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57° Congresso Brasileiro de Genética premia trabalho da UFSM



A aluna Valéria de Lima Kaminski, do curso de Ciências Biológicas da UFSM, foi premiada no 57° Congresso Brasileiro de Genética, que ocorreu de 30 de agosto a 2 de setembro, em Águas de Lindoia (SP). O tema do congresso, que tem como principal objetivo proporcionar o intercâmbio de informações entre pesquisadores, foi "Manipulando o DNA: 4 décadas rompendo fronteiras".

O tema do evento faz referência à publicação do trabalho "Specific cleavage of simian virus 40 DNA by restriction endonuclease of Hemophilus influenzae" de Kathleen Danna e Daniel Nathans, considerado um marco dos estudos na área de genética. O estudo demonstrou pela primeira vez que um genoma poderia ser clivado e mapeado por uma enzima de restrição bacteriana. Rapidamente, compreendeu-se que essas enzimas possibilitariam a manipulação do material genético, o que resultou em um avanço científico e biotecnológico na área.

O trabalho premiado foi Análise Evolutiva dos Elementos Relacionados à Paris em Drosofilídeos, que conquistou o 1° lugar no Prêmio Iniciação Científica Oral, na categoria Genética, Evolução e Melhoramento Animal. Ele foi desenvolvido no Laboratório de Biologia Molecular de Drosophila (LABDROSS) da UFSM. Teve orientação do professor Elgion Loreto, do Departamento de Biologia, e co-orientação do doutorando Gabriel da Luz Wallau, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Animal.

O LABDROSS trabalha com elementos de transposição, ou seja, sequências de DNA que tem a capacidade de mudar sua localização dentro do genoma dos organismos. Esses elementos, ao se transporem, causam mutações que, às vezes, são fisicamente visíveis nos organismos. Para estudar esses elementos, o laboratório tem como organismo-modelo (o que vai ser utilizado nas pesquisas) a mosca-das-frutas, pertencente ao gênero Drosophila.

 

 

Esse foi o primeiro organismo eucarionte a ter o genoma completamente sequenciado, facilitando a pesquisa sobre ela. O que também ajuda é o curto ciclo de vida do animal, já que em genética muitas vezes é preciso analisar as gerações posteriores. Segundo Valéria Kaminski, a autora do trabalho a escolha envolve também a questão ética, já que trabalhar com mamíferos é bem mais complicado nesse ponto, e também a questão de infraestrutura, já que elas não demandam um grande espaço.

O trabalho foi baseado em um determinado elemento de transposição, o Paris, que se sabia estar presente em duas espécies de Drosophila. O estudo, então, objetivou caracterizar a estrutura molecular e a história evolutiva dos elementos Paris em outras espécies da família Drosophilidae.

Esse elemento foi buscado nos 13 genomas de Drosophila disponíveis em bancos de dados. Isso é possível, segundo Valéria, porque quando se denota um gene ou uma sequência que as pessoas podem trabalhar, ela é disponibilizada para pesquisa. Depois da busca, constatou-se que sete espécies possuíam o elemento inserido em seu genoma. Também foi feita uma busca em outras espécies de Drosophila, cujo DNA foi extraído e purificado no laboratório. Assim, pode-se analisar comparativamente as sequências obtidas em laboratório com as disponíveis no banco de dados.

 

 

O estudo concorreu no 57° Congresso Brasileiro de Genética com outros trabalhos da área, vindos de diferentes regiões do país. Como premiação, Valéria recebeu um troféu, certificado, uma bonificação em dinheiro e um livro de técnicas de análise de genomas. O trabalho está em andamento e sua premiação atesta a qualidade de mais uma área na UFSM, a da genética.

Repórter:

Julia do Carmo – Acadêmica de Jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau.

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