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Ligada à UFSM, SMDH lança segundo chip 100% brasileiro



Produzido pela
Santa Maria Design House (SMDH), o ZR16LP08 é o
segundo chip microcontrolador 100% brasileiro, reconhecido pelo Ministério de
Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) como produto nacional.

No início do ano, a SMDH, uma empresa sem
fins lucrativos ligada à Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC) e ao
Grupo de Microeletrônica (UFSM/GMICRO), que atua no desenvolvimento de projetos
de circuitos integrados, havia produzido o microcontrolador ZR16S08,
a partir da demanda apresentada pela empresa Exatron, de Porto Alegre.

Agora, o
novo chip foi criado para atender a empresa Imply Tecnologia LTDA, de Santa
Cruz do Sul. O projeto de desenvolvimento do microcontrolador começou em 2013 e
foi financiado pelo Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), programa do
MCTIC.

Os microcontroladores são dispositivos
capazes de realizar o controle de equipamentos eletrônicos por meio de uma
programação que define quais são as suas funcionalidades. O ZR16LP08 pode ser
usado na área de iluminação pública, no ligamento e desligamento de luzes nos
postes de rua, assim como pode atuar em controles gerais, por exemplo, para abrir
portas e janelas eletronicamente. Outra funcionalidade do chip é através da
Internet das Coisas, ao inserir o microcontrolador em objetos ou em coleiras de
animais para que se possa observar a sua localização.

O novo chip

O ZR16LP08 é um aprimoramento do ZR16S08.
A principal característica deste novo chip é o seu baixo consumo de energia –
por isso chama-se LP (Low Power) – a aplicação está na redução de cerca de 5% a
10% de energia dependendo do equipamento no modo Stand-By. Internamente, uma das
diferenças é na questão dos blocos de circuitos digitais e dos blocos de
comunicação que a primeira versão do chip não possui. A programabilidade e o
Core central são os mesmos nos dois microcontroladores.

Segundo
o coordenador geral da SMDH e professor do Departamento de Eletrônica e Computação da UFSM, João Baptista Martins, o reconhecimento do chip pelo MCTIC como produto
nacional é um marco Brasil. “O Brasil é um grande
importador de chips, tem 17 bilhões de dólares por ano que ele compra, não produz nada. A partir do momento que
começarmos a produzir, esse dinheiro que vai lá para fora nós vamos usar aqui
no país em outros investimentos, além de vender os chips para fora”, afirmou. Além disso, existem linhas de financiamentos no BNDES que privilegiam produtos que tenham em seu interior chip reconhecidamente nacional, através de incentivos financeiros com juros menores e carência.

A SMDH pensa em aprimorar o
chip ainda mais, buscando lançar versões com maior capacidade, tanto de memória
quanto de bits. Passando de 8 Bits para 16, seria aumentada a precisão. O grupo também quer produzir uma versão do microcontrolador que seja tolerante à radiação, para
que possa ser usado em satélites.

Texto e fotos: Laura Coelho de
Almeida, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias da UFSM
Edição: João Ricardo Gazzaneo 

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