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Comunicação, Gênero e Desigualdades

COMUNICAÇÃO, GÊNERO E DESIGUALDADES

Ver no Diretório de Grupos da CNPq Pesquisa Em Atividade

Projetos

Extensão

Resumo
O presente projeto de extensão tem como principal objetivo promover ações comunicativas e educativas de divulgação, sensibilização e conscientização sobre maternidades no contexto da pandemia de COVID-19. Essas ações foram desenvolvidas de forma integrada à pesquisa “Romântica, real e ativa: narrativas pessoais e interações sobre a maternidade nas redes sociais”. A fim de atender aos objetivos propostos pelo projeto, a primeira etapa metodológica é sistematizar e analisar os resultados da pesquisa supracitada, a qual apresentou como público mães de filhos(a)s em idade escolar vivenciando o isolamento social. A partir disso, pretende-se produzir materiais didáticos com diferentes linguagens e em múltiplos formatos e mídias, buscando contemplar as diversas realidades e demandas expressas do diversificado público de mães, sendo o foco específico da ação, mães que atuam na educação e mães estudantes. Quanto ao cronograma do projeto, este terá início em abril de 2021 e será finalizado em setembro de 2022. Dentre os resultados esperados, ressaltamos a sensibilização e conscientização sobre a temática maternidade e ciência no contexto de pandemia da COVID–19. Além disso, visamos contribuir para o desenvolvimento de trabalhos científicos e intervenções que tratem sobre as relações entre comunicação, gênero e maternidade. Os indicadores de avaliação utilizados são: (i) número de estudantes de graduação, pós-graduação envolvidos no projeto de extensão; (ii) parcerias internas e externas, (iii) pesquisa de satisfação com público-alvo; (iv) métricas de alcance das mídias sociais digitais.


Pesquisa

Refletindo as particularidades das relações entre gênero e ciência, o objetivo da pesquisa é colaborar com a discussão no entorno dos papéis e das problemáticas de gênero na produção científica da área da comunicação no Brasil. Nesse sentido, buscamos contribuir para a formação de redes de investigação e reflexão sobre a temática a partir do mapeamento, sistematização e publicização dos dados sobre as relações generificadas no âmbito do campo científico da Comunicação, a partir de suas instâncias legitimadoras e espaços, como também a partir da trajetórias de agentes situados nele. O quadro teórico de referência da proposta se circunscreve a dois pontos: (a) A reflexão sobre gênero e ciência; (b) As desigualdades de gênero no campo científico. No âmbito metodológico, a pesquisa tem natureza complementar quali e quantitativa, visando desenvolver um mapeamento sobre o gênero e a formação e a produção dos pesquisadores inseridos na área, a partir dos Programas de pós-graduação em Comunicação. Os procedimentos de coleta, descrição, análise e interpretação de dados da pesquisa se desenvolvem em duas etapas: (1) Mapeamento quantitativo das dinâmicas de gênero a partir do campo científico da Comunicação (PPGs, Entidades, Periódicos) e (2) Análise das trajetória das carreiras científicas da área sob o viés de gênero, a partir de pesquisadoras pertencentes a três grupos distintos, a ser realizada através de entrevistas semiestruturadas.

O ponto de partida de nossa problemática está na percepção das representações sobre a maternidade presentes nos discursos circulantes nas redes sociais digitais. De modo geral, notou-se que essas representações se dividem entre a exaltação da mãe, a exposição das contradições vividas pelas mulheres (especialmente durante a primeira infância dos filhos) e a indução das formas mais “adequadas” de se viver a maternidade (relacionadas às funções biológicas tidas como “naturais”, muitas vezes associadas ao amor materno, como amamentação em livre demanda e o incentivo ao parto natural). No caso do nosso estudo, importa destacar que o interesse se foca na experiência das mulheres diante desses discursos – que elas tanto constroem quanto interpretam. Nesse caso, partimos do argumento que os diferentes sentidos sobre a maternidade não são uma propriedade dos textos que circulam, mas são construídos na interação entre sujeitos, textos e contextos (idem p. 18). Ou seja, falamos de dinâmicas de constituição identitária, a partir da construção e leitura de narrativas pessoais e processos de autorepresentação sobre a maternidade e feminino, que se alteram através da mediação, da interação de sentidos possibilitada nas redes sociais (SOUZA; POLIVANOV, 2017) Em um primeiro levantamento feito para a realização desse projeto, destacamos três principais representações sobre a maternidade presentes nas redes sociais, aqui denominadas de maternidade romântica, maternidade ativa e maternidade real, que assumem, em certa medida, diferentes posições em relação aos valores dominantes que situam os parâmetros culturais e sociais da maternidade na atualidade. Como pergunta chave de nossa investigação, estabelecemos a seguinte pergunta: De que maneira a escrita de narrativas pessoais sobre a maternidade e suas respectivas interações nas redes sociais digitais incidem nos processos de subjetivação do papel social das mães que constroem e resignificam esses discursos?