem quais
técnicas irão usufruir, o que ajuda na adaptação às propostas.

Algumas das
solicitações já tiveram resultado no início do projeto como o Luz para Todos,
do governo federal, e o Programa de Patrulha Agrícola, do programa municipal da
Secretaria de Agricultura e Pecuária para a utilização de maquinário agrícola.
Acessos que foram possíveis para a comunidade com apoio e direcionamento desse
projeto de pesquisa.

De acordo
com Vicente, doutor em
Resource Management
pela Universidade de Edinburgh e docente da UFSM desde 2004, a importância do
prêmio está no reconhecimento do seu trabalho em pesquisa. Em relação à
universidade, o prêmio é uma conquista que traz visibilidade para o fato de a
UFSM ser a primeira instituição a ter um curso de pós-graduação em Extensão Rural da
América Latina, programa que também tem o foco no trabalho com a agricultura
familiar.

Pesquisador Destaque
em Química

Helio Gauze Bonacorso

O professor do Departamento de
Química Helio Gauze Bonacorso receberá o prêmio de Pesquisador Destaque em Química. Doutor em Química Orgânica
pela Universidade de Stuttgart, na Alemanha, e docente na UFSM desde 1991,
Bonacorso é integrante do Núcleo de Química de Heterociclos e do Núcleo de
Análises e Pesquisas Orgânicas (Napo), laboratório que promove de forma efetiva
a interação da Universidade com o setor industrial gaúcho e brasileiro para
determinação de resíduos de agroquímicos em diversas matrizes.

A experiência do professor se
concentra na área de Química, com ênfase em síntese orgânica e resolução estrutural,
atuando principalmente na pesquisa que aborda o desenvolvimento de novas
metodologias sintéticas para obtenção e caracterização completa de moléculas
acíclicas e heterocíclicas halometil substituídas, sua elucidação estrutural
via RMN, difração de raios-X, cálculos moleculares e sua bioatividade.

“Trabalhamos na construção de
novas moléculas e na elucidação das estruturas químicas dessas moléculas. Além
de produzirmos novas moléculas, estudamos a sua composição química e sua
reatividade, como são as estruturas tridimensionais destas moléculas, como é
conectividade de seus átomos, em que sequência e que átomos fazem parte das
estruturas, elucidando, assim, a estrutura dessas moléculas. De forma paralela,
procuramos, sempre que possível, estudar a bioatividade dessas moléculas,
através de trabalhos colaborativos internos e externos à UFSM”, explica.

Um dos laboratórios onde são desenvolvidas as pesquisas

No início das pesquisas, o grupo
não tinha a capacidade de saber se as novas moléculas produzidas tinham alguma
aplicação. Sendo assim, só se realizava a produção de séries delas. Porém, com
o passar do tempo, outros grupos foram se formando na Universidade, novos
convênios e colaborações foram sendo feitas com outras instituições. Essas
parcerias geraram a possibilidade da procura pela aplicabilidade dessas
estruturas. Nos últimos quatros anos, o grupo também tem dado uma importância
bastante grande para a produção de patentes de invenção.

“Por exemplo: existe um fármaco
chamado rufinamida, que é utilizado contra um modo severo de epilepsia infantil
(síndrome de Lennox-Gastaut). Ele tem
uma determinada forma de ser produzido empregando determinados reagentes e
condições reacionais descritos na literatura e protegidos por patentes
internacionais. Nós, do Núcleo de Química de Heterociclos, desenvolvemos outra
estratégia de síntese, mais econômica, com menor número de passos reacionais e
que provavelmente tem um interesse da indústria farmacêutica. Isso foi parte do
trabalho de mestrado de uma aluna, que foi patenteado recentemente”, relata.

Há mais de 20 anos na vida
acadêmica, o professor diz estar muito feliz com a premiação, se sentindo
reconhecido pela Instituição por todo o trabalho feito nos núcleos, mas que não
pode perder a oportunidade de incluir na premiação todos os envolvidos, direta
e indiretamente, com o grupo de pesquisa.

“A sensação de reconhecimento é
muito boa! Mas, o sucesso do trabalho deste grupo compreende desde as tarefas
simples desempenhadas com eficiência por um funcionário que faz a limpeza dos
corredores e laboratórios, os alunos que desenvolvem suas pesquisas desde a iniciação
científica e nos demais níveis de formação, o trabalho dos pesquisadores
colaboradores de outros grupos, como também a parceria científica permanente
dos colegas pesquisadores que compõem o Núcleo de Química de Heterociclos e o Napo,
em especial
Marcos Martins, Nilo Zanatta, Clarissa Frizzo e Alex Flores”,
destaca o professor.

Texto e fotos: Germano
Molardi e Mariana Flores, acadêmicos de Jornalismo, bolsistas da Coordenadoria
de Comunicação Social

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