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Vestibular da UFSM pauta diversidade cultural e aproximação com a região

Ao longo de dois dias, vestibulandos precisaram resolver questões interdisciplinares à luz de discussões contemporâneas



Chegou ao fim o Vestibular 2024 da UFSM. Neste sábado (13) e domingo (14), milhares de candidatos participaram dos processos seletivos de ingresso na universidade – que, além do próprio Vestibular, abrangem ainda o Processo Seletivo Seriado (PSS), cuja prova 1 foi aplicada no sábado simultaneamente em 11 outras cidades, além de Santa Maria.

Durante a tarde, aconteceu a terceira e última coletiva de imprensa no Espaço Multiuso. Além do reitor Luciano Schuch e do pró-reitor de Graduação, Jerônimo Tybusch, também estiveram presentes na ocasião a chefe da 9ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal, Ana Cristina Londe, e o comandante da Companhia Rodoviária de Santa Maria, Thiago Nunes.

Organização gera segurança e comprometimento

De acordo com Nunes, o trânsito foi calmo durante o último período do Vestibular neste domingo, com nenhuma outra ocorrência tendo acontecido além da colisão entre um carro e uma moto, registrada durante a manhã. Para ele, o resultado geral foi positivo. “Se hoje estamos aqui com apenas uma ocorrência de trânsito é porque houve uma organização”, relatou o comandante, enquanto parabenizava o trabalho da Reitoria e da Pró-Reitoria de Graduação da UFSM.

O reitor Luciano Schuch (ao microfone) entende a volta do vestibular como uma forma de regionalizar as formas de ingresso na UFSM (foto: Ana Alicia Flores)

Cerca de 15 mil veículos rodaram pelo campus sede neste fim de semana, sendo mais de 8 mil no sábado e 7 mil no domingo. No que diz respeito a atendimentos médicos, o reitor garantiu que não houve nada grave: apenas cinco pessoas precisaram de auxílio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Já sobre a abstenção, na terceira e última prova a taxa foi de 14,19%, enquanto que na parte da manhã foi de 15,14% – uma das mais baixas já registradas. A taxa de abstenção geral foi de 15,19%.

Ao todo, foram 32 atendimentos especiais, com intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) à disposição, e mais outros tipos de atendimentos que os candidatos precisassem. Em uma de suas manifestações, o pró-reitor de Graduação agradeceu à Coordenadoria de Ações Educacionais (Caed) pelo trabalho nesta parte.

Tanto Schuch quanto Tybusch afirmaram que os melhores dias para a realização do próximo Vestibular ainda estão sendo estudados. Contudo, o reitor acredita que será em um momento semelhante ao deste ano: “vai ser muito próximo do que foi hoje”, declarou. Acerca da divulgação da lista de classificação final, o pró-reitor de Graduação estima que deve acontecer em meados de fevereiro.

Nesta segunda-feira (15), será liberado o gabarito preliminar, juntamente com os cadernos de questões das provas. A interposição de recursos quanto ao resultado poderá ser solicitada através do Portal de Documentos até 48 horas depois. Já o gabarito definitivo será disponibilizado até o dia 26 de janeiro. O candidato poderá conferir as respostas das questões aqui. Confira também o Manual do Vestibular.

Temas alinhados com a realidade brasileira

Cada uma das provas possuía um tema, que pautava as questões interdisciplinares. Na primeira prova, sábado à tarde, o tema foi “animais de estimação”. Já no domingo de manhã, a Amazônia guiou as perguntas da prova. Na parte da tarde, o tema foi “diversidade cultural”, alinhado com o tema da prova de redação: “apropriação cultural”. Nessa prova, os candidatos deveriam escrever uma carta aberta à ministra da Cultura, Margareth Menezes, sobre a questão: “o uso de elementos culturais fora do contexto original é uma forma de desrespeito ou de valorização do grupo de origem e da sua cultura?”

“Vivemos num país continental como o Brasil, o que traz uma série de aspectos que, assim como a UFSM, se conectam com a diversidade de nosso povo”, avalia o pró-reitor de graduação, Jerônimo Tybusch. A respeito do tema da redação, ele afirma que é preciso ter respeito pela cultura, pois “somos feitos por uma mescla de elementos culturais”, ao mesmo tempo em que se respeita a origem de cada tradição cultural. Jerônimo traz o exemplo da discussão quanto à possibilidade de uma empresa lucrar em cima de uma determinada cultura. “Há aspectos que devem ser resguardados”, analisa.

No tocante à escolha dos temas, o gestor afirma que há uma comissão responsável, que realiza o trabalho de forma reservada. De acordo com Jerônimo, outro fator importante para a realização do Vestibular foi a aproximação com a Coordenadoria de Educação Regional (CRE) e os mais de 600 colaboradores.

Resgate histórico para a região

O reitor Luciano Schuch entende a volta do vestibular como uma forma de regionalizar as formas de ingresso na UFSM, algo alinhado à origem da instituição, que foi a primeira universidade federal do interior do país, conta Schuch.

“Pensamos em metas globais, mas também temos que ter um olhar para o regional, desde a montagem do curso”, acredita. O reitor ainda cita os títulos de Santa Maria, como “cidade universitária” e “cidade cultura”, e relaciona o vestibular como um dos aspectos constituintes disso. Dessa forma, Schuch entende que o Vestibular qualifica o ingresso na UFSM. Além disso, o reitor cita as famílias mobilizadas em Santa Maria e como esse movimento impacta a economia local e a qualidade de vida para os estudantes.

Não obstante, Schuch entende o Vestibular como um trabalho junto à comunidade, para, dentre outras questões, divulgar cursos que são desconhecidos. “É um momento de muita alegria de quem trabalhou para isso acontecer. Desde que terminou o último Vestibular, começou-se a preparar esse. Agradeço a parceria com todos as entidades, como da polícia. É um momento histórico, são 14 mil famílias falando da universidade”, conclui Schuch, que afirma ter como expectativa a participação de 30 mil candidatos no PSS, em três anos.

Texto: Pedro Pereira e Gabrielle Pillon, estudantes de Jornalismo

Edição: Lucas Casali

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