Na última
sexta-feira (16), ocorreu uma intervenção da Rede Bituca no calçadão de Santa
Maria, organizada pelo Grupo Incorpore: Ações Coletivas para o Meio Ambiente.
O
Incorpore pertence ao Departamento de Química e tem como objetivo principal
contribuir para a inserção dos valores ambientais e para a mudança da postura
das pessoas em relação ao meio ambiente.
Para isso, o grupo
tem algumas iniciativas, sendo uma delas a Rede Bituca, que teve seu
pré-lançamento na manhã do dia 16, em frente a uma loja que já aderiu ao
projeto.
No local havia
cartazes informativos sobre os danos que o descarte indevido acarreta, tocos de cigarros
demonstrativos espalhados pelo chão, um mural com as bitucas reais de cigarro que o grupo coletou
no calçadão e os papa-bitucas, coletores criados pelo grupo, em parceria com o professor
de Desenho Industrial José Francisco Goulart, especificamente para o descarte
correto de resíduos de cigarros.
O coletor foi
construído com chapa galvanizada. A pintura representa um cigarro sendo consumido, e o
formato objetiva chamar a atenção para o local correto para descarte deste tipo de resíduo.
Os papa-bitucas
serão distribuídos em pontos de circulação e permanência de fumantes na UFSM e
em outros locais da cidade, como portas de bares, restaurantes e shoppings.
A parceria firmada
com acadêmicos do curso de Administração e do Programa de Pós-Graduação em
Administração, bem como com o Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), deu origem à
Rede Bituca.
A intenção do pré-lançamento,
segundo os coordenadores do projeto Marta Tocchetto e Marcelo Trevisan, foi
conscientizar, chamar atenção para um lixo que é considerado pequeno pelas
pessoas e que acaba sendo descartado de maneira incorreta. Como diz na camiseta
da Rede Bituca: “Sabe aquela bituquinha? Pois é, ela pode virar um problemão”!
O lançamento oficial
da Rede Bituca será no dia 28 de outubro, no prédio
a presença de autoridades da Universidade. Haverá intervenções, inclusive com a
participação dos alunos do curso de Artes Cênicas.
Segundo a coordenadora
Marta Tocchetto, falta responsabilidade na hora do descarte por parte dos
usuários, e com os papa-bitucas esse ato se torna bem mais consciente e fácil.
O grupo ainda está
pesquisando o que fazer a partir dos resíduos dos cigarros, mas em testes laboratoriais
foi possível até a produção de papel.
Segundo o
coordenador Marcelo Trevisan, em outras partes do mundo é feito papel, cimento
e até mesmo tecido com o processamento desses resíduos.
Sobre participar da
Rede Bituca, a aluna do 5º semestre de Engenharia Sanitária Ambiental Ana Elisa
Souza diz que é satisfatório estar fazendo parte de algo que tenta diminuir o
impacto do lixo e que ajuda o meio ambiente.
Confira vídeo produzido pela TV Campus sobre a intervenção no calçadão:
Sabrina Cáceres, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias

