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UFSM integra rede que promove campanha contra desinformação sobre a varíola do macaco

Rede Interinstitucional de Enfrentamento da Desinformação em Saúde é formada por diversas instituições



Criada em abril, a Rede Interinstitucional de Enfrentamento da Desinformação em Saúde (Redes) tem por objetivo ampliar o diálogo a respeito de doenças infecciosas que, por meio da disseminação de informações falsas, podem ser mais transmitidas, levando a um maior número de pessoas adoecendo e morrendo, consequentemente. Por isso, neste mês de setembro, como sua primeira campanha, o projeto decidiu ampliar o diálogo sobre a varíola do macaco. 

Com o início de sua disseminação em maio de 2022, a doença atingiu quase cinco mil casos em quatro meses no Brasil, e, ao final de agosto, chegou a Santa Maria. Essa transmissão acelerada acontece porque o contágio é feito de pessoa para pessoa, através do contato com lesões e secreções. Houve também registros de contaminação por meio das vias respiratórias. Nesse sentido, contraria-se a ideia equivocada de que a varíola provém do macaco; ele atua apenas como hospedeiro do vírus, assim como os humanos.

Para evitar a contaminação, indica-se higienizar as mãos com frequência, com sabão ou álcool em gel 70%, além de não manter o convívio com indivíduos infectados. 

Quando efetivado o contágio, a varíola causa lesões de pele dolorosas, que tendem a evoluir de manchas para bolhas, que posteriormente se rompem e formam crostas. Contudo, antes desses machucados aparecerem, outros sintomas apontam para a infecção, como explicitado abaixo. 

Acesse o site da Redes para obter mais informações sobre a doença.

Importância de iniciativas como a Redes

De acordo com a representante da UFSM no comitê gestor da Redes, a professora de Jornalismo do Campus Frederico Westphalen Luciana Carvalho, a ideia de desenvolver um projeto de combate à desinformação nasceu durante a pandemia de Covid-19, quando as informações irreais se potencializaram, a partir da propagação de fake news a respeito do coronavírus.

Nesse sentido, o Ministério Público (MP) mobilizou as demais entidades para elaborar a Rede Interinstitucional de Enfrentamento à Desinformação em Saúde, chegando aos seguintes integrantes: Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFFRS), Instituto Federal Farroupilha (IFFar), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), Procuradoria da República no Rio Grande do Sul (MPF/PRRS), Procuradoria Regional da República na 4ª Região (MPF/PRR4) e UFSM. 

Na composição da equipe há cientistas, médicos, pesquisadores de diversas áreas e jornalistas. Juntos, atuam na elaboração de materiais informativos para as redes sociais das instituições, na realização de oficinas explicativas para crianças em escolas e para profissionais da saúde. Pretendem, futuramente, ministrar minicursos sobre as doenças infecciosas para que radialistas do interior transmitam corretamente notícias acerca do tema.

Para explicar a importância de se combater a desinformação relacionada à saúde, Luciana destaca que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o mundo vive uma infodemia: termo correspondente ao grande fluxo de informações sobre determinado assunto que se espalha rapidamente pela internet, em um período curto de tempo.

Nessa lógica, a sociedade permanece constantemente imersa em novos conteúdos informacionais, verdadeiros ou não, sobre diversos tópicos, como a Covid-19, o que é um problema, segundo a integrante da Redes. “A desinformação afeta a saúde das pessoas e a democracia. Teve pessoas que morreram durante a pandemia de Covid-19 por acreditarem em desinformação, por aderirem a tratamentos que não tinham comprovação científica, por não se vacinarem. A gente tem hoje uma redução mundial nos índices de vacinação contra poliomielite, por exemplo [por causa da desinformação]”, afirma.

Por tais motivos, é necessário que se fomente o trabalho de projetos como a Redes e que se confira a fonte das informações antes de propagá-las.

Texto: Laurent Keller, estudante de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista

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