A defesa da universidade pública continua sendo a motivação de todos os movimentos que vivemos hoje na UFSM. Greve dos Técnico-administrativos, greve dos Docentes e o movimento estudantil. A PEC 55 está no foco dos debates e as estratégias para seu enfrentamento constituem um cenário de tensionamentos, que tem suscitado excessos daqueles que radicalizam suas posições.

Não podemos transformar essa luta tão digna em uma ação de divisão da comunidade universitária.

A violência não deve ser aceita em qualquer espaço onde se prega a democracia como referencial de ações políticas e de convivência.

Mais do nunca, este é o momento em que o diálogo deve pautar todas as ações. A arrogância, a intolerância e o retrocesso não devem ocupar o espaço da ciência, da educação, da inclusão, do respeito às diferenças, da diversidade e da democracia, resultado de muitos anos de luta, responsabilidade e consciência acadêmica.

A UFSM é uma instituição pública que busca cumprir seu papel no ensino, na pesquisa e na extensão e o faz a partir do compromisso de docentes, técnico-administrativos, estudantes e a comunidade. Busca, igualmente, reforçar a relação de confiança mútua com uma sociedade que espera ter na Universidade uma referência.

Portanto, apelo a toda a comunidade para que tenhamos a compreensão da complexidade do momento e façamos uma reflexão sobre o quanto podemos, cada um de nós, contribuir para usar nossas diferenças por uma UFSM melhor, solidária, democrática e inclusiva.

Paulo Afonso Burmann, 

Reitor da UFSM