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Colégio Politécnico conquista segunda maior média nacional do ENEM entre escolas públicas

Turma de 2024 alcançou a média de 730 pontos e teve quase 90% de aprovação em Instituições de Ensino Superior



Os estudantes vivenciam, em diferentes atividades, “um projeto educativo vivo, coletivo e coerente”

Em um resultado inédito, o Colégio Politécnico da UFSM alcançou o segundo lugar nacional no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre as escolas públicas do país. O “Enem por escolas” é um ranking desenvolvido pela AIO Educação a partir das notas nas provas e micro dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Nos dados divulgados pela AIO Educação este ano, referentes à prova de 2024, o Politécnico teve sua média mais alta desde 2013 – ano em que o ranking começou a ser realizado – com 730 pontos. A média é calculada a partir das áreas de conhecimento do Enem (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias).

O Colégio Politécnico alcançou o primeiro lugar entre escolas públicas e privadas de toda a região Sul, o segundo lugar nacional entre as escolas públicas e o 31º lugar nacional entre escolas públicas e privadas. O resultado destaca o Colégio Politécnico como uma das melhores escolas de Ensino Médio do Brasil. 

Há anos o Politécnico é destaque nos resultados do Enem. A colocação inédita no ranking despertou muito orgulho e satisfação dos professores: “temos orgulho de sermos uma escola pública com tamanha diversidade social e cultural (…) Ao formar sujeitos críticos, autônomos e sensíveis à complexidade do mundo, acreditamos estar formando também os alunos que melhor respondem aos desafios de uma prova como o Enem e, mais importante ainda, aos desafios da vida” afirma o docente e coordenador do Ensino Médio, Rodrigo Leal.

A coordenação do Ensino Médio reforça que seu ensino é pautado na valorização da construção do conhecimento, do pensamento crítico e da autonomia dos estudantes. Para o professor Rodrigo, o resultado alcançado é fruto de uma combinação de fatores: “temos alunos muito comprometidos, que acreditam no seu potencial e se dedicam não apenas por uma prova, mas pela própria formação. Esse envolvimento é fortalecido por um apoio familiar consistente, por uma equipe docente qualificada e por uma proposta pedagógica que vai além da lógica do cursinho ou da simples preparação para exames”.

Rodrigo reforça que o Enem é uma prova que requer leitura crítica e capacidade de estabelecer relações, contextualizar e interpretar o conteúdo e que essa é a formação desenvolvida no Politécnico da UFSM: “um projeto educativo vivo, coletivo e coerente, que prepara o estudante para pensar, argumentar e tomar decisões”, para além de mera memorização de conteúdo.

Matriz curricular e autonomia

O vice-diretor do Colégio Politécnico, Moacir Bolzan, afirma que o resultado alcançado só foi possível graças à autonomia da escola em relação às demais instituições de Educação Básica. Para ele, cinco pontos são determinantes para alcançar esses frutos: o primeiro, o comprometimento dos alunos, que já começa na decisão de cursar o Ensino Médio no Politécnico. A nula evasão de estudantes reafirma esse compromisso.

O segundo ponto é o foco na família. O apoio da família ao estudante aparece no acompanhamento nas reuniões e na presença dos pais quando se discutem propostas pedagógicas, além do investimento contínuo. 

O docente qualificado compõem o terceiro fator. O professor explica que, dentro do espectro do docente qualificado, existem cinco outros pontos: todos os docentes que atuam no Ensino Médio têm doutorado. Em segundo lugar, a sala de aula é um espaço de formação e educação continuada para o próprio professor. Como terceiro ponto, ele traz a participação do educador em projetos de ensino, pesquisa e extensão, ao atuar em projetos em diferentes níveis. Por fim, é a carga horária de 40 horas semanais em formato de dedicação exclusiva – o que possibilita ao docente explorar sua autonomia.

Para o vice-diretor, o quarto ponto é a infraestrutura que o Colégio oferece: “faz diferença para um estudante ter um laboratório de química, física e biologia e ele poder ter aula prática (…) Ele pode usar, porque o curso de Alimentos tem o laboratório de microbiologia e o professor que é de química e de biologia trabalham junto, lá no laboratório. Então tem a questão da infraestrutura dos cursos técnicos, mas que é nossa também para o Ensino Médio; e que também é nossa essa infraestrutura da universidade”. 

O último fator é a autonomia do Colégio Politécnico no desenvolvimento da própria matriz curricular. Moacir explica que o grupo que compõe a organização da matriz é composto por todos os docentes que atuam no Ensino Médio – em torno de doze. Ele conta que “a coordenação disso tudo é a coordenação do Ensino Médio e o Departamento de Ensino, articulada com a coordenação do Ensino Médio e o conjunto de professores. Não tem nenhum professor que não escreveu as suas competências e suas habilidades nas suas disciplinas, na área integrada e nos projetos colaborativos, que são as questões multidisciplinares”.

Um diferencial do Politécnico são os itinerários formativos, que contam com disciplinas como Diálogo entre Linguagens Artísticas, Escrita e Argumentação e a própria Iniciação Científica, além do currículo que compõe a Formação Geral Básica (FGB). A implementação dos itinerários só foi possível graças à autonomia do Colégio, que possibilitou a construção do seu próprio modelo de matriz curricular.

Edições anteriores

Em 2022, o Politécnico alcançou o segundo lugar no estado, na classificação geral e, em 2023, os estudantes conquistaram o terceiro lugar nacional entre as escolas públicas. Cabe destacar que a turma que concluiu o Ensino Médio em 2023 ingressou em 2021 e teve quase todas as suas aulas na modalidade remota, além de ser a primeira turma com a nova matriz curricular.

Em 2021, a matriz curricular do Colégio Politécnico passou por uma adequação. A turma de 2024 é a segunda turma formada com o currículo novo de forma totalmente presencial. 

O vice-diretor do Colégio afirma: “estamos muito felizes com esse resultado, mas a gente sabe que nós não nos preparamos para o resultado: a gente cuida do processo. Desde antes de chegar, até a saída desse estudante (…) A gente tá sempre disposto a avançar e melhorar. Essa dinâmica construída pelo grupo se apresenta diante dos resultados e da autonomia que temos para fazer as melhores mudanças.

Uma reportagem do jornal O Globo divulgou que, das 50 escolas com as maiores notas no Enem, somente três são públicas, e todas da rede federal. Nesse sentido, a coordenação do Colégio Politécnico reforça a importância da educação pública de qualidade: “somos uma escola pública com excelente infraestrutura e uma gestão que valoriza e confia no trabalho docente. Isso garante autonomia e liberdade para que os professores explorem diferentes caminhos de ensino e mantenham uma relação próxima com os estudantes”.

O Exame Nacional do Ensino Médio é a principal forma de ingresso às instituições de Ensino Superior do Brasil. A turma egressa de 2024 teve 26 dos seus 29 estudantes aprovados em Instituições de Ensino Superior.  

A classificação das demais escolas pode ser encontrada aqui.

Texto: Assessoria de Comunicação do Colégio Politécnico da UFSM
Imagem: acervo Politécnico
Foto de capa: Ana Alicia Flores

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