
O segundo dia da 40ª Jornada Acadêmica Integrada (JAI) foi nesta terça-feira (4) no Centro de Convenções, com as apresentações dos trabalhos de ciências agrárias, linguísticas, letras e artes. Nesta manhã, cerca de 320 banners foram apresentados.
A estudante Raissa Oliveira Casburg, do curso de Ciências Biológicas, participa pela primeira vez da JAI, e compartilhou sua experiência no evento: “estou achando o evento ótimo, porque a gente consegue aprender sobre diferentes áreas, além de juntar tudo que nós aprendemos em sala com os professores.”
Raissa apresentou uma pesquisa desenvolvida no Laboratório de Diagnóstico e Pesquisa em Leptospirose (LabLepto), no qual investigou os anticorpos anti-Leptospira em aves silvestres de criação em Santa Maria. Ela conta que desenvolveu o trabalho tendo em vista que a leptospirose é uma doença de relevância mundial, mas que não possui muitos estudos em aves. Das 16 amostras analisadas, ela conta que três tiveram resultado positivo, o que gera preocupação, já que as aves em questão não voam e costumam habitar ambientes domésticos, podendo transmitir a doença para outros animais e seres humanos.
A estudante Marhia Eduarda Adolfo Neves, do curso de Licenciatura em Letras/Português apresentou o trabalho “Quem fala quando a inteligência artificial escreve”, que tem como objetivo analisar o uso da inteligência artificial (IA) na produção escolar, observando de que forma a IA interfere nas condições de produção, nas interações e também na autoria dos estudantes.
Orientadora de Marhia, a professora Andrea Reginatto compartilhou que ficou surpresa com a movimentação dos alunos na segunda manhã do evento. “Acho que os alunos aderem bem à proposta, eu avaliei alguns trabalhos e estão todos muito bons. Alguns trabalhos de primeiro semestre estão muito qualificados, acredito que isso reflete na responsabilidade dos professores também. O resultado a gente vê aqui com trabalhos qualificados”, conta.

A aluna Paloma Vargas Nunes, do curso de Farmácia, apresentou uma pesquisa sobre compostos bioativos na formulação de produtos funcionais, devido à ampla gama de benefícios ao sistema biológico e ao potencial de atuação preventiva e terapêutica. No trabalho, foi analisada a presença das clorofilas e seus derivados no intestino de ratos diabéticos e ratos saudáveis. O estudo busca compreender se esses pigmentos podem atuar como agentes fármaco-bióticos, ajudando na saúde intestinal e no metabolismo energético.
A doutoranda em Letras e Estudos Linguísticos Gabriele Dorigon Herold apresentou uma pesquisa que analisou o jogo de imagens sobre o réu Luciano Bonilha Leão no júri do caso Kiss. A estudante compartilhou que sempre participou da JAI na modalidade oral, mas que neste ano teve vontade de apresentar-se através de banner, e que tem gostado do processo.
A pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Cristina Wayne Nogueira, destacou a importância da realização da JAI. “A manhã foi bastante movimentada, inúmeros trabalhos, o pessoal muito animado, então tá um clima muito gostoso e que nos entusiasma muito. O nível dos trabalhos está altíssimo, é um momento muito importante para a nossa ciência, para a pesquisa da instituição.”
A JAI também conta com apresentações de trabalhos orais e performativos. A apresentação dos módulos segue até sexta-feira (7), e a programação completa se encontra aqui.
Texto: Ellen Schwade, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias
Fotos: Daniel Michelon De Carli
Edição: Lucas Casali