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Os sete desafios para o desenvolvimento da UFSM são destaque do Relatório de Gestão de 2021

Relatório é uma prestação de contas e um guia informativo da UFSM para a sociedade



No dia 29 de abril, a Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan) divulgou o Relatório de Gestão de 2021, que contém informações sobre as conquistas, avanços, desafios, números e demais relatos sobre o último ano da gestão dos professores Paulo Burmann e Luciano Schuch na Reitoria da UFSM. O documento foi supervisionado pela Coordenadoria de Planejamento Informacional (Coplin) e pela Coordenadoria de Planejamento e Avaliação Institucional (Coplai). 

Organização 

Segundo Marcelo Kroth, coordenador da Coplin e um dos organizadores do relatório, de 2018 a 2019 houve uma mudança em seu formato. Antes, era um documento bastante denso, com muito texto, tabela e informação, e chegava a ter 400 a500 páginas. Então, o Tribunal de Contas decidiu mudar essa lógica, ao tornar o registro uma prestação de contas não a si próprio, mas para a população, já que há outras formas de controle pelos sistemas informacionais do governo, como o site da UFSM e o Portal da Transparência. Segundo Marcelo, foi adotado um padrão internacional de relato integrado, método utilizado por um grande número de empresas atualmente, porque, dentre outros motivos, é visualmente agradável. “Para que todos consigam olhar e entender os resultados da Universidade”, afirma. 

O coordenador conta ainda que as informações contidas no relatório são coletadas ao decorrer do ano, em um movimento dinâmico. Como por exemplo, as demonstrações contábeis da Instituição, que a cada trimestre estão disponíveis na página oficial. No processo, as diferentes áreas do conhecimento são organizadas para mostrar à sociedade a visão dos acontecimentos em uma linguagem clara e simples. Ele complementa: “tentamos conectar pontos para que o Relatório conte uma história. Para que seja fluído, simples de ler, visualmente agradável e, assim, consiga demonstrar os resultados da Universidade”.  

Dentre todos os dados e informações contidos no relatório, Marcelo destaca uma característica em comum, a maturidade da Universidade nesse processo. Isso porque o relatório expõe as conquistas e as não-conquistas da Instituição, e com isso, pode-se fazer uma análise e enxergar o que acontece, a fim de reajustar os rumos.

Metas para todas as medidas  

O relatório se guia pelos objetivos traçados a médio e longo prazo pela Instituição, ao visar, cada vez mais, o reconhecimento nacional e internacional. O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2016-2026 é o documento que contém o planejamento de longo prazo da UFSM, ao buscar nortear o caminho a ser seguido pela Universidade no cumprimento de sua missão institucional no período de 10 anos, com sete objetivos institucionais e 32 indicadores. Já o Plano de Gestão (no caso, de 2018 a 2021) é o planejamento da administração central da Universidade e está relacionado ao período de gestão do reitor eleito pela comunidade universitária. 

Na apresentação do relatório, o então reitor, Paulo Burmann, e seu vice, Luciano Schuch, definem os últimos oito anos como um ciclo de qualificação e crescimento, com o olhar sempre apontado aos referidos planos. Porém, salientam que, no caminho para seus cumprimentos, há um ciclo de contínua restrição orçamentária, enquanto a inflação e os custos operacionais das universidades crescem na mesma proporção, porém em sentido contrário.

Segundo eles, em oito anos, por conta dessa política de sufocamento da educação pública e da ciência, cerca de R$ 500 milhões (em investimentos em estrutura e apoio a estudantes de baixa renda) não chegaram à UFSM e sua região de abrangência. “Trata-se de um prejuízo silencioso para a economia regional, mas principalmente um prejuízo na formação profissional de milhares de jovens e um prejuízo na geração do conhecimento através da ciência”, apontam, ao citar que as universidades federais são responsáveis por, pelo menos, 85% da pesquisa realizada no Brasil. Mesmo sob tais condições e sob os efeitos de dois anos da pandemia de Covid-19, os gestores reconhecem que 2021 foi marcado pelo reconhecimento externo da UFSM nos mais diferentes campos de atuação. 

Assim, dos 32 indicadores do Plano de Metas, oito já foram realizados, outros nove estão encaminhados para serem atingidos em 2022 e outros quatro requerem atenção. Além disso, há também mais quatro metas para as quais ainda não se tem medições atualizadas e não é possível ter um indicativo claro da situação atual. No entanto, há uma diferenciação entre as realizadas e as com dificuldades, devido ao momento excepcional criado pela pandemia. Por exemplo, por um lado a redução do custo com encargos só foi atingida em função das atividades remotas, que implicaram redução em custos como os de limpeza, terceirizados e energia elétrica. Por outro, a taxa de conclusão dos alunos de graduação foi prejudicada pelas dificuldades geradas para que estes concluíssem seus cursos. 

Com isso, mesmo com a falta de recursos, o trabalho e compromisso não cessam para encontrar os meios para, inclusive, rediscutir o Plano para indicadores mais arrojados, não só com os já estabelecidos, mas também ao ampliar o leque de realizações para “garantir um futuro sólido e seguro para a UFSM e para o Brasil”, como acreditam os gestores.

O objetivo dos objetivos  

Dentre tantos rankings em que a UFSM se encontra, um é especial: o Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação (MEC). Ele representa a qualidade do ensino superior, resultante de uma média ponderada de avaliações nacionais, para os cursos de graduação e de pós-graduação. Nele, é sintetizado o conceito de uma instituição de ensino superior, que varia de 1 a 5. A meta da UFSM para este ano é atingir o conceito máximo, isto é, 5. Para isso, é preciso obter um IGC contínuo de 3,945. Desde 2016 a UFSM apresenta uma evolução nesse parâmetro. No último resultado disponível, de 2019, a Universidade se manteve com o IGC 4, com um IGC contínuo de 3,907, algo que a colocou entre as 2,4% das instituições mais bem avaliadas do país, considerando as 2.070 participantes da estatística.

Conforme Marcelo Kroth, os indicadores são acompanhados e discutidos com regularidade justamente para que a nota maior seja alcançada. “Um grande objetivo é estar no seleto grupo de universidades com IGC 5 no país”, comenta. Na avaliação da gestão anterior, tudo indica que a Instituição está a um passo dessa conquista. 

Relação com o ambiente externo

Um dos tópicos do Relatório aborda alguns feitos da UFSM para a sociedade no ano passado. Como a redução de 0,99% no orçamento para investimentos e despesas correntes. São R$ 14,83 milhões a menos em relação a 2020. Este resultado, definido pelo governo federal, mantém a tendência de redução orçamentária da Universidade nos últimos anos. Outra questão aqui contemplada é a atuação na pandemia de Covid-19, quando continuou-se a adotar medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional. Desta forma, as atividades presenciais continuaram suspensas e os servidores e discentes da UFSM atuaram remotamente em 2021.

Paralelamente, desenvolveu-se diversas ações para combater o avanço do vírus, dentre elas: aquisição de EPIs, insumos medicamentos, materiais e equipamentos hospitalares; captação de recursos por meio de projetos; ampliação da produção de álcool gel, sabão e outros produtos de sanitização; campanhas de sensibilização da sociedade referentes ao tema Covid-19 e imunização da população; além da atuação conjunta com outros órgãos para aplicação de testes Covid-19 na população. Vale mencionar a parceria entre a UFSM e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para a realização da pesquisa epidemiológica. Nesta ação conjunta, foi estimado o percentual da população gaúcha infectada pela Covid-19 e o ritmo de avanço da pandemia no estado. Os resultados serviram de base para o projeto de enfrentamento da Covid-19, elaborado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.  

Os sete desafios 

Nessa parte, o relatório apresenta os resultados da estratégia institucional que foi traçada para o período de 2021 a 2022. O planejamento estratégico da UFSM é direcionado pelo seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), e tem como base sete desafios institucionais, que representam o compromisso da Instituição  com os pilares universitários de ensino, pesquisa e extensão, e com a gestão. Mas além destes, estão representados no PDI outros três desafios de relevância social com os quais a Instituição se comprometeu, o da internacionalização, inclusão social e gestão ambiental.

Desafio 1 – internacionalização 

Aqui, a UFSM definiu como meta estar entre as 20 brasileiras mais bem posicionadas no pilar internacionalização do QS Rankings América Latina. Desde a  primeira edição em que participou do ranking, a UFSM ganhou 11 posições no pilar internacionalização, conseguindo atingir tal meta da 20ª posição na última edição.

No contexto dos estudantes, em 2021, a UFSM contava com 265 estrangeiros, de um total de 32.688 estudantes, em todos os níveis de ensino, isto é, 0,8% desse total, ultrapassando a meta definida para 2022, de que 0,7% dos estudantes da UFSM sejam estrangeiros, ou seja, um aumento absoluto de 99 estudantes com naturalidade internacional. 

Não obstante, dentre os acordos internacionais, uma parceria com universidades chinesas proporcionou a criação de dois centros de pesquisa, sendo um deles voltado para agrotecnologias sustentáveis (RICSAgTech) e outro para química e alimentos (FoodChemTech). Outros projetos e acordos internacionais também foram executados em diferentes áreas, como uma pesquisa global de produtividade agrícola no Paraguai e outra na área de astrofísica nos Estados Unidos, a qual contou com apoio de órgãos de fomento internacionais. Ao todo, mesmo em um ano ainda marcado pela pandemia, foram cinco novos acordos internacionais firmados durante 2021, dando continuidade ao fortalecimento do processo de internacionalização da UFSM.  

Orçamento 

  • Nas Unidades de Ensino, aproximadamente R$ 372.047 foram destinados a ações relacionadas à internacionalização. No Ensino Técnico e Tecnológico, esse valor foi de R$ 20.012.
  • R$ 32.501 foram investidos na assistência a estudantes estrangeiros, por meio do Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes).

Desafio 2 – Educação inovadora e transformadora com excelência acadêmica

Diretamente relacionado à área de ensino, o segundo desafio aborda objetivos voltados para a obtenção de cursos de excelência integrados à sociedade, bem como a busca pela satisfação dos alunos e pela sua formação integral. Em 2021, ocorreu a continuidade da implementação do Regime de Exercícios Domiciliares Especiais (REDE), o qual ganhou reconhecimento nacional e foi objeto de parceria da Instituição com MEC no intuito de fortalecer e adaptar o modelo para que chegue também em escolas e estudantes do ensino médio.

Em 2018, tendo por base os resultados do IGC de 2016, a UFSM assumiu o compromisso de ter 96% dos seus cursos com conceito 4 e 5. Com os resultados da  avaliação em 2018, a Instituição atingiu a meta, e no último resultado disponível manteve esse percentual. Essa análise foi realizada com base no Conceito de Curso (CC), indicador da qualidade do ensino para os cursos de graduação que não fazem Enade e são avaliados por visitas in loco de técnicos do Ministério da Educação.

Há também o indicador Conceito Preliminar de Curso (CPC), o qual indica a qualidade dos cursos de graduação, calculado com base em três aspectos, originários do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade): a avaliação de desempenho dos estudantes; o índice de diferença de desempenho (IDD), que indica o quanto a Universidade agregou de conhecimento ao estudante; e a avaliação das condições oferecidas pela Universidade, em termos de infraestrutura, corpo docente e recursos didático-pedagógicos. Nesse indicador, a meta era que 85% dos cursos obtivessem conceito CPC 4 e 5 até 2022. Houve o alcance da meta com os resultados de 2019, quando 89% dos cursos da UFSM atingiram o conceito 4 e 5.  

Orçamento:

  • Mais de R$ 800 mil foram investidos na manutenção do sistema de bibliotecas e em recursos digitais e bolsas para a TI. 
  • A assistência estudantil recebeu aproximadamente R$ 381.311, que contribuíram para a promoção de uma educação transformadora.

Desafio 3 – Inclusão Social

Este está diretamente relacionado ao objetivo de fortalecer políticas de acesso à Universidade e reforçando a assistência estudantil com foco na permanência dos estudantes, conclusão dos estudos e bom uso dos recursos. Abrange ainda objetivos voltados para disseminar uma cultura ética em relação à inclusão social e ao meio ambiente, e preparar o corpo técnico e docente para lidar com os diferentes aspectos da inclusão social.

Na prática, ao retornar às atividades presencias, estudantes com demandas educacionais específicas têm mais ambientes adaptados para diferentes necessidades, como é o caso da sala de desenho acessível, que foi especialmente preparada com requisitos de acessibilidade e instalada na Biblioteca Central. Exemplos desse tipo são as oficinas de teatro online para surdos e as revisões introdutórias de disciplinas como física, química, português e matemática disponíveis para todos os alunos. Por fim, o ano de 2021 também ficou marcado pela aprovação de duas importantes políticas institucionais: a Política de Ações Afirmativas para a Pós-Graduação e da Política de Igualdade de Gênero.

Orçamento: 

  • Foi destinado R$ 3,3 milhões em obras e reformas realizadas em ambientes que contribuem para a permanência dos estudantes, como benfeitoria na Casa do Estudante e no Restaurante Universitário do campus sede, e também a construção do restaurante universitário do Campus Cachoeira do Sul. 

Desafio 4 – Inovação, geração de conhecimento e transferência de tecnologia 

O quarto desafio está diretamente relacionado ao pilar de pesquisa da Universidade, pois abrange objetivos direcionados a desenvolver e inserir na sociedade tecnologias sociais e a produção artística e cultural, a aumentar a inserção científica institucional, bem como fortalecer a inovação, o desenvolvimento tecnológico e a transferência de tecnologias para a sociedade. 

A pós-graduação contribui com o IGC, por meio dos seus resultados nas avaliações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e aumento no número de matriculados em cursos de pós-graduação, a qual a UFSM busca incentivar. Contribuirão para isso o aumento de cursos com Conceito Capes 5, 6 e 7, e do número de cursos de doutorado. Em 2019 houve uma queda nessa participação, e a pós representou 41,4% do IGC. A meta é que, em 2022, esse índice seja de 43%. Atualmente, a UFSM conta com 34 cursos de doutorado. A meta é que, em 2022, tenha, pelo menos, mais dois cursos nesse nível. 

Programas de Pós-Graduação (PPGs) que atingem os conceitos 5 e 6 são considerados consolidados, e programas de conceito 7 são aqueles considerados de excelência. Atualmente, a UFSM conta com 14 PPGs nesses níveis. Outro objetivo para 2022 é ter 20 programas com conceito 5, 6 e 7. Para isso, pelo menos seis dos 24 programas que têm conceito 4 devem subir para o conceito 5 na próxima avaliação da Capes.

Além disso, há as incubadoras. O processo de incubação da UFSM teve início com 13 empresas. Atualmente 40 são incubadas pela Instituição, recebendo apoio científico, tecnológico e suporte operacional, ao utilizar a infraestrutura da UFSM para desenvolver seus projetos inovadores. A intenção, para 2022, é que a UFSM possa oferecer esse suporte para 50 empresas.

Na pesquisa, um dos destaques do ano de 2021 foram os mais de 40 pesquisadores da UFSM contemplados com bolsas CNPq, indicando o reconhecimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico a pesquisadores da Instituição que foram destaque nas suas áreas de conhecimento e por meio das suas pesquisas incentivam a continuidade, a evolução e aplicação do aprendizado científico em benefício da sociedade. 

Orçamento

  • R$ 157.931 em assistência estudantil para acadêmicos envolvidos com pesquisa e inovação. 

Desafio 5 – Modernização e desenvolvimento organizacional

Nesse desafio, são abordados objetivos relacionados mais diretamente à gestão institucional, como fortalecer políticas de governança, transparência e profissionalização da gestão; otimizar rotinas administrativas e os sistemas de informação; aumentar a eficiência do processo de comunicação institucional, bem como objetivos voltados ao aumento do orçamento recebido do governo federal e incremento da captação de recursos extraorçamentários. Isso pode ser observado nos investimentos em energia fotovoltaica realizados, que, junto a outras ações de otimização de custos, continuam sendo importantes diante da tendência de pouca disponibilidade orçamentária.

A partir disso, houve um crescimento da captação geral de recursos: um dos objetivos estratégicos da UFSM é justamente o aumento de recursos extraorçamentários. Além de estratégica, a busca por recursos financeiros que complementem os valores repassados pelo governo federal é, cada vez mais, uma necessidade para a manutenção da qualidade das instituições públicas de ensino superior. Na UFSM, esse incremento ocorre por meio de serviços prestados e pela realização de convênios com empresas, estados e municípios para fins de pesquisas, via fundações de apoio. 

A Universidade tem como meta que, até 2022, a captação seja 30% maior que aquela de 2019, projetando um impacto aproximado de R$12,8 milhões a mais em recursos extraorçamentários. 

Orçamento:

  • No ano de 2021, os valores captados via uma das fundações com as quais a UFSM opera atingiram um montante de R$ 30,8 milhões.

Desafio 6 – Desenvolvimento local, regional e nacional

O Desafio 6 está voltado ao relacionamento da UFSM com a sociedade. O foco estratégico está em fortalecer as ações de integração com a sociedade, especialmente por meio dos ambientes de inovação e de ações e projetos de extensão nos campi fora de sede. Os projetos e ações de extensão universitária são expoentes nessa missão e a cada ano novas iniciativas se somam a ações já consolidadas ou em consolidação, como o Festival de Inverno, a Incubadora Social, o Centro de Convenções, os Geoparques na região de Caçapava do Sul e da Quarta Colônia, no Rio Grande do Sul, o Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia e o próprio Hospital Universitário.

Isso é observado na prática. Por exemplo, o UniRank é um ranking que tem o objetivo de acompanhar a presença de universidades na internet sob os aspectos da relevância do site da instituição e da presença da instituição nas redes sociais. Na revisão do plano de metas da UFSM, realizada em 2020, foi determinado que, em 2022, a UFSM deverá estar entre as 30 brasileiras mais bem posicionadas, considerando a posição média nas redes sociais consideradas pelo ranking (Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin e You Tube). Essa posição foi alcançada nos resultados de 2021. O trabalho agora é manter essa conquista em um ambiente que é extremamente dinâmico.

Outro objetivo da Universidade é ampliar o percentual de cidades contempladas com ações de extensão desenvolvidas nos campi de Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. A meta é que até 2022 70% dos municípios das regiões Centro-Oriental e Noroeste do Rio Grande do Sul tenham ações de extensão da UFSM. No ano de 2021, as ações de extensão universitária da UFSM chegaram a 63% das cidades do entorno do campus de Cachoeira do Sul e a 66% dos municípios das proximidades de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.

Não menos importante há o Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia da UFSM, instituído formalmente em 2020. Trata-se de um espaço que abrigará centros de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, incubação e pré-incubação, empresas residentes, empresas associadas, setores e projetos de pesquisa, espaços temáticos de uso compartilhado, espaços para treinamento e capacitação, prospecção e negociação, apoio e serviços, espaço para feiras e exposições, entre outros. 

Orçamento: 

  • R$ 497.853 foram direcionados para editais de fomento interno para ações de extensão.

Desafio 7 – Gestão Ambiental 

O último desafio está relacionado com a contribuição que a Universidade pode dar à sociedade, ao implantar um sistema de gestão ambiental que a torne modelo no tratamento de questões ambientais, bem como pela formação de indivíduos que tenham consciência ambiental. Internamente, ações de educação ambiental foram realizadas na Instituição, como manual de orientações sobre resíduos, aulas sobre captação de água pluvial e planos de saneamento, pela Empresa Junior Ecológica Jr., e uma publicação de livro que abrange o tema voltado ao público infantil. Além disso, foram realizados projetos com resultados que impactam positivamente no meio ambiente, como o desenvolvimento de biorreator para o tratamento de poluentes e a produção de mudas nativas para estudo e reflorestamento de áreas afetadas.  

Com isso, o GreenMetric World University Ranking mensura o desempenho sustentável das universidades, do mundo inteiro, por meio de um instrumento composto por indicadores que representam os eixos: energia e mudanças climáticas; ensino e pesquisa; mobilidade; resíduos; espaço físico e água. No intuito de conquistar o reconhecimento de práticas ambientais que a UFSM já realiza, e melhorar aspectos nos quais ainda há espaço para desenvolver ações passíveis de reconhecimento, como nas áreas de mobilidade e energia, a UFSM adotou os critérios estabelecidos no GreenMetric World University Ranking para definir seus indicadores e metas relacionados à gestão ambiental, para 2022.

Assim, considerando a existência de algumas iniciativas, a possibilidade de ampliá-las e retomar outras, relacionadas à mobilidade, a UFSM determinou como meta atingir a 8ª posição entre as universidades brasileiras nessa categoria do ranking. Na edição de 2021, a UFSM alcançou o 14º lugar. No último resultado do ranking, a categoria “energia e mudanças climáticas” possibilitou a 31ª posição. A meta da Universidade é atingir, pelo menos, a 21ª posição em 2022, considerando que a UFSM vem desenvolvendo importantes ações relacionadas a estes aspectos, como a instalação de usinas fotovoltaicas. No desempenho geral da última edição do ranking, a UFSM subiu duas posições e ficou entre as 23 universidades brasileiras mais sustentáveis. A meta é estar entre as 20 melhores até 2022.

Orçamento 

  • R$ 336.037 investidos em benfeitorias de infraestrutura, relacionadas à gestão ambiental, como as usinas fotovoltaicas nos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.

O Relatório da Gestão de 2021 aponta que a UFSM, em todos os desafios e metas, tem um longo caminho a percorrer e necessita do comprometimento cada vez maior de estudantes, de docentes, da equipe técnico-administrativa e da comunidade, porque essa última “olha para a Instituição com atenção, cuidado e crítica, mas evidentemente com um sentimento cada vez maior de pertencimento a um lugar que é seu patrimônio, por pública que é”.

Texto: Gabrielle Pillon, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista


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