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Vagabundos do Infinito – Grupo de Pesquisa em Teatro

VAGABUNDOS DO INFINITO – GRUPO DE PESQUISA EM TEATRO

Pesquisa Inativo

Contato:

vagabundosdoinfinito@yahoo.com.br (55)9922-1144

Apresentação

  O “Vagabundos do Infinito” é um grupo de pesquisa em teatro, formado em 2005, que vem pesquisando a relação da preparação xamânica com a preparação do ator. O xamanismo é abordado pelo grupo a partir de uma perspectiva mitificada e desmistificada, ou seja, não se atém às diversas formas culturais, religiosas ou para-religiosas e rituais do xamanismo, nas culturas onde ele se manifesta, mas sim aos princípios que regem suas práticas e à idéia de “viver o mito”. Sob essa ótica, o mito é entendido como um processo de aprendizagem exemplar a ser vivenciado.

            O grupo produziu até o momento seis espetáculos, sendo quatro solos e dois coletivos. As peças-solo se justificam em função de cada ator desenvolver uma pesquisa pessoal associada à pesquisa comum do grupo. Como não poderia deixar de ser, o treinamento não se dá apenas no campo teatral, os atores trabalham no seu cotidiano, sobre seus hábitos, suas memórias e até dormindo, já que os sonhos lúcidos são um dos campos relevantes na pesquisa.

            Uma das principais fontes nos estudos do grupo sobre o xamanismo são as obras de Carlos Castaneda e suas companheiras de feitiçaria Taisha Abelar e Florinda Donner-Grau. Embora para os que pouco conhecem a obra de Castaneda o autor esteja de modo geral associado ao que ele chama de “plantas de poder”, ou seja, plantas que podem produzir efeitos alucinógenos, essa é uma faceta com a qual o grupo “Vagabundos do Infinito” não trabalha. Interessam ao grupo as práticas dos “passes mágicos”, da “recapitulação” e do “sonhar” por exemplo, expostas em suas obras.

            No campo teatral, os interesses do grupo passam por Artaud, Grotowski, Barba, Schechner entre outros. Há, em todo caso, a busca por um processo pessoal a partir dos estudos e treinamentos coletivos. Em ambos os campos, teatral e xamânico, as atenções do grupo voltam-se para as fontes de algumas das culturas ditas orientais, não com o objetivo de apropriação cultural, mas sim de perceber os princípios e trabalhar a partir deles. Ainda que se tenham diversas referências, nada é tomado como falso ou verdadeiro a priori, a abordagem é empírica, experimental e a escolha dos princípios a serem desenvolvidos e a reflexão sobre os mesmos são feitas a partir desse processo vivencial.

            As peças-solos produzidas pelo grupo são: “Temos todas a mesma história”, “A super mãe porra louca”, “Horla” e “Através do espelho”; as duas primeiras baseadas em textos de Dario Fo e Franca Rame, a terceira em textos de Guy de Maupassant e a última em textos de Lewis Carrol e Clarice Lispector.

            As peças coletivas produzidas são: “Noites em claro”, baseada em histórias em quadrinhos de terror e suspense publicadas nos anos 70, de diversos autores e “Vida acordada” uma colagem com textos de “Waking Life”, desenho animado de R. Linklater; de “Aquela coisa toda” do grupo “Asdrubal Trouxe o Trombone”; além de textos do “Vagabundos do Infinito”.

            A direção geral do grupo e da pesquisa está a cargo de Paulo Márcio, diretor e ator carioca, radicado no Rio Grande do Sul, e que há alguns anos vem se dedicando ao ensino de teatro no Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria. Os atores são: Angélica Ertel, Gabriela Amado, Graciane Pires, Leonel Henckes, Márcia Chiamulera, Marco Barreto e Tiago Teles. Na iluminação o grupo tem contado com a participação de Vinícius Canto Blanco.

O Grupo de Pesquisa em Teatro “Vagabundos do Infinito” foi fundado em abril de 2005 no Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria na cidade de Santa Maria – Rio Grande do Sul. Criado a partir do Projeto de Pesquisa e Extensão “Uma Relação da Preparação Xamânica com a Preparação do Ator”, o grupo permaneceu até dezembro de 2006, recluso em um processo de preparação, investigação e sistematização de procedimentos e práticas de treinamento voltado ao trabalho do ator sobre si mesmo resultando na criação de quatro espetáculos-solo e quatro projetos de ensino, pesquisa e extensão.

 O xamanismo é abordado pelo grupo a partir de uma perspectiva mitificada e desmistificada, ou seja, não se atém às diversas formas culturais, religiosas ou para-religiosas e rituais do xamanismo, nas culturas onde ele se manifesta, mas sim aos princípios que regem suas práticas e à idéia de “viver o mito”. Sob essa ótica, o mito é entendido como um processo de aprendizagem exemplar a ser vivenciado.

            Uma das principais fontes nos estudos do grupo sobre o xamanismo são as obras de Carlos Castaneda e suas companheiras de feitiçaria Taisha Abelar e Florinda Donner-Grau. Embora para os que pouco conhecem a obra de Castaneda o autor esteja de modo geral associado ao que ele chama de “plantas de poder”, ou seja, plantas que podem produzir efeitos alucinógenos, essa é uma faceta com a qual o grupo “Vagabundos do Infinito” não trabalha. Interessam ao grupo as práticas dos “passes mágicos”, da “recapitulação” e do “sonhar”, por exemplo, expostas em suas obras.

 As peças-solo se justificam em função de cada ator desenvolver uma pesquisa pessoal associada à pesquisa comum do grupo. Os projetos, caracterizados por abordar aspectos específicos elencados por cada ator-pesquisador, relatam as experiencias vivenciadas ao longo do processo de treinamento e traçam paralelos interdisciplinares que ampliam o leque de abordagens da pesquisa do “Vagabundos do Infinito”. Como não poderia deixar de ser, o treinamento não se dá apenas no campo teatral, os atores trabalham no seu cotidiano, sobre seus hábitos, suas memórias e até dormindo, já que os sonhos lúcidos são um dos campos relevantes na pesquisa.

As peças-solos produzidas pelo grupo são: “Temos todas a mesma história”, “A super mãe porra louca”, “Horla” e “Através do espelho”; as duas primeiras baseadas em textos de Dario Fo e Franca Rame, a terceira em textos de Guy de Maupassant e a última em textos de Lewis Carrol e Clarice Lispector. Estes espetáculos estrearam nos meses de novembro e dezembro de 2006, no Teatro Caixa Preta – Espaço Rosane Cardoso da Universidade Federal de Santa Maria. Foi a primeira vez que o grupo compartilhou seu trabalho com um público. Em junho de 2007 os resultados teóricos foram comunicados no 5º Encontro Nacional de Pesquisa em Arte promovido pelo FUNDARTE de Montenegro-RS.

No ano de 2007, o “Vagabundos do Infinito” produziu dois espetáculos coletivos que são: “Noites em claro”, baseada em histórias em quadrinhos de terror e suspense publicadas nos anos 70, de diversos autores e “Vida acordada” uma colagem com textos de “Waking Life”, desenho animado de R. Linklater; de “Aquela coisa toda” do grupo “Asdrubal Trouxe o Trombone”; além de textos do “Vagabundos do Infinito”.

Seguindo a linha do tempo, os “Vagabundos” continuaram compartilhando suas descobertas com o público e com este propósito, de 23 a 29 de junho de 2007, promoveu-se o evento “Transcena – Teatro e Xamanismo”. Durante uma semana a comunidade local e regional pode conhecer o que fazem os “Vagabundos do Infinito”. No formato de um festival, foram apresentados os espetáculos-solo e ocorreu um ensaio aberto do novo espetáculo “Noites em Claro”, além de palestras, práticas de “passes mágicos” e demonstrações técnicas de treinamento.

Neste mesmo ano, alguns espetáculos foram apresentados em festivais de teatro regionais e nacionais sendo agraciados com diversos prêmios. De 02 a 08 de junho os espetáculos-solo “A Super Mãe Porra Louca” e “Através do Espelho” representaram o grupo no VIII Festival Nacional de Teatro Rosário em Cena na cidade de Rosário do Sul-RS onde receberam, respectivamente, os seguintes prêmios: “A Super Mãe Porra Louca” – atriz, espetáculo júri popular e figurino; “Através do Espelho” – atriz, figurino, cenário, maquiagem e luz. Em Agosto “A Super Mãe” participou do 9º Festival Pedritense de Teatro na cidade de Dom Pedrito-RS, recebendo prêmios de melhor atriz, espetáculo, direção, iluminação e sonoplastia. O mesmo espetáculo, também foi premiado na 4º Edição do Festival Nacional de Teatro de Varginha/MG com troféu de primeiro lugar atriz e terceiro lugar espetáculo.

No mês de setembro, o Grupo de Pesquisa em Teatro “Vagabundos do Infinito” estréia seu novo espetáculo, “Noites em Claro” com direção de Paulo Márcio e atuação de Gabriela Amado, Graciane Pires, Leonel Henckes e Márcia Chiamulera, no Theatro Treze de Maio dentro do Projeto “Treze o Palco da Cultura” promovido pela Associação dos Amigos do Theatro Treze de Maio.

Outubro foi a vez do Festival Santa Cena promovido pela ASPAC – Associação dos Profissionais de Artes Cênicas de Santa Maria-RS receber o repertório “Vagabundo” com três solos e o coletivo “Noites em Claro”. E, no dia 05 de dezembro, o mesmo espetáculo foi apresentado na Mostra Anual Universitária promovida pelo TEP – Teatro Pesquisa e Extensão do Departamento de Arte da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul na cidade de Porto Alegre/RS.

Para fechar 2007, no dia 16 de dezembro estreou o mais recente trabalho do “Vagabundos do Infinito”, inspirados no grupo carioca “Asdrúbal Trouxe o Trombone” e no animação “Waking Life” de Richard Linklater, “Vida Acordada” foi à cena para falar de uma das principais temáticas da pesquisa, o “sonho lúcido”.

A mais recente aventura dos “Vagabundos do Infinito” ocorreu de 15 a 20 de janeiro de 2008 no Festival Porto Verão Alegre onde participou, com um repertório de cinco espetáculos, sendo muito bem recebido pelo público e pela crítica de Porto Alegre e marcando a entrada do Grupo de Pesquisa em Teatro “Vagabundos do Infinito” na cena teatral portoalegrense.