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Bombaja H2 estreia com destaque em competição nacional de veículos movidos a hidrogênio

Equipe da UFSM conquistou prêmio de Melhor ESG e 3º lugar em etapa classificatória na SAE H2 Challenge



A equipe Bombaja H2, do Centro de Tecnologia da UFSM, celebrou sua estreia na competição de veículos movidos a hidrogênio com resultados expressivos. A 4ª edição da SAE BRASIL & BALLARD Student H2 Challenge ocorreu entre 30 de julho e 3 de agosto, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba-SP, e reuniu 12 equipes, incluindo uma equipe chilena. A recém-criada Bombaja H2 foi premiada na categoria Melhor ESG (sigla para Environmental, Social, and Governance) e conquistou o 3º lugar na etapa classificatória da Categoria Júnior, destinada a equipes estreantes, que apresentam seus projetos na competição.

Equipe Bombaja H2 reunida para a retomada dos trabalhos após a competição (foto: divulgação)

A equipe

A Bombaja H2 desenvolve um projeto de adaptação de um veículo já existente para o modelo de propulsão por hidrogênio. A nova equipe, formada no CT, vem sendo planejada desde o começo de 2025 mas foi oficializada no início de junho. A equipe de H2 deriva da Bombaja, equipe de protótipos off-road com mais de 20 anos de trajetória, já consolidada e premiada nas competições de categoria. O protótipo que será adaptado ao hidrogênio pela Bombaja H2 utilizará o chassi do carro BJ-16, que já foi premiado em competições pela equipe original.

Atualmente, a Bombaja H2 conta com 36 membros de diversos cursos da universidade, estabelecendo desde o início dos trabalhos o aspecto multidisciplinar do projeto. A equipe conta com a orientação do docente Jonas Roberto Tibola, do CTISM, e coorientação do professor Thompson Lanzanova, do Departamento de Engenharia Mecânica, coordenador do Bombaja, e do professor Rafael Concatto Beltrame, do Departamento de Processamento de Energia Elétrica.

Um dos primeiros objetivos da nova equipe era garantir a participação na competição nacional da modalidade. Foi também um desafio: a equipe teve que correr contra o relógio para dar conta de atender todas os requisitos de participação dentro dos prazos. A decisão de participar da competição foi tomada apenas 26 dias antes do evento. A intensa e ágil mobilização da equipe garantiu que a Bombaja H2 fosse a primeira representante da região sul do país na modalidade.

Destaques da participação
A equipe foi representada na competição por Eduarda Fardin, acadêmica de Química licenciatura e uma das gerentes da equipe, que apresentou o projeto aos avaliadores. Apesar de ser uma das cinco equipes novatas, o projeto da Bombaja H2 chamou atenção pelo compromisso com sustentabilidade e inovação, fatores que garantiram o prêmio de Melhor ESG. A categoria avalia iniciativas que promovem responsabilidade ambiental, impacto social e governança, pilares essenciais para o desenvolvimento de tecnologias limpas. O projeto abrangeu desde as formas adequadas de descarte de resíduos até a previsão de realização de oficinas para estudantes da rede pública sobre a tecnologia desenvolvida. A diversidade da equipe também foi um fator determinante: além de contar com estudantes de vários cursos e unidades da UFSM, do ensino médio à pós-graduação, 14 dos 36 membros são mulheres.

Além disso, a equipe conquistou um inesperado 3º lugar geral na categoria Júnior, etapa classificatória. O resultado deveu-se em parte à boa pontuação no design report da equipe, apresentado em formato de artigo científico. Para Leonardo Felipe dos Santos, estudante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFSM (PPGEE) e um dos gerentes da equipe, o bom desempenho nesse aspecto evidencia a qualidade da formação recebida na instituição: “conseguimos a maior pontuação nessa parte e muito desse desempenho vem da UFSM, porque nas engenharias a gente recebe muito conhecimento em formato de artigo e produz muitos artigos científicos”.

Eduarda destaca que, diferentemente das outras competições de protótipos automobilísticos, a modalidade H2 tem características menos competitivas e mais científicas: “o foco da competição não é nem o carro andar, mas sim todo o estudo por trás de como a gente coloca o hidrogênio no carro”. Também por isso, já na fase preparatória para a competição, a Bombaja H2 recebeu muito apoio das outras equipes – o que foi crucial para que a equipe desenvolvesse o design do projeto em menos de 30 dias.

A competição, portanto, também é significativa para a indústria nacional do setor, que ainda é pouco desenvolvida, apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de hidrogênio verde do mundo. Diversos representantes de empresas que atuam na área de hidrogênio, como a Neuman & Esser e o Instituto Hercílio Randon, estavam presentes na competição, que também é uma vitrine para os talentos da equipe. Leonardo Amaral, estudante de Engenharia de Telecomunicações e outro dos gerente do projeto, destaca que um dos objetivos da competição é “contribuir com a formação de engenheiros que possam vir a trabalhar na área” e desenvolver a pesquisa nacional, visto que o centro da pesquisa na área atualmente está na Europa. 

O resultado reforça o potencial da equipe que, mesmo com pouca experiência, competiu e se destacou entre universidades já consolidadas na modalidade. O desempenho foi fruto de meses de dedicação em projetos e simulações, que incluem a participação nos cursos preparatórios oferecidos pela SAE BRASIL (voltados à capacitação estudantes em tecnologias de hidrogênio e célula a combustível) mas envolve uma união de conhecimento que vem dos diversos trabalhos realizados em outros projetos e laboratórios da UFSM pelos membros da equipe.

Próximos passos: do projeto ao protótipo
A equipe se prepara para os desafios da próxima edição da competição, daqui a aproximadamente um ano, na qual terão o objetivo de construir e testar um veículo funcional movido a hidrogênio. Portanto, o próximo passo da equipe é aplicar o projeto no veículo BJ-16. A partir dos bons resultados na categoria Júnior, a Bombaja H2 está habilitada para a categoria Sênior. Isso significa que a equipe receberá da SAE Brasil os componentes necessários para a adaptação do veículo à propulsão por hidrogênio – equipamentos caros e restritos devido à periculosidade do manuseio – em especial a célula de hidrogênio, que será importada do Canadá.

Enquanto os equipamentos não chegam, a equipe está desenvolvendo um programa de trainee, no qual toda a equipe recebe capacitação para compreender as diversas etapas do projeto. A equipe já planeja melhorias no projeto atual e espera que até o fim deste ano o veículo já esteja funcionando ainda que parcialmente.

A trajetória da Bombaja H2 reforça o compromisso da UFSM com inovação e energia limpa, abrindo portas para futuras colaborações acadêmicas e industriais no promissor mercado de hidrogênio verde.

Confira mais sobre a equipe no Instagram @bombajah2.ufsm


Texto por Subdivisão de Comunicação do CT/UFSM, com informações de Rafael Boufleuer.
Foto: divulgação Bombaja H2

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