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Impactos sociais e econômicos da UFSM são apresentados em coletiva de imprensa



Reitoria apresentou estatísticas sobre o desempenho da instituição e perspectivas orçamentárias

Professores Luciano Schuch (Esquerda) e Paulo Burmann apresentam à imprensa os números da UFSM em 2019

Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira (17), o reitor e o vice-reitor da Universidade Federal de Santa Maria, professores Paulo Burmann e Luciano Schuch, apresentaram à imprensa local e regional um balanço do ano de 2019 para a instituição. O principal objetivo do encontro com a imprensa foi comunicar à comunidade regional as ações implementadas e os resultados obtidos diante do cenário de dificuldades orçamentárias impostas às instituições de ensino superior em 2019.

Os impactos econômicos da UFSM para a região, a posição da universidade nos rankings nacionais e internacionais, resultados em ações inovação e empreendedorismo, questões orçamentárias e possibilidades de contingenciamentos futuros foram os principais assuntos respondidos pela reitoria.

Metas de desempenho e assistência estudantil

O reitor Paulo Burmann apresentou estatísticas atualizadas acerca do tamanho da UFSM, que além de Santa Maria, abrange os campi de Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Cachoeira do Sul. São 27.577 estudantes nos cursos de graduação e pós-graduação, dos quais mais de 5.300 possuem Benefício Socioeconômico (BSE). A UFSM continua como destaque em assistência estudantil na América Latina, com mais de 1,9 milhões de refeições oferecidas nos restaurantes universitários da instituição por ano, além de 2.250 vagas de moradia estudantil. Para Burmann, os números demonstram o impacto da universidade da vida dos estudantes e suas famílias: “São mais de 5.300 estudantes que não estariam na universidade se não fosse pela assistência estudantil. É importante considerar que a grande maioria destes estudantes tratam-se dos primeiros membros de suas famílias a ingressarem no ensino superior”, destacou.

A reitoria afirmou ainda que há uma preocupação, exposta também no plano de gestão, em alcançar um alto patamar de qualidade e desempenho da universidade. A meta é que a UFSM alcance o conceito 5 no Índice Geral de Cursos (IGC) até 2021. O balanço da década já demonstra um crescimento dos números, de 3,57 em 2009 para patamares próximos de 4 em 2019.

Entre as iniciativas que buscam melhorias nos principais índices de desempenho estão o fechamento de convênios com instituições públicas e privadas. Atualmente, a UFSM cultiva um bom relacionamento com o setor privado, num diálogo que é responsável por 65% dos convênios. Um processo de implantação recente é o de internacionalização: convênios internacionais já correspondem atualmente a 11% das parcerias. Outros 23% são convênios com o setor público.

Os impactos econômicos e sociais da Universidade Pública na Região Central

Um dos principais assuntos debatidos em 2019 na comunidade regional foram os impactos econômicos da presença da UFSM em Santa Maria e região. Os professores apresentaram uma série de estatísticas em defesa da importância da universidade para o desenvolvimento econômico. Desde 2013, 1.079 empresas gaúchas foram contratadas pela universidade. Anualmente, a universidade apresenta um gasto médio de 30 milhões com empresas gaúchas. Para Burmann, é evidente que há uma movimentação considerável de recursos que circulam em torno da universidade, não só através dos gastos diretos , mas também através dos servidores públicos e terceirizados da UFSM e do Hospital Universitário, cujo consumo impacta no comércio local e regional.

O impacto também se dá na captação de recursos para projetos via Fundação de Apoio (FATEC), que de 2013 a 2017, captou uma média de 28 milhões para projetos que envolvem 266 docentes, seja na coordenação quanto na execução. De acordo com o reitor, tratam-se de projetos de impacto para a comunidade, que servem como uma forma de devolver em serviços e ações os recursos investidos pela sociedade.

Burmann ainda destacou a importância do Hospital Universitário (HUSM) para toda a região central do estado. A redução constante de investimentos em saúde pública ampliou a demanda por atendimento no HUSM, que continua em lotação máxima. Trata-se do único hospital da região que atende integralmente através do Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 15 mil internações por ano e referência para mais de 1, 3 milhões de pessoas.

Universidade é destaque em inovação e empreendedorismo

Os impactos econômicos da UFSM também podem ser visualizados através do desempenho da universidade na área de inovação e empreendedorismo. De acordo com a reitoria, apesar do histórico consolidado da Incubadora Tecnológica de Santa Maria (ITSM), a inclusão de ações de empreendedorismo para o desenvolvimento institucional são recentes na universidade. A UFSM já apresenta resultados significativos: são 25 startups encubadas via Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec), que geram 156 postos de trabalho. Em quatro anos, já foram faturados R$ 4 milhões, com uma arrecadação de R$ 326, 5 mil em impostos.

Já são 30 empresas graduadas, com faturamento anual de R$ 50 milhões. Tratam-se de empresas já consolidadas no mercado, como a Delivery Much (alimentação), a Sonnen Energia (desenvolvedora de projetos em energia solar) e a Quimea (soluções ambientais). Em 2019, a organização Brasil Júnior classificou a UFSM como a 9ª universidade mais empreendedora do país.

Burmann destacou que, ao mesmo tempo em que a universidade ganha destaque em empreendedorismo e inovação, se consolida como uma das universidades mais inclusivas e diversas do mundo, conforme apontou ranking University Impact de 2019. “Não há contradição. Conseguimos dialogar tanto com os movimentos sociais quanto com o empresariado”, afirmou. A UFSM apresenta mais de 1.200 ações de extensão, entre cursos, projetos, eventos e prestação de serviço, com alcance regional e voltados à diferentes áreas da sociedade.

Contingenciamentos, Future-se e orçamento para 2020

As universidades públicas brasileiras sofreram com um amplo contingenciamento de recursos por parte do governo federal, o que gerou uma série de dificuldades na execução orçamentária das instituições. Na UFSM, foram mais de R$ 42 milhões em recursos contingenciados, o que demandou uma série de readequações orçamentárias que impactaram a comunidade acadêmica nos quatro campi. Paulo Burmann destacou que a universidade sempre trabalha na perspectiva dos recursos que realmente são liberados para a execução e que, em 2019, o percentual de recursos executados foi baixo. Há também o fato de que a maior parte dos recursos previstos estão sendo liberados pelo Ministério da Economia no final do ano, o que traz dificuldades de execução para as universidades. Contudo, no caso da UFSM, o montante descontingenciado no final de 2019 já foi executado.

A expectativa está na aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 que deve ser votada ainda nesta semana no Congresso Nacional. As perspectivas, porém não são animadoras: a UFSM prevê, de acordo com o texto da LDO/2020, uma redução de R$ 142 milhões para R$ 96 milhões em despesas discricionárias, sendo cerca de R$ 89 milhões para custeio e apenas R$7 milhões para capital e investimentos. O vice-reitor Luciano Schuch lembra que ainda existe a possibilidade de contingenciamento em 2020 e que, nesta hipótese, as universidades podem ter suas atividades inviabilizadas: “Em 2019 foram 42 milhões contingenciados e a previsão para 2020 é uma diminuição de 46 milhões, fora os possíveis contingenciamentos”, alertou.

Burmann reafirmou a necessidade do envolvimento de todos os agentes políticos da região central do Rio Grande do Sul no diálogo com o Congresso Nacional, para a sensibilização dos congressistas quanto à realidade orçamentária que se projeta para as universidades públicas brasileiras. O reitor lembrou que a UFSM possui diversos projetos de impacto no desenvolvimento econômico da região central que dependem do fator orçamentário. A expectativa é que os congressistas apresentem emendas ao projeto da LDO que beneficiem as universidades.

A reitoria destaca que, mesmo com as restrições orçamentárias, a assistência estudantil foi priorizada em 2019. Burmann reafirmou que não haverá regressão na assistência aos estudantes em caso de contingenciamento no próximo ano. Entretanto, alertou que a universidade já alcançou um limite em que, em caso de mais cortes, buscará readequações que vão impactar a comunidade acadêmica.

Quanto às iniciativas que buscam soluções para o impasse orçamentário das instituições de ensino superior, o Future-se também foi assunto da coletiva. A minuta do projeto foi apresentada no final do primeiro semestre de 2019 e gerou um amplo debate nas universidades. O programa do Ministério da Educação prevê formas alternativas de complementação orçamentária sob a condição das universidades adotarem algumas diretrizes de gestão, como contratos com Organizações Sociais. Entretanto, o projeto foi reformulado e uma segunda versão foi apresentada ao público, mas ainda não foi apresentado ao Congresso Nacional. De acordo com Burmann, há também dois projetos de lei que tramitam no congresso e que tratam de assuntos que perpassam o Future-se. Uma das propostas é o projeto de lei complementar do deputado Gastão Vieira, que regulamenta o artigo 207 da constituição (da autonomia universitária).

As informações completas, como desempenho da universidades, índices, rankings, impacto regional e previsões orçamentárias podem ser conferidas na Apresentação.

Reportagem e fotos: Davi Pereira – Agência de Notícias da UFSM

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