Nos últimos três anos, a UFSM obteve um aumento no número de bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 2023, eram 214 bolsistas PQ. Em 2024, o número passou para 227. Neste ano, já são 240 bolsistas PQ. No mais recente resultado, no final de julho, a Chamada CNPq nº 18/2024 – Bolsas de Produtividade contemplou 71 docentes da Instituição.

A ampliação no número de pesquisadores contemplados com bolsas PQ reflete o reconhecimento pelo CNPq da maturidade científica dos pesquisadores da UFSM e também o estímulo da gestão da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP) para que os docentes participem das chamadas com propostas qualificadas, avalia o titular da Coordenadoria de Pesquisa, Leandro Souza da Silva.

As bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) do CNPq são divulgadas anualmente, sendo destinadas a pesquisadores que se destaquem em suas áreas, valorizando sua produção científica segundo critérios normativos. Com duração de 36 a 60 meses, de acordo com o enquadramento do pesquisador, as bolsas têm valores entre R$ 1,2 mil e R$ 1,56 mil. 

Mudança na classificação

Leandro explica que as bolsas PQ mudaram de classificação neste ano. Até então, eram cinco categorias: PQ1A, PQ1B, PQ1C, PQ1D e PQ2. A partir de 2025, as cotas PQ passam a ter três classificações para os novos bolsistas: PQA, PQB e PQC. Mesmo assim, as cotas da antiga classificação seguem vigentes pelo período previsto.

Cada uma das classes tem duração diferente. No último ano de vigência, o pesquisador tem de solicitar e ser avaliado novamente – alguns podem não renovar em determinado ano e voltar nos próximos, enquanto outros novos podem aparecer. Desta forma, nem sempre a quantidade aprovada de cotas se refere a novos bolsistas, pois alguns podem continuar e inclusive mudar de categoria – o que, neste ano, foi obrigatório, com a mudança de classificação. Essa dinâmica também impede uma análise mais criteriosa da variação de categorias nos últimos anos. 

Assim, dos 71 nomes da UFSM no resultado do edital de 2025, 28 são novos bolsistas, pois não estavam com bolsa vigente no início deste ano. Os demais são bolsistas que já estavam vigentes e renovaram a bolsa, permanecendo bolsistas, mas agora com outra classificação. Outros 15 que eram bolsistas não renovaram a cota (muitos destes por aposentadoria recente ou próxima, encerrando seu vínculo com a UFSM ou suas atividades de pesquisador). Por isso, o saldo final positivo foi mais 13 nomes em relação a 2024. 

Esta ampliação das cotas, na avaliação de Leandro, comprova o reconhecimento do CNPq à maturidade científica dos pesquisadores, e é de extrema importância, em vários aspectos. “Além de representar uma maior capacidade de aprovação de projetos individuais em função do reconhecimento do pesquisador, em muitos editais institucionais a UFSM é avaliada, entre outros aspectos, pelo número de bolsistas PQ e de produtividade em desenvolvimento tecnológico (DT). Por exemplo, essa informação vai quando submetemos os pedidos de bolsas de iniciação científica ou tecnológica, cujo número total de cotas recebidas é dependente dessa quantidade. Há também os editais Finep, cuja qualificação das equipes proponentes é baseada nos pesquisadores PQs ou DTs”, explica o coordenador. 

Além do empenho e capacidade dos pesquisadores da UFSM, a PRPGP também tem cumprido seu papel, estimulando os docentes a participarem das chamadas com propostas qualificadas. Um exemplo são os workshops promovidos desde 2022, de forma online e presencial. Nestas ocasiões, professores da Instituição esclarecem dúvidas sobre a submissão das propostas, visando potencializar as chances de aprovação no edital. Docentes também têm a chance de participar de capacitações realizadas por outras instituições.

Arte gráfica: Sofhia Krening, acadêmica de Produção Editorial, bolsista da Agência de Notícias