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Disk Pet: Hospital Veterinário cria canal para informar sobre o coronavírus em animais



A velocidade de propagação do novo coronavírus e os impactos dele no corpo humano despertam dúvidas de como o vírus também pode se comportar em animais. Apesar de até agora nenhuma pesquisa científica ter comprovado que a Covid-19 pode ser transmitida de animais para humanos, não é desconsiderado que eles possam ser infectados e possam ficar doentes. Para esclarecer essas e outras dúvidas da população com relação à doença em animais, o Hospital Veterinário Universitário (HVU) criou um canal de atendimento para fornecer informações aos donos de pets: é o Disk Pet Covid-19.

Apesar de responder questões especialmente sobre cães e gatos, o canal explica a relação da Covid-19 com qualquer outro animal. Segundo o responsável, Saulo Tadeu Lemos, docente do Programa de Residência Uni e Multiprofissional de Medicina Veterinária da UFSM, o objetivo é colaborar com a área da saúde, preservar os animais e evitar o abandono. “O foco é nos cães e gatos, já que são os mais próximos das pessoas e muitos são criados dentro de casa”, explica.

A equipe do Disk Pet é formada por residentes da Medicina Veterinária, orientados por professores tutores, os quais trabalham em escalas de atendimento em duas linhas telefônicas. Os horários estipulados para responder às perguntas da população são de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e sábados, das 8h às 13h30. Os telefones para contato são 3220–8257 e 3220–8393.

Conforme o professor Saulo, até o momento não há evidências contundentes de que exista infecção e/ou transmissão do novo coronavírus pelos pets. “A população começou a ter uma espécie de pânico. A Medicina Veterinária trabalha para a melhoria da saúde animal e humana, consequentemente. Os animais desenvolvem papel importante na manutenção da saúde mental das pessoas, que num momento como este pode estar comprometida”, comenta.

Utilizar álcool líquido ou em gel nas patas do animal pode causar lesões na pele

Para quem possui animais de estimação em casa, o indicado é sempre lavar as mãos com água e sabão antes e depois do contato físico com eles, explica o professor e veterinário Saulo Tadeu. “Se eles tiverem contato com pessoas contaminadas podem carregar o vírus no pelo e, se alguém tiver contato físico sem medidas de higiene, poderá levar o vírus para o nariz, olhos e boca. Este é um cuidado que devemos ter com qualquer animal ou objeto”, destaca.

O veterinário ainda alerta para sair de casa com o animal apenas quando necessário e não permitir o contato com pessoas e outros animais na rua, evitando sempre aglomerações. Após o retorno, é importante limpar as patas com um pano úmido que contenha água e sabão – álcool líquido ou em gel e outros tipos de detergentes como água sanitária podem causar lesões graves na pele.

O que fazer se o seu animal apresentar sintomas?

Os sintomas em animais ainda não são certos, já que não existem casos confirmados de animais com o coronavírus. Mas, de acordo com Saulo Tadeu, se levarmos em consideração casos suspeitos da doença que surgiram em animais e tiveram repercussões na mídia, podemos identificar sintomas como diarreia, vômito, anorexia, respiração rápida, falta de apetite, apatia, entre outros sinais.

Portanto, caso o animal apresente sinais que sejam compatíveis, o dono deve primeiro verificar se existem pessoas com Covid-19 próximas a ele, pois, até agora, o vírus parece ser transmitido das pessoas para os animais, e não o contrário. Após isso, o tutor deve procurar um médico veterinário, preferencialmente ligado à área da saúde. “Geralmente as prefeituras possuem este profissional. Ele poderá encaminhar o tutor e seu animal a uma clínica veterinária preparada para o atendimento”, recomenda Saulo.

Texto: Eloíze da Silva de Moraes, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista da Agência de Notícias
Fotografia: Rafael Happke

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