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GEPPASV realiza pesquisa de durabilidade da qualidade das placas de sinalização de trânsito



 

Quem frequenta o campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) já deve ter ficado curioso sobre as “plaquinhas” de trânsito, sem nada escrito, localizadas na Avenida Roraima, próximas ao arco, logo após a saída da Universidade. Implantadas há cerca de um mês atrás em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), elas fazem parte de um projeto de pesquisa do Grupo de Estudos e Pesquisa em Pavimentação e Segurança Viária (GEPPASV).

O objetivo é verificar o tempo que uma placa, instalada na rodovia, mantém-se em boas condições para o motorista, principalmente em relação à duração da retrorefletividade, ou seja, o quanto de luz ela reflete.  As placas serão monitoradas periodicamente pelo grupo, composto por professores e alunos de graduação e pós-graduação do curso de Engenharia Civil da UFSM, em um intervalo de três meses. Nesta terça (26), elas passaram pela primeira avaliação, feita através de um aparelho que quando acoplado à placa é capaz de indicar o nível de retrorefletividade. Sem previsão para o fim do estudo, a análise possivelmente vai durar de cinco a dez anos.

Vinculado ao Centro de Tecnologia (CT) e ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC), o GEPPASV realiza pesquisas relacionadas aos materiais de pavimentação, à mecânica dos pavimentos e à segurança viária. Um dos coordenadores do grupo, professor Luciano Specht, explica que a placa, assim como qualquer outro elemento de sinalização viária, é o que faz a comunicação entre a via e o usuário e tem a função básica de refletir à luz dos veículos para que a informação nela possa ser obtida de dia e principalmente de noite. Ele ainda esclarece que muitas placas vistas durante o dia parecem em boa condição, mas à noite já não funcionam bem em consequência da degradação da película que a compõe. Isso ocorre devido aos efeitos climáticos, como a ação do sol e da chuva, e também à interferência dos gases poluentes liberados pelos veículos.

A placas serão monitoradas sob aspectos de cor (verde, vermelha, amarela e branca, que são as mais usadas no trânsito), tipo de película e manutenção dada. O professor Luciano e o também coordenador do grupo, professor Deivid da Silva Pereira, explicam que algumas cores podem refletir mais que outras e que os três tipos de películas empregados na pesquisa possuem custos diferentes. “Será que vale a pena empregar mais recursos financeiros para colocar uma película melhor? Será que ao longo do tempo vai ser justificado esse valor em função de uma maior vida útil da placa? São essas respostas que nós precisamos  e só vamos ter com esse levantamento”, completa Deivid. Além disso, a intenção é de que apenas metade das placas sejam lavadas e outra metade não, o objetivo é verificar se há interferência do processo de limpeza na degradação da retrorefletividade. “Pode-se chegar a conclusão de que a melhor alternativa seja a de não limpar”, acrescenta Luciano.

Os professores Luciano Specht, Deivid da Silva Pereira e também a professora Tatiana Cervo, que também faz parte  da coordenação do GEPPASV, esclarecem que a escolha do local, na saída da instituição, justifica-se por ser um ponto de tráfego intenso de veículos, sem perder a agressividade dos gases poluentes. Também é próximo à guarita da UFSM que garante maior segurança para que as placas não sejam tiradas ou pichadas, além de ser um trecho sob a jurisdição do DNIT que, em parceria com a pesquisa, autorizou a instalação.

O grupo chama a atenção para que os motoristas não confundam as placas relacionadas à pesquisa com as placas reais de sinalização de trânsito. “Elas foram colocadas a uma distância maior do meio fio que a habitual”, destaca Tatiana. A sinalização horizontal (demarcação e pintura do solo viário) da avenida Roraima é outro elemento de segurança viária que está sendo monitorado, periodicamente, pelo GEPPASV há dois anos, além de outras áreas fora da universidade.

A mesma avaliação será realizada, paralelemente a esta, nas proximidades de Porto Alegre, sob outra condição climática e de tráfego. “Esperamos que daqui a alguns anos possamos ter um banco de dados daqui da UFSM e outro lá da região metropolitana para ver se as coisas fecham e termos um modelo de degradação de placas ou de retrorefletividade”, conclui o professor Luciano.

Fotos: Estefany Della Flora – Acadêmica de Publicidade e Propaganda.

Repórter: Franciele Varaschini – Acadêmica de Jornalismo.

Edição: Lucas Durr Missau.

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