Ir para o conteúdo UFSM Ir para o menu UFSM Ir para a busca no portal Ir para o rodapé UFSM
  • International
  • Acessibilidade
  • Sítios da UFSM
  • Área restrita

Aviso de Conectividade Saber Mais

Início do conteúdo

​Protocolo criado no Husm é referendado pela Fundação Banco do Brasil



“Fazendo o bem em 3D: CTdBem” é o título de um
projeto desenvolvido no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) que ganhou
certificado de tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil. Tecnologia social
é um termo que compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis. Está
baseado na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de
alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde e
meio ambiente, dentre outras.

Desenvolvido pelo Grupo de Computação Aplicada em Saúde
(CA+SA), o CTdBem é um protocolo de tomografia multislice com ultrabaixa dose de radiação para uso hospitalar,
que possibilita a produção de estruturas virtuais e protótipos por meio da
impressão 3D, dando previsibilidade aos procedimentos cirúrgicos, prevenindo o
aparecimento de complicações durante os tratamentos nas diversas áreas da
saúde. O processo começa na aquisição de imagens de tomografia do paciente,
pós-processamento destas imagens e criação de modelos 3D. Com estes modelos,
pode-se agilizar os procedimentos cirúrgicos, garantir precisão, otimizar o
tempo de recuperação do paciente e prevenir infecção, bem como reduzir os
custos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, a maioria dos hospitais públicos
brasileiros dispõe de equipamento de tomografia multislice, porém a maior restrição ao uso deste equipamento na
rotina dos pacientes (principalmente nos jovens) é a alta dose de radiação
emitida durante a aquisição das imagens. O uso deste exame permite maior
qualidade e previsibilidade na maioria dos procedimentos cirúrgicos e
diagnósticos, já que é mais sensível que a radiografia, possibilitando a
visualização e navegação virtual por imagens 3D do paciente.

O tomógrafo multislice
consegue obter imagens detalhadas dos órgãos internos do corpo. Pensando
nisso, decidiu-se reduzir as doses de radiação indicadas pelo fabricante do
equipamento para a realização do exame. O objetivo foi atingido e nasceu o
protocolo CTdBem, adotado desde setembro de 2014 para exames de
aproximadamente mil pacientes no Husm. A inovação
consiste em baixar a dose de radiação (para até 20 vezes menos do que a da
tomografia multislice em protocolo
convencional) sem perder a qualidade e a resolução das imagens, o que
proporciona mais segurança para o paciente, precisão no diagnóstico e economia
para os hospitais públicos.

A impressão 3D das imagens, possibilita a construção de
protótipos do corpo em tamanho real e com isso permite ao profissional da saúde
e, principalmente ao cirurgião, o planejamento prévio do procedimento, com
previsibilidade de resultados. Contudo, as etapas computacionais que permitem a
criação dos modelos 3D, bem como os custos de produção, são
limitantes para efetiva implantação na rede pública hospitalar brasileira.

Após a realização da tomografia, as imagens são pós-processadas
com custo zero para o hospital, pois são utilizados programas de computador de
código aberto para o serviço. Com a redução da dose de radiação utilizada no
exame, aumenta o que se chama de artefato, sujidade e/ou ruído nas imagens, mas
com a ajuda desses softwares, é possível realizar o pós-processamento (“limpeza”)
das imagens para uso clínico.

O CTdBem é uma alternativa viável, econômica e exequível
para obtenção de imagens 3D, sendo um método rápido, preciso, com ultra baixa
dose de radiação e pode ser realizado utilizando códigos de exame contemplados
na tabela do SUS. Ou seja, o hospital é remunerado para a realização do exame.

Outros projetos contemplados com o certificado da Fundação
Banco do Brasil constam na página do Banco de Tecnologias Sociais.

Divulgue este conteúdo:
https://ufsm.br/r-1-32250

Publicações Relacionadas

Publicações Recentes