A elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFSM apresenta novos desafios nesta
edição. Isto porque, a partir de agora, o documento terá vigência de dez anos, e
não mais de cinco, como anteriormente.
Uma visão de longo
prazo, segundo o pró-reitor adjunto de Planejamento da UFSM, Joeder Soares,
fortalece a visualização do caminho a ser percorrido por uma instituição.
A Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS) também seguiu esta proposta em seu plano, que está
em fase de finalização. Segundo o pró-reitor de Planejamento da UFRGS, Ário
Zimmermann, planejar para o período de dez anos, ao mesmo tempo em que gera
incertezas, garante a continuidade dos trabalhos de ensino, pesquisa e extensão
desenvolvidos na Universidade.
O Plano Nacional da
Educação (PNE) já seguiu neste caminho. Implementado em 2014, o atual documento
valerá até 2024.
Além dos exemplos do PNE
e da UFRGS, o tema também vem sendo discutido no Fórum de Pró-Reitores de
Planejamento das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). “Um plano com
prazo maior, portanto, está alinhado com o que vem sendo discutido no âmbito da
educação”, comenta Soares.
Definir uma visão para
um período mais longo ajuda a caracterizar o PDI como um “Plano de
estado”, e não como “Plano de governo”. “O PDI é o documento da
Instituição como um todo, e não o plano de uma gestão que assume a Reitoria. O
distanciamento dos prazos ajuda a separar os dois instrumentos, que cumprem
propósitos diferentes”, explica o pró-reitor adjunto.
Os desafios enfrentados
na elaboração do PDI 2016-2026 na UFSM são aprimorar o método de
planejamento e transformar o horizonte que parece abstrato em ações concretas,
que tenham a capacidade de dar direção ao caminho a ser percorrido, sem
restringi-lo demasiadamente. Além disso, será importante acompanhar os
resultados obtidos, bem como realinhar os planos de longo prazo.
Estes também foram os
desafios enfrentados na UFRGS durante a construção do seu documento. Para
Zimmermann, estimar metas para o período de dez anos foi o maior dos problemas.
Nesse sentido, mesmo reconhecendo que os resultados desta primeira experiência
são bons, ele comenta que aperfeiçoamentos podem ser feitos.
O PDI pode ser ajustado,
caso se perceba que o que foi estabelecido precise ser modificado. “O desafio
de elaborar o PDI aumenta, pois é preciso envolver a comunidade de maneira
significativa, de forma que as suas diferentes visões e peculiaridades estejam
contempladas. É, sem dúvida, um grande desafio e requer esforço adicional de
todos”, acrescenta Soares.
Texto: Andressa Motter, acadêmica de Jornalismo,
bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti
Foto de capa: Arquivo