A UFSM, a Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o Ministério da Educação (MEC) e
a Secretaria da Saúde do Estado deverão firmar termo de cooperação técnica para
a gestão do Hospital Regional de Santa Maria. Na manhã desta terça-feira (30),
representantes das instituições visitaram o complexo do hospital, que fica no
bairro Pinheiro Machado, e apresentaram a proposta à imprensa e a autoridades
regionais.
O termo de cooperação técnica está sendo analisado
pelo setor jurídico da UFSM. Assim que houver um parecer positivo, o Estado
repassará a estrutura para a universidade, que firmará convênio com a Ebserh
para a gestão, a exemplo do que ocorreu com o Hospital Universitário (Husm). Com
a incorporação do Hospital Regional ao Husm, a UFSM teria um complexo
hospitalar, da mesma forma que outras universidades federais.
O reitor, Paulo Afonso Burmann, afirmou que a
participação da UFSM na gestão do Hospital Regional sempre esteve no horizonte,
tendo em vista o compromisso de inserir a universidade no processo de
desenvolvimento social e econômico da região. Ele disse não abrir mão de que seja
um hospital-escola e de que o atendimento seja 100% SUS – o que foi confirmado
pela presidente em exercício da Ebserh, Jeanne Michel.
Burmann destacou a importância do novo hospital tanto
para o atendimento dos usuários quanto para a formação de profissionais na área
da saúde. Segundo ele, a ampliação de vagas é
indispensável para não comprometer o Husm, que não deverá ser “desmontado”.
Inicialmente, o quadro de pessoal do regional poderá contar com aprovados no
concurso da Ebserh para o Husm.
Serviços que hoje são prestados no Hospital
Universitário poderão ser realocados para o Regional, o que ajudaria a
“desafogar” o Husm. “Temos grandes avanços com o SUS, mas ainda
há muito a fazer, e a universidade se coloca como instrumento neste
processo”, disse o reitor, que, juntamente com os demais presentes, fez uma
visita às instalações.
Tanto a presidente em exercício da Ebserh quanto o
secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller, garantiram respaldo para
que a universidade assuma o hospital. “A UFSM tem um dos cursos de
Medicina mais qualificados do país, e a perspectiva de ampliação de espaços, de
residência médica, é importante”, afirmou Jeanne. “Este é um projeto
para cuidar bem da população e formar gente para cuidar bem da população”,
acrescentou.
Com foco na reabilitação de pacientes na área de traumatologia,
o Hospital Regional, tem abertura prevista para o início de 2015, mas só deverá
funcionar plenamente no período de dois anos. O complexo terá 277 leitos,
incluindo UTIs. A obra teve aporte de cerca de R$ 45 milhões, provenientes do Estado e União.
Há previsão de realização de concurso público para o
novo hospital, mas esta e outras questões, como a compra de mobiliário e
equipamentos, ainda depende da assinatura do termo de cooperação.
Também participaram
do ato a secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, o secretário do Planejamento, Gestão e
Participação Cidadã, João Motta, além de prefeitos e secretários de municípios
da Região Central, representantes da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, da
prefeitura e do Conselho Municipal de Saúde.