DESINFOMÍDIA – ESTUDOS SOBRE DESINFORMAÇÃO NO ECOSSISTEMA MIDIÁTICO (DESINFOMíDIA)
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Contato:
desinfomidia.ufsm@gmail.comProjetos
Extensão
O projeto consiste na criação e manutenção de um veículo jornalístico digital, multimídia e multiplataforma (Canavilhas, 2014), de tradução, disseminação e divulgação de informações e conhecimento científico de programas, políticas e ações do Ministério da Saúde voltados à saúde mental, que terá como foco a prevenção e o combate à desinformação (Wardle e Derakshan, 2017; ONU, 2023) na área.O VerdadeiraMente terá como suporte principal um website – público, aberto e gratuito – destinado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a ser difundido em perfis e páginas do veículo em plataformas de mídia digital – como Youtube, Instagram, Facebook, Whatsapp, Pinterest e Tik Tok. Ainda que seu conteúdo possa ser de interesse de toda a população brasileira usuária do SUS, algumas produções e atividades terão caráter local, com foco nos municípios gaúchos de Santa Maria, Pelotas e Rio Grande, que sediam instituições participantes.O projeto terá sua base executora na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e seu hospital-escola, o Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), dado que a coordenação e edição2executiva do veículo estão a cargo de servidoras dessas instituições. A proposta ora apresentada faz parte das ações do Grupo de Pesquisa Desinfomídia – Estudos sobre Desinformação no Ecossistema Midiático (UFSM/CNPq)1. O VerdadeiraMente conta com editores na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e nos hospitais-escola da UFPel e da FURG. Os três hospitais contam com atendimento ambulatorial na área da saúde mental, e o HUSM é o único que oferece, também, internação na área. website será hospedado na internet, com design responsivo adaptável a dispositivos móveis; seu caráter multimídia se dará pela produção e publicação de conteúdos que combinem texto, fotos, vídeos, mídia sonora e infográficos; a produção será multiplataforma, por meio da distribuição transmídia (Canavilhas, 2014) de conteúdo em diferentes serviços de mídia social. O conteúdo incluirá newsletter distribuída por e-mail, além de produtos audiovisuais para veiculação em emissoras públicas das instituições envolvidas e distribuição em aplicativos de áudio e vídeo. Toda a produção será realizada por bolsistas e voluntários, estudantes das respectivas áreas, supervisionados pelos responsáveis técnicos da equipe e consultores especializados. O website será constituído de material fixo e jornalístico (com atualizações diárias), conforme detalhamento na seção sobre a Metodologia.Além de ser uma referência para a população se informar a respeito de serviços do SUS, informações e conhecimento científico sobre saúde mental do Ministério da Saúde, o VerdadeiraMente, enquanto veículo de comunicação especializado, promoverá rodas de conversa com professores da Educação Básica em escolas públicas dos três municípios de abrangência para divulgar o site e seus produtos, a ciência, as formas de acesso aos serviços de saúde locais e estratégias de prevenção e combate à desinformação na área. A ideia é que os professores sejam multiplicadores, em suas comunidades, da importância do letramento científico no cuidado com a saúde mental e que ajudem a tornar o VerdadeiraMente um facilitador nesse processo. Além disso, serão produzidos materiais científicos, como relatórios e publicações, além da realização de eventos voltados à comunidade científica no Rio Grande do Sul.
Pesquisa
Pretende-se compreender como a desinformação, fenômeno característico do cenário de desordem informacional (Wardle e Derakhshan, 2017), permeia o ecossistema midiático de matriz digital (Canavilhas, 2011; Carvalho, 2015). Os objetivos específicos são: produzir um estado da arte sobre a pesquisa em desinformação; identificar as formas de criação e propagação de conteúdos desinformativos no ecossistema midiático; e elencar estratégias de enfrentamento à desinformação. Segundo Wardle e Derakhshan (2017), a desordem informacional envolve três tipos de conteúdo: desinformação (conteúdo intencionalmente falso), mesinformação (conteúdo falso, mas a pessoa que o compartilha pode não perceber) e malinformação (informações verdadeiras que são compartilhadas com a intenção de causar danos). O projeto justifica-se pela necessidade de ampliar e aprofundar os estudos sobre desinformação na área da Comunicação, partindo da perspectiva ecológica da mídia (Braga, 2007; Scolari, 2010, 2015; Islas, 2015; Carvalho, 2015). Parte-se do pressuposto de que a desinformação faz parte do ecossistema midiático e nele opera impactos que precisam ser analisados e enfrentados. A proposta está atrelada ao ensino e à extensão, com a disciplina Extensão Universitária no Combate à Desinformação, ministrada no curso de Jornalismo da UFSM/FW, e com o projeto Agência Experimental de Notícias Da Hora, que prevê oficinas e produção de conteúdo para rádios comunitárias. A proponente representa a UFSM no Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal (STF) e na Rede Interinstitucional de Enfrentamento à Desinformação em Saúde (RedeS), além de integrar a Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD). A pesquisa envolverá revisão bibliográfica, análise de conteúdo, questionários e entrevistas.