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Projeto testa uso de sensores acoplados a drones para inspeção de linhas de alta tensão

Financiada pela Aneel, a pesquisa visa a criar metodologias sistematizadas para atingir a padronização em inspeção de linhas



Um projeto de pesquisa em fase final de execução está testando, de forma inédita no Brasil, o uso de drones e inteligência artificial para diagnóstico não invasivo em linhas de transmissão, técnica fundamentada em emissões acústicas, imagens ultravioleta e termográficas. Com duração total de dois anos e encerramento previsto para outubro deste ano, a iniciativa é uma realização da UFSM em parceria com a CPFL Energia e a Universidade Federal do Pará (UFPA), e conta com financiamento de R$ 4 milhões do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Diferentes tecnologias são acopladas aos drones para a inspeção das linhas de alta tensão

Segundo o coordenador do projeto, professor Aécio de Lima Oliveira, do Departamento de Eletromecânica e Sistemas de Potência da UFSM, o objetivo da pesquisa é criar metodologias sistematizadas para atingir a padronização de inspeções de linhas. A inovação está no uso combinado de ferramentas comerciais e algoritmos de processamento de sinais que permitem avaliar a condição dos isoladores, elementos que garantem a segurança e o funcionamento do sistema elétrico.

“O ineditismo está no uso dessas ferramentas acopladas ao drone em uma aplicação real no Brasil. Embora existam experimentos no exterior, esta é a primeira vez que se utilizam esses tipos de sensores para inspeção de linhas de transmissão”, afirmou o coordenador.

Entre os dispositivos utilizados na pesquisa está um sensor de medição ultrassônica acoplado ao drone, voltado à detecção de descargas parciais nos isoladores, fenômeno que indica degradação da capacidade de isolamento. Um dos desafios enfrentados foi o ruído gerado pelo próprio drone, que interfere na captação dos sinais ultrassônicos.

“A gente pretendia desenvolver um equipamento que não existia comercialmente, mas, no meio do caminho, surgiu um fabricante chinês com um modelo com características similares ao do nosso projeto. Ainda assim, é uma tecnologia muito nova, que precisa de validação antes de ser incorporada ao dia a dia das concessionárias”, explicou.

O projeto também emprega uma câmera que detecta fótons emitidos por descargas parciais na faixa do ultravioleta, fornecida por um fabricante israelense, além de ferramentas computacionais que interpretam os dados obtidos nas inspeções. Esse desenvolvimento é considerado essencial, já que as concessionárias ainda não possuem experiência no uso desse tipo de tecnologia.

“O objetivo da metodologia é detectar, com antecedência, sinais que indiquem uma possível degradação da isolação, possibilitando a realização de manutenções preventivas antes que ocorram falhas críticas que causem desligamentos e prejuízos para consumidores e concessionárias”, destacou o pesquisador.

A equipe do projeto é formada por professores, doutorandos, mestrandos e bolsistas de iniciação científica da UFSM e da UFPA. Os ensaios experimentais estão sendo realizados no Laboratório de Alta e Extra Alta Tensão da UFPA, com validação da metodologia em linhas de transmissão de 230 kV do centro do estado do Rio Grande do Sul.

Texto: Assessoria de Comunicação da Pró-Reitoria de Inovação e Empreendedorismo

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