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Professora da UFSM-FW receberá Prêmio Mulheres na Ciência

A premiação será entregue na Câmara dos Deputados, em Brasília



Professora Nara durante uma fala para estudantes

A professora da UFSM campus Frederico Westphalen, Nara Martini Bigolin, do Departamento de Tecnologia de Informação, foi agraciada com o Prêmio Mulheres na Ciência Amélia Império Hamburger da Câmara de Deputados. Ele é concedido a três cientistas que se destacaram pelas suas contribuições para a pesquisa científica nas áreas de ciências exatas, naturais e humanas. A premiação serve para reconhecer a excelência da participação feminina na solução dos grandes desafios da humanidade e um estímulo à capacitação de mais mulheres cientistas.

Nara é Cientista da Computação, Filósofa, Palestrante, Membro da Ordem Nacional do Mérito Educativo e Professora de Computação na UFSM. Ela possui graduação em Informática (PUC/RS) e em Filosofia (Universidade Paulista), fez mestrado em Ciência da Computação (UFRGS) e doutorado na área de Inteligência Artificial pela Universidade de Sorbonne (Sorbonne Université – Pierre et Marie Curie. Além disso, também coordena duas olimpíadas nacionais: Torneio Feminino de Computação (geral) e o Torneio de Física para Meninas (adjunta).

A professora foi agraciada pela premiação graças às suas ações em dois projetos coordenados por ela: o Projeto Movimento Meninas Olímpicas, que objetiva tornar as olimpíadas de conhecimento mais inclusivas e igualitárias; e o projeto Computação na Educação Básica, que busca transformar a educação básica do Brasil. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 4 de junho em Brasília.

Nara destaca que o prêmio é um incentivo para continuar na luta por estas pautas, pois, o mundo olímpico é um mundo competitivo e masculino. “Através deste prêmio há uma oportunidade de divulgar as ações e resultados do  Movimento Meninas Olímpicas, assim como divulgar meu protagonismo na criação e implementação de uma nova disciplina – Computação, em todos os anos da Educação Básica”, comenta a professora. 

Meninas Olímpicas

O projeto teve início em 2015. A iniciativa surgiu quando uma das fundadoras do Movimento, participou, no mesmo ano, de um encontro de treinamento para olimpíadas internacionais de matemática, em São Paulo. Ao todo eram 33 alunos convidados, além deles haviam professores e organizadores, todos homens, sendo ela era a única menina presente. Ao observar este fato em outros eventos, as irmãs Mariana Groff e Natália Groff, filhas da professora Nara, criaram o Movimento Meninas Olímpica com a coordenação da docente. 

O Movimento tem como objetivo aumentar a presença das mulheres em espaços estratégicos, como no meio político, empresarial ou científico da sociedade, através do incentivo à participação igualitária das meninas em olimpíadas de conhecimento nas áreas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

“Esperamos que um dia as mulheres sejam 50% nos em espaços de poder e prestígios na sociedade para alcançarmos  uma sociedade mais igualitária, inclusiva e inovadora”, diz a professora. Ela ainda comenta que se não houver meninas nas olimpíadas hoje, não haverá mulheres na ciência amanhã.

O projeto já tem nove anos de ações sendo desenvolvidas e o movimento tem proposto prêmios às meninas que participam das olimpíadas, tanto nas olimpíadas de conhecimento, quanto junto ao Poder Legislativo, através de Projetos de Lei no Senado, Câmara Federal, Assembleias Legislativas e Câmara de Vereadores. Além disso, também fomenta a criação de olimpíadas femininas nacionais, apoio às olimpíadas, incentivo da participação do Brasil nas olimpíadas europeias e a criação e organização de eventos olímpicos. Ainda, o projeto realiza o levantamento de dados sobre a sub-representação feminina em olimpíadas científicas nas áreas de STEM.

Computação para a Educação Básica

Em 2015, a professora Nara, após convidar alguns estudantes de 12 anos para assistir suas aulas de Programação no Curso de Graduação de Sistemas de Informação, percebeu que estudantes do fundamental II tinham mais facilidades para aprender os fundamentos da Computação que alunos de 18 anos. Segundo a Nara, assim nasceu a ideia de criar uma nova disciplina de Computação na Educação Básica. “Após 9 anos de muito convencimento e um árduo trabalho de elaboração das normas para  Computação na EB, o CNE aprovou as normas em 2022. Em 2023 o Senado e a Câmara Federal derrubaram um veto presencial e a disciplina passou a ser obrigatória”, afirma ela.

Futuro

Duas visões de futuro se tornaram realidade em menos de uma década: a Educação Básica com uma nova disciplina, a Computação, e o mundo olímpico mudando, através da representatividade, possibilitando as meninas saírem da invisibilidade. “Essas duas inovações certamente mudarão os rumos da Educação Pública Brasileira”, comemora a professora Nara.

Texto: Mariane Machado, estudante de jornalismo e voluntária da Agência de Notícias
Foto: Arquivo pessoal de Nara Bigolin
Edição: Mariana Henriques, jornalista

 

 

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