O terceiro e último dia do Fórum teve início com uma conversa com Maria Rita Py Dutra, que apresentou sua tese de doutorado, uma pesquisa acerca da inserção dos cotistas negros no mercado de trabalho, com a conclusão de que acaba por não haver diferença entre estudantes cotistas e não-cotistas. Dentro da pesquisa, ela aborda a questão de como os cotistas chegam até a universidade, como eles se mantêm, e as políticas públicas que os amparam, e também questões como o racismo e a discriminação contra as cotas e estudantes que conseguem vaga através delas.

Após a fala de Maria Rita, representantes do programa de rádio Protagonismo Negro fizeram uma apresentação sobre o programa, falando de sua criação e o que esperam que o programa alcance. Dentre seus objetivos principais, estão a criação de espaços de discussão sobre temáticas negras, buscando soluções e reflexões acerca dos temas, bem como dar visibilidade para autores, músicos, acadêmicos e pessoas negras das mais diversas áreas.

Na sequência, o grupo Migraidh fez uma apresentação, recontando a trajetória deles desde o ano de 2014. O grupo falou sobre suas atividades de pesquisa, e seus diferentes eixos e áreas do conhecimento, que vão da Língua Portuguesa ao Direito. O grupo também falou sobre sua participação no cenário nacional, emitindo pareceres e tentando impedir que haja retrocessos nas leis da migração, além de falar sobre seu trabalho com a Cátedra Sérgio Vieira de Mello.

Por último, estudantes indígenas tiveram um breve momento de fala sobre as ações promovidas na universidade, voltadas para eles, como a criação do PET Indígena Ñande Reko e a construção da primeira Casa do Estudante Indígena. Ao longo de sua fala, os estudantes tomaram momentos para elogiar as políticas de assistência que a UFSM presta a eles.

À tarde, foi o momento da Plenária Final, que foi aberta com uma fala da comissão organizadora do Fórum, que relatou o processo de organização do evento, e realizou uma autocrítica, visto que o evento não havia reunido o público esperado. Ao final da fala, eles deram abertura para que o público desse sugestões, fizesse críticas e elogios. Foi elaborado um documento oficial de relato, que será disponibilizado em breve.