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Revista Arco realiza oficina sobre reportagem em quadrinhos com o jornalista Augusto Paim

Capacitação tem como objetivo a criação da terceira matéria neste formato



Quem participou da oficina oferecida online pela Revista Arco da UFSM, nesta terça-feira (23), conseguiu compreender o uso dos quadrinhos no jornalismo. A atividade conduzida pelo jornalista Augusto Machado Paim, egresso da instituição e doutor pela Universidade de Bauhaus, na Alemanha, teve duas etapas. Na primeira, Augusto mostrou um panorama geral da linguagem e diferenças entre cartoon e charge. Na segunda, compartilhou detalhes e resultados de sua tese voltada para a reportagem em quadrinhos.

O jornalista utilizou produções de diferentes artistas e comunicadores de países como Brasil, Alemanha e França para mostrar que, embora uma imagem possa ter o objetivo de simplificar uma ideia, muitas vezes ela é mais complexa de ser lida do que um texto. Além disso, o profissional enfatizou que a postura corporal e as expressões faciais das personagens são extremamente importantes na produção para a interpretação das histórias.

Ao retornar à sua universidade de formação, o egresso destacou que foi na UFSM que se interessou pela área, a partir do jornalismo literário. “Até hoje me faz brilhar os olhos. A união do jornalismo com quadrinhos surgiu no final da graduação e seguiu acompanhando minha carreira – meu doutorado foi sobre isso”, conta o jornalista, que também tem mestrado em Escrita Criativa.

Na oficina, Augusto compartilhou resultados de sua tese sobre reportagem em quadrinhos

Apuração condiciona jornalismo em quadrinhos

O jornalista que trabalha com quadrinhos não precisa saber desenhar, pois atua em dupla a exemplo do repórter e do fotógrafo nas redações de jornais, revistas ou sites; ou do repórter e do cinegrafista nas emissoras de televisão. No entanto, Augusto Paim é enfático ao dizer que, para ser considerada reportagem em quadrinhos, precisa ser resultante de um processo de apuração. 

Nesse sentido, o pesquisador destacou a importância da interação entre jornalista e desenhista ao longo de toda a construção da matéria e, principalmente, a experiência de ambos os profissionais com o objeto do seu trabalho – seja ele a história de um local ou a vida de uma pessoa. 

Augusto mencionou que diferentes gêneros jornalísticos podem ser produzidos em quadrinhos, como a notícia, a entrevista, o perfil, a resenha e o ensaio. Ele ainda fez comparações do uso do desenho e da fotografia. Em três situações, o desenho é, na visão do estudioso, mais recomendado: quando não é permitido, não é possível ou não é desejado que se fotografe. 

Por fim, Augusto respondeu a perguntas dos presentes e comentou sobre o mercado de trabalho na área e agradeceu por “retornar” à sua universidade de origem pela Revista Arco. 

Parceria resulta na produção de reportagens em quadrinhos

A Revista Arco já elaborou duas reportagens em quadrinhos e encaminha a sua próxima produção. A primeira aparece na 10ª edição, que contou com o auxílio do jornalista Augusto Paim: a história “Alma de Gafanhoto” sobre a Casa Indígena na moradia estudantil. Já a segunda, produzida na 11ª edição sob o título “Libras na Infância”, não teve a supervisão de Paim, mas buscou atender aos ensinamentos dele. A história registra projeto de extensão que ensina Língua Brasileira de Sinais em escolas do município.

A reportagem em quadrinhos “Alma de Gafanhoto” foi elaborada com ajuda de Paim para a Arco

“Alma de Gafanhoto foi um processo muito interessante, porque a repórter e a desenhista entraram de cabeça no desafio e toparam o processo minucioso de edição. Fiquei muito orgulhoso do resultado final, até por ver que a experiência foi muito útil para ambas”, comenta Augusto.

Já a terceira HQ só será revelada quando a 12ª edição da revista for publicada. De acordo com Paim, é nesta fase que seu trabalho poderá ser visto novamente, pois será produzido um especial sobre um espaço importante da vida estudantil da UFSM. 

“Esse resgate da memória é uma das possibilidades do uso dos quadrinhos no jornalismo. O desenho permite reconstruir cenas que estão apenas na cabeça das entrevistadas e dos entrevistados. Mesmo que haja fotografias do local, o desenho tem a vantagem de transmitir uma atmosfera que nem sempre está presente em fotografias”, salienta o jornalista.

Reportagem: Eloize Moraes, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Arco

Ilustração: Renata Costa, acadêmica de Produção Editorial e bolsista da Arco

Mídia Social: Nathalia Pitol, acadêmica de Relações Públicas e bolsista

Edição: Maurício Dias, jornalista

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