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HUSM oferece atendimento especializado para Pé Torto Congênito

Deformidade ortopédica afeta um em cada mil bebês e tem dia alusivo em 3 de junho



O Pé Torto Congênito (PTC), também chamado de pé equinovaro congênito, é uma deformidade ortopédica presente ao nascimento que afeta um a cada mil bebês. Ele se caracteriza por quatro componentes principais: equino (pé apontado para baixo), varo (calcanhar desviado para dentro), cavo (aumento do arco plantar), adução do antepé (ponta do pé voltado para dentro). É uma deformidade estrutural, ou seja, afetação ossos, músculos, tendões e articulações, principalmente do pé e tornozelo.

O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), vinculado à UFSM, oferece atendimento especializado para o tratamento do pé torto congênito, principalmente por meio do Serviço de Ortopedia Pediátrica, que segue o método de Ponseti. O hospital conta com equipe comprometida e realização de atendimentos ambulatoriais, procedimentos de tenotomia do tendão calcâneo e demais cirurgias quando necessário.

Além disso, o HUSM promove eventos e campanhas de conscientização, como o evento “Pequenos Passos, Grandes Conquistas”, alusivo ao Dia Mundial do Pé Torto Congênito (03 de junho), reforçando seu compromisso com a saúde infantil e a educação em saúde. O evento deste ano será realizado no dia 09 de junho, no auditório do Gulerpe (no HUSM), reunindo pacientes, profissionais da saúde, estudantes e gestores de saúde da região.

Pela passagem do Dia Mundial do Pé Torto Congênito, no dia 3 de junho, confira entrevista com o ortopedista e traumatologista do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM-UFSM/Ebserh) Vanderson Roso.

O Pé Torto Congênito é sempre uma condição genética? Pode ocorrer por outros fatores pós-nascimento?

Não é exclusivamente genético. O pé torto congênito pode ter causas multifatoriais, como genéticas/hereditárias (especialmente quando há histórico familiar), ambientais e intrauterinas (como restrição de espaço no útero, oligoidrâmnio ou posição fetal), e síndromes ou doenças neuromusculares (em alguns casos, está associada a condições como artrogripose ou mielomeningocele). Não é considerada uma condição adquirida pós-nascimento. Quando o pé torto aparece depois do nascimento (o que é raro), deve-se investigar causas neurológicas ou traumáticas.

É possível prevenir o pé torto durante a gestação?

Não há métodos de prevenção conhecidos, pois a maioria dos casos é idiopática (sem causa definida). No entanto, alguns fatores de risco podem ser monitorados no pré-natal, como o diagnóstico precoce por ultrassonografia obstétrica, geralmente a partir da 20ª semana, o controle de doenças maternas e o uso de ácido fólico podem reduzir algumas malformações, embora não haja associação direta comprovada com o pé torto congênito.

Quais são os tratamentos?

O tratamento padrão atual é o método de Ponseti, que consiste em séries de gessos seriados para correção progressiva da deformidade, tenotomia do tendão de Aquiles (pequena cirurgia) na maioria dos casos, uso de órtese de abdução (bota e barra de Dennis Browne) após correção para evitar recidivas (reaparecimento, recorrência). Esse tratamento deve começar preferencialmente nos primeiros dias ou semanas de vida.

É preciso fazer cirurgia?

Cirurgias extensas não são mais a abordagem preferida. O método de Ponseti prejudica significativamente a necessidade de grandes cirurgias. No entanto, pequenas intervenções, como a tenotomia do tendão de Aquiles, são comuns e fazem parte do protocolo. Casos negligenciados ou recidivantes podem necessitar de cirurgias maiores, como liberação posterior ampla ou osteotomias.

O tratamento exige acompanhamento de equipe multidisciplinar? Se sim, de quais profissionais?

Sim, especialmente nos seguintes contextos: ortopedista pediátrico (fundamental), fisioterapeuta (reforço motor e adequação funcional, especialmente após uso de órtese), enfermeiro/pediatra (acompanhamento clínico, apoio aos pais), psicólogo (em casos de impacto emocional familiar ou em adolescentes com recidivas) e assistente social (em famílias em vulnerabilidade, para garantir adesão ao tratamento). Nas síndromes associadas, o acompanhamento com neuropediatra ou geneticista pode ser necessário.

Rede Ebserh

O HUSM-UFSM faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Texto: Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh

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