A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a defesa da ciência no país foi o tema de palestra temática realizada nesta segunda-feira (19), com a atual secretária regional da organização, professora Dra. Angela Wyse. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 1A e professora Titular de Bioquímica, ICBS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a professora abordou a presença histórica da ciência e dos esforços científicos no Brasil, em especial a formação de organizações como a SBPC e seu papel em defesa do conhecimento.
De acordo com a pesquisadora, o surgimento de iniciativas como a Academia Brasileira de Ciência, em 1916, e a própria SBPC, em 1949, foi uma forma de organizar coletivamente os esforços nacionais pela ciência, pois, até o início do século XX, as pesquisas cientificas eram principiantes e representavam o esforço individual de pesquisadores ou pequenos grupos ligados ao segmento científico. Segundo Wyse , “a formação da SBPC está ligada ao grupo de pesquisadores que trabalhavam em São Paulo. Na época havia um presidente do Instituto Butantan que demitiu diversos pesquisadores que não estavam trabalhando naquilo que o governo do estado queria. Isso gerou uma uma grande revolta e esse grupo se uniu, inspirados nos grupos de pesquisa do exterior eles criaram essa sociedade com intuito de ajudar os pesquisadores e a pesquisa no Brasil”, comenta.
Outro marco apontado pela secretária do SBPC foi a criação de museus com o objetivo de divulgar a ciência e a cultura. Em 1818, foi criado o Museu Real, que depois passou a ser chamado de Museu Nacional e agora pertence a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Outros exemplos são o Museu Paraense, fundado em 1866, e o Instituto Agronômico de Campinas, fundado em 1887.
Nos anos 2000, a SBPC conseguiu grande visibilidade dentro da política nacional, desde então o trabalho para defender a ciência e a educação do país é árduo. “A ciência é capaz de desenvolver o país. Um país desenvolvido depende do conhecimento e depende da ciência. É tão importante a nossa força e resistência, para que a nossa ciência continue e para que nossas brilhantes universidades continuem vivas. Nós temos que trabalhar para isso”, destacou Wyse.
. A palestra completa está disponível no canal da JAI no Youtube.
O evento organizado pelas pró-reitorias de Pós-Graduação e Pesquisa (PRPGP), de Extensão (PRE) e de Graduação (Prograd) segue até sexta-feira (23), com novos formatos de apresentação dos trabalhos e palestras com diversos convidados especialistas. Confira a programação para os próximos dias.
Reportagem: Vitória Parise, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias da UFSM
Edição: Davi Pereira