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​Husm enfrenta superlotação no atendimentos a gestantes



O Hospital Universitário (Husm) aumentou em pelo menos 70% o atendimento a gestantes nos últimos três meses, devido ao fechamento da Maternidade da Casa de Saúde e à recusa de atendimento das gestantes pelo SUS nos demais hospitais de Santa Maria. A informação foi detalhada na manhã desta terça-feira (20) pela gerente de Atenção à Saúde do Husm, Soeli Guerra, em entrevista ao programa Bom Dia Universidade, da rádio UniFM 107.9. 

Hoje o Husm é o único hospital da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde a receber gestantes em atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A vereadora Cida Brizola, médica ginecologista obstetra da Casa de Saúde, informou no programa que as dívidas do Governo do Estado com repasses à Casa de Saúde foram pagas, e a perspectiva é de que a Maternidade seja reaberta no mês de março. O Hospital de Caridade não atende pelo SUS há dois anos.

Em números gerais, o Husm passou a atender cerca de 1,2 mil gestantes, em comparação às 700 atendidas antes do fechamento da Maternidade da Casa de Saúde. Os partos cesárea passaram de 80 para 120, enquanto os partos normais praticamente duplicaram, passando de 80 para 150 por mês. No mês de janeiro, o Husm estava com 27 gestantes internadas, sendo que a capacidade do hospital é de 10 leitos.

O Husm é referência regional no atendimento a gestações de alto risco, mas atende hoje em todos os níveis, de baixa e média complexidade. “O que se tem vivido no Hospital Universitário é uma situação extremamente grave e preocupante. É uma tensão permanente e diária. O Hospital vocacionado para o alto risco, quando recebe um número muito além do esperado para baixo risco, ameaça o atendimento para o qual é referência, porque os profissionais são os mesmos. É incompreensível para a população que a gente não tenha um apoio para o nascimento de baixo e médio risco na cidade”, afirma Soeli Guerra. 

Ouça a entrevista:

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