Um grupo de alunos da UFSM desenvolve um aplicativo de mensagens que promete
facilitar a vida dos usuários. Dentre os serviços oferecidos pelo Odynapp destacam-se: os grupos ilimitados, sendo que o usuário pode criar grupos sem se
preocupar com o limite de membros; a edição de mensagens já enviadas, mas ainda
não visualizadas pelo destinatário; e o envio de mensagens e arquivos para a
nuvem, sem utilização de memória do smartphone.
A
versão inicial do aplicativo Odyn está pronta para o uso e pode ser encontrada
na PlayStore. A definitiva está prevista para metade de fevereiro. Até lá,
algumas correções serão feitas, como posicionamento de botões, layout melhorado e correção de pequenos
bugs. Após isso, a equipe seguirá com a adição de novidades. O produto pode ser
baixado em versão web e possui um perfil no Twitter.
A empresa por
trás do desenvolvimento do produto, a PZ Software, tem sede na Pulsar, a incubadora de empresas de base tecnológica da UFSM, gerida
pela Agência de Inovação e
Transferência de Tecnologia (Agittec) da
UFSM.
Funções que prometem facilitar a vida dos
usuários
Com a
possibilidade de edição de mensagens, aquelas que já foram visualizadas pelo
destinatário podem ser editadas até duas horas após terem sido vistas. Há um
sinal nas mensagens editadas que indica que elas foram alteradas.
Armazenamento
na nuvem: esse “espaço virtual” é um sistema que surgiu para que se possa
guardar arquivos e mensagens de modo seguro. O Odyn faz uso desse serviço, o
que permite uma série de vantagens, como por exemplo, não ocupar a memoria do
celular com o armazenamento de mensagens – como ocorre com o Whatsapp.
O acadêmico de Engenharia de Controle e Automação da UFSM Fernando Henrique Berwanger, integrante da equipe, explica
que os dados ficam salvos no servidor do produto com uma criptografia avançada
e impede o acesso de terceiros aos dados, inclusive pelos desenvolvedores. Além
disso, o aplicativo faz uso de três camadas de criptografia e, assim, mantém-se
extremamente seguro.
No momento, a
equipe trabalha na versão para smartphone
do Odyn e, por isso, na versão para web
algumas funcionalidades ainda não estão disponíveis, como edição de mensagens e
videochamadas.
Tecnologia
brasileira no cenário internacional
Para o
desenvolvimento do Odyn, Fernando conta que a maior barreira foi o tempo. “O
desenvolvimento ocorreu em paralelo a outras atividades. Foram cerca de 1.400
horas da equipe de desenvolvimento apenas para programação, fora planejamento,
marketing, parcerias e design”, explica.
Ele comenta que
a maior motivação para a criação de um aplicativo como esse é a falta de
produtos oriundos do Brasil dentro do cenário competitivo mundial. Ainda que
não sejam muito fomentadas as discussões, Fernando enfatiza que o Brasil tem
capacidade para lançar aplicativos de qualquer complexidade, mas que nos
prendemos àqueles feitos somente em países estrangeiros. “Nós percebemos que
poderíamos fazer não apenas um substituto para os aplicativos de comunicação
existentes, mas algo melhor, mais completo, e que ofereça uma experiência de
uso mais sofisticada e completa”, pontua.
ele, alguns movimentos têm contribuído ativamente para que as pessoas passem a
acreditar na tecnologia brasileira e sua potencialidade. Exemplos são a Agittec,
APL Centro Software, Tecnoparque, Startup Weekend, Incubadora Tecnológica de
Santa Maria (ITSM), Incubadora Pulsar, entre outros.
que desenvolve o aplicativo Odyn é formado por cinco sócios, e quatro deles
trabalham diretamente com o produto. Dos quatro que estão ativos na empresa, três
são estudantes: além de Fernando, Pedro Berleze Rorato, acadêmico de Engenharia
Mecânica, e Lorhan Ribeiro, que cursa Produção Editorial. Houve também a
participação de um sócio estudante de Engenharia da Computação
Cezar Feliciano. A equipe conta também com três colaboradores, os alunos estagiários Daltro
Companher, Jéssica Augusti e Elena Dias.
Conectar para salvar
Fernando também é um dos criadores
do Hemotify, plataforma que tem como objetivo principal conectar doadores de
sangue a hemocentros. O doador faz um rápido cadastro com sua cidade e tipo
sanguíneo, e quando o hemocentro da cidade precisar do tipo da pessoa, ela
recebe uma notificação via Facebook como aviso. A equipe, que não é a mesma do
aplicativo Odyn, trabalha para que o Hemotify passe a enviar notificações de
necessidade de doação de sangue via messenger e, inclusive, pelo Odynapp.
Texto e foto: Bruno Steians, acadêmico de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti
