Um estudo publicado nesta quarta-feira (14/08) no periódico científico Scientific Reports, do grupo Nature, apresentou uma nova espécie de esfenodonte que viveu durante o período Triássico, entre 237–228 milhões de anos. O fóssil foi encontrado no município de Candelária. O estudo foi liderado pela paleontóloga Annie Hsiou (USP), e contou com a participação de diversos pesquisadores, incluindo o paleontólogo da UFSM, Flávio A. Pretto. O trabalho é fruto da colaboração de pesquisadores da Universidade de São Paulo, Midwestern University (EUA), Alberta University (Canadá), Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Museo Argentino de Ciencias Naturales ‘Bernardino Rivadavia’ (Argentina) e Universidade Federal de Sergipe, e teve o apoio do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, de Candelária.
Os esfenodontes são um grupo de répteis atualmente restritos à Nova Zelândia, representados pelo tuatara Sphenodon (que inclui apenas duas espécies viventes). No passado, como atestam os fósseis, o grupo foi muito mais diverso e teve uma distribuição quase que cosmopolita. O novo achado, batizado de Clevosaurus hadroprodon, representa a mais antiga espécie de esfenodonte registrada na porção sul da Pangea. Ainda sugere que a América do Sul foi palco importante no primeiro pulso de diversificação dos esfenodontes, ainda no período Triássico.
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