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Rádio Universidade: 44 anos na vida dos ouvintes



No último dia 27, completou-se 44 anos que a Rádio Universidade foi ao ar pela primeira vez, no oitavo andar do prédio da Antiga Reitoria, no centro de Santa Maria. A rádio já funcionava em caráter experimental desde o dia 28 de abril de 1968. Muito mudou desde a época de sua inauguração. Ao longo desses anos, dezenas de funcionários participaram da construção da emissora. E nada melhor do que ouvir de uma dessas pessoas um pouco da história desse veículo, que já faz parte da história de muitas vidas.

Abaixo o áudio com o pronunciamento do reitor José Mariano da Rocha Filho na inauguração da Rádio Universidade.

Abaixo o áudio com o pronunciamento de Quintino Oliveira, coordenador artístico cultural da Rádio, substituindo o diretor em exercício Antônio Abelin, durante a inauguração da Rádio Universidade.

 

Celso Franzen entrou na Rádio Universidade em 1983 para o cargo de sonoplasta. Ao longo de seus 29 anos de trabalho no local, viu muita coisa. Ele conta o quão diferente era o modo de se fazer rádio na época, sem aparelhos modernos, sem a facilidade que se tem hoje. “Antes, tinha que ter muito amor para fazer rádio, era um processo que levava muito tempo, não tinha as facilidades da informática”, lembra Franzen. Para ele, o “pessoal” que entrou naquela época considerava o trabalho na rádio bem mais que uma profissão.

Ao entrar, Celso já se deparou com duas outras figuras que hoje são referência dentro da emissora, Renato Molina e Roberto Montagner. Ambos haviam entrado meses antes dele assumir seu posto. A relação com os colegas, para ele, é algo que torna o ambiente da rádio diferente “dá pra dizer que eles são como que a primeira família da gente, pois é a que mais convivemos. Muitas vezes passamos o dia aqui”.

Desde a década de 1970, quando já trabalhava em rádio, Celso ouvia dizer que o veículo estava prestes a acabar. Hoje, ele afirma que isso nunca vai acontecer. Por suas características próprias que o diferenciam dos outros veículos e pela sua facilidade de ser escutado em ambientes diversos, ele vai progredir cada vez mais. “Você não pode dirigir assistindo tevê ou navegando na internet, já o rádio pode estar presente, como em muitos outros momentos, onde é impossível outra mídia estar”, explica.

Ao longo desse tempo na Rádio Universidade, Celso viu muitos colegas indo embora e, consequentemente, muitos programas, dando lugar a outros. Ele destaca dois deles que, certamente, ainda são lembrados por aqueles que ouviam a emissora há algum tempo.  O programa Antes que a Natureza Morra, de James Pizarro, apontado pelo Ministério das Telecomunicações como "o primeiro programa de educação ambiental do rádio brasileiro" e Era uma vez, programa de Maria Elena de Mello, voltado ao público infantil.

A lembrança do programa de Maria Elena resgata para Celso o antigo modo de se fazer rádio. “O programa também contava com estórias, como se fossem rádios-novelas infantis. Por vezes, toda a equipe participava das gravações”. A importância do grupo na emissora é algo fundamental para ele “não adianta escrever o texto se o locutor não gravar, ou colocar no ar se a antena tiver algum problema. O trabalho, se não for feito em equipe, não dá certo”.

O status que trabalhar em uma rádio dava na época em que Celso iniciava sua carreira, com o tempo foi se perdendo. Entretanto, a paixão pelo veículo e pelo trabalho executado nele duram até hoje: “se eu tivesse outro ganho, trabalharia na rádio mesmo que não recebesse nada”. De certa forma, o encanto que essa caixinha mágica trouxe há tempos atrás dura até hoje. Sendo acordados ao som do Repórter Brasil ou dormindo ao som do Universidade Musical, o rádio se faz sempre presente em nossas vidas.

Repórter:

Julia do Carmo – Acadêmica de Jornalismo.

Edição:

Lucas Durr Missau.

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