A UFSM participa da 50ª Feira do Livro de Santa Maria. Em forma de homenagem, esta edição é representada por todos os patronos e homenageados que já carregaram a Feira do Livro. O tradicional evento teve início no dia 28 de abril e vai até 13 de maio. Durante esse período, o estande da UFSM está com diversas atrações.

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) preparou uma série de atividades para entreter o público, em especial as crianças. Em parceria com a Coordenadoria de Tecnologia Educacional (CTE), foram realizados jogos e leitura de histórias. Além disso, a Pró-Reitoria de Extensão (PRE) também participou com uma série de exposições e apresentações dos trabalhos desenvolvidos na Instituição em conjunto com a comunidade.

Pintura facial e hora do conto

Vestida de fada e com cabelo azul, Maria Aparecida Azzolin, pedagoga do CTE, fazia pinturas faciais nas crianças que passaram pelo espaço da UFSM nesta quarta-feira (3). O local ficou lotado com os pequenos, que formavam filas para receber estrelas ou corações nas bochechas.

Um deles era Arthur, de 7 anos, que pediu o desenho do Batman. O menino achou lindo o ambiente e disse que gostou de tudo da programação. “Só não gostei dessa chuvarada”, admite. Mas os menores não são os únicos que comparecem à atividade. Maria Aparecida conta que, no início da semana, as duas primeiras pessoas que maquiou eram adultas. “As crianças amam, mas os adultos também passam por aqui e também podem sair com um coraçãozinho e uma florzinha no rosto”, relata.

A pedagoga explica que a ideia para a atividade surgiu da intenção de aproximar a Universidade da comunidade, a partir das crianças. Na Feira de 2022, o resultado positivo incentivou a equipe a repetir a ação este ano. “É a Universidade para fora do arco”, comenta.

Além da pintura facial, Maria Aparecida e seus colegas também organizaram a hora do conto, um momento que atrai a atenção da criançada para a leitura e interpretação de histórias. “A leitura precisa ser incentivada cada vez mais e momentos assim, onde as crianças têm esse contato com a literatura, são uma forma de despertar esse gosto, esse prazer em ler. É algo realmente fantástico. É um momento do ano que eu, particularmente, espero com ansiedade ”, confessa a pedagoga.

Robôs dançarinos

Outra atração do estande da UFSM são os robôs dançarinos do Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (Ctism). Orlando de Lima Cavalheiro, técnico administrativo do colégio, destaca que os adolescentes procuram os robôs no estande para saber sobre o funcionamento das máquinas. “Como é que faz para funcionar? Eles vêm de fábrica assim? Quanto custa? Essas são perguntas recorrentes feitas pelos jovens”, destaca Orlando. Já as crianças ficam ainda mais interessadas quando percebem os robôs em movimento, querem dançar junto com eles. Manuela, de 6 anos, com uma flor pintada no rosto. Viu os robôs pela primeira vez e gostou muito.

Os robôs foram adquiridos com a finalidade de atender demandas dos cursos do Ctism. “O aluno aprende a fazer um algoritmo de programação e ele faz o teste utilizando os robôs”, informa Orlando. O funcionamento é através da música, eles dançam conforme o som, além de desenvolverem movimentos próprios. Os alunos exercitam a robótica utilizando softwares, que são programados e enviados aos robôs.

Os “detetives do saber”

Outra atração que anima o público no estande da Universidade são os “detetives do saber”, personagens interpretados por Pedro Diana, acadêmico de Artes Cênicas, e Natália de Souza, acadêmica de Teatro. O objetivo dos detetives é imitar a dança dos robôs. “Só que, quando passamos para as crianças, elas sempre mudam o que o robô está fazendo para algo mais interessante. Aí parece que troca o jogo. O jogo que era de imitar o robô se passa para imitar a criança”, explica Pedro.

“Quando a criança vê um personagem, ela entra no jogo imediatamente”, expõe Natália. “Ela acredita naquilo, confia que tu é realmente um detetive, que aquele personagem existe. Então, é realmente mágico ver essa relação com o público”, compartilha. A atividade também atrai adultos, como o reitor da UFSM, Luciano Schuch, que dançou com os personagens.

Os personagens ainda chegarão às escolas. Isso porque está em desenvolvimento na UFSM o projeto “Rede Básica: a BNCC na Educação Básica”, em parceria com o Ministério da Educação, que propõe a criação de materiais didáticos-curriculares, em formatos sonoros e audiovisuais, para circular em canal aberto de TV dos municípios e programas de rádio. “É uma forma de levar a educação através de uma metodologia que os alunos já estão habituados, já conhecem e gostam. Então, é uma maneira efetiva de levar a educação e de levar a Universidade até as escolas públicas”, pontua Natália.

Pró-Reitoria de Extensão

As atividades da tarde de quinta-feira (4) ficaram sob responsabilidade da PRE. O objetivo é compartilhar o conhecimento produzido com a população e mostrar para a comunidade que projetos e ações são desenvolvidos pela Universidade. Estiveram presentes representantes da Incubadora Social da UFSM expondo os produtos e artesanatos produzidos no projeto. A incubadora trabalha transformando empreendimentos em realidade com o objetivo de gerar trabalho e renda para grupos em situação de vulnerabilidade social.

“Muita gente não conhece o projeto, pois utilizamos o espaço da antiga Reitoria, que fica no centro da cidade, e não no campus da UFSM. Por isso, quisemos trazer os produtos até a Feira do Livro para popularizar os empreendimentos”, explica Giovanna Angeloti, bolsista da incubadora.

O Observatório de Direitos Humanos (ODH) da Universidade também esteve no estande, apresentando os resultados do primeiro concurso literário “Vozes Negras”, realizado em 2022 com escolas da rede pública de Santa Maria. “Trouxemos os textos desenvolvidos para as pessoas lerem e conhecerem o concurso. A nossa ideia é que sejam cada vez mais trabalhadas dentro de sala de aula essas questões étnico-raciais de uma maneira lúdica. Viemos para a feira para deixar as portas da UFSM abertas para a comunidade e formar um espaço de construção de pontes”, afirma Victor De Carli Lopes, chefe do ODH.

Empresas juniores

Além disso, algumas empresas juniores foram convidadas pela pró-reitoria para mostrarem o seu trabalho. Entre elas estavam a empresa de consultoria do curso de Engenharia de Produção, ITEP, e a empresa de consultoria estratégica em gestão Caduceu, do curso de Ciências Contábeis.

“Pela primeira a gente está tendo essa oportunidade de ter um contato mais próximo com a comunidade e tivemos uma troca muito legal com quem passou pelo estande. Eu gostei muito dessa experiência, pois nos permitiu explicar melhor para as pessoas o que é uma empresa júnior e como ela pode ajudar a população”, relatou o estudante de Engenharia Química e diretor de vendas e marketing da ITEP, João Pedro Fonteneli.

Para o aluno, o estande da UFSM está com atividades muito boas. Ele achou muito interessante conhecer outros projetos de extensão da Universidade. “É muito importante a UFSM mostrar como a Instituição atinge positivamente a comunidade de Santa Maria. Além disso, olhar para os projetos atuais pode despertar novas ideias e gerar um maior envolvimento da Universidade com as pessoas”, comenta.

Outras possibilidades

O estande da UFSM continua com muitas atividades durante a Feira do Livro. Até o último dia do evento, o público vai poder conferir oficinas, jogos, apresentações musicais e lançamentos de livros. A programação completa pode ser conferida no espaço da Universidade na Feira.

Texto: Gabrielle Pillon, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias, Gustavo Salin Nuh, acadêmico de Jornalismo e estagiário da Agência de Notícias, e Rebeca Kroll, acadêmica de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Bernardo Silva, acadêmico de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias, Mayara Queiroz, acadêmica de Produção Editorial e bolsista da Unidade de Comunicação Integrada (Unicom), e Gabriel Escobar, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista