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UFSM é reconhecida oficialmente como Centro de Referência Paralímpico

Com a chancela do Comitê Paralímpico Brasileiro, a UFSM poderá sediar competições oficiais de modalidades inclusivas



O Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da UFSM é oficialmente um Centro de Referência Paralímpico. A confirmação aconteceu na manhã desta quarta-feira (31), com a assinatura do acordo de cooperação técnica por parte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e da universidade, que se torna a segunda instituição do Rio Grande do Sul a adquirir tal chancela pela entidade nacional, junto com a Prefeitura de Canoas.

Os representantes do CPB participaram do momento de maneira remota. No Gabinete do Reitor, estavam presentes o reitor Luciano Schuch, o diretor e a vice-diretora do CEFD, Rosalvo Sawitzki e Daniela Lopes dos Santos, a professora e coordenadora do Núcleo de Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada (Naeefa), Luciana Palma, o professor e coordenador do Grupo de Laboratórios Associados (Glass), Fábio Lanferdini, bem como a professora Marli Hatje e estudantes envolvidos com o paradesporto.

O reitor Luciano Schuch (ao centro, de camisa branca) recebeu representantes do CEFD para a assinatura do acordo de cooperação técnica com o Comitê Paralímpico Brasileiro

Com o acordo, a UFSM passa a poder sediar competições oficiais de modalidades inclusivas, como o goalball e o basquete em cadeira de rodas (esportes em que a instituição dispõe de equipes), como também outras iniciativas, tal qual o Festival Paralímpico. Em 23 de abril de 2024, o Naeefa, núcleo responsável por promover as atividades para pessoas com deficiência, completa 30 anos de existência.

A coordenadora do grupo expressou, em sua manifestação, a importância da assinatura do acordo. “Acredito que a transformação em Centro de Referência Paralímpico é um momento histórico e de reconhecimento de todo o trabalho percorrido ao longo de todos esses anos, seja na extensão, principalmente, que é um dos nossos grandes caminhos, na pesquisa e no ensino”, declarou Luciana, que é, além de docente, graduada pela UFSM.

Além da professora, assinaram o termo o diretor do CEFD e o reitor. Segundo Schuch, a universidade receber esta chancela do CPB é essencial para exibir à comunidade que o trabalho realizado pela instituição é voltado para todos. “A gente consegue mostrar para a sociedade a importância das pessoas com deficiência estarem convivendo através do esporte competitivo e do esporte casual, que estão usufruindo da mesma infraestrutura”.

Para Sawitzki, “a importância dessa assinatura é que a sociedade saiba que nós somos referência no assunto e estamos com condições de atender a comunidade, respaldados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro”. Antes de oficialmente se tornar um Centro de Referência, a UFSM passou por outras duas etapas: a candidatura, realizada via carta de intenções, e a visita técnica, em que são analisados critérios como estrutura, acessibilidade ao espaço e procura por esportes paralímpicos.

A professora da UFSM Luciana Palma é coordenadora do Núcleo de Apoio e Estudos da Educação Física Adaptada (Naeefa)

Benefícios e metas

Somada à visibilidade que o acordo deve proporcionar, Luciana crê que a potencialidade de desenvolvimento da UFSM no universo dos esportes adaptados será intensificada. Para ela, a história mostra isso: “já são pelo menos 30 anos em que o Centro de Educação Física e Desportos vem desenvolvendo atividades relacionadas ao desporto paralímpico. Os benefícios não são só para a instituição, mas para todos os professores envolvidos na formação acadêmica, os estudantes que irão se envolver e as pessoas com deficiência”.

A coordenadora do Naeefa ainda garante que os jovens e suas famílias terão papel fundamental na participação das novas iniciativas que poderão ser realizadas em função da transição para um Centro de Referência. “Desde as crianças, visto que temos projetos vinculados ao desenvolvimento juvenil, até o alto rendimento. As pessoas poderão passar por todas essas etapas tendo interesse, vontade e disponibilidade”.

“Também é muito importante resgatar o envolvimento da família, no que diz respeito ao contexto social dessas pessoas. A gente acaba fazendo o que é de suma importância: desenvolver sempre a inclusão social”, continuou a professora. Até o momento, não há alterações na infraestrutura da UFSM confirmadas. Entretanto, para Luciana, a intenção é que melhorias sejam implementadas – não apenas no que diz respeito a questões de ordem estrutural, mas também organizacional. “Tudo que nós conseguirmos melhorar em termos de acessibilidade será sempre bem-vindo”.

Oportunidade para acadêmicos

Marcele Dornelles e Felipe Gaspary são acadêmicos do Bacharelado em Educação Física e integrantes do Naeefa. Para a aluna do CEFD, o acordo será essencial para que estudantes de diferentes cursos além da Educação Física, como Fisioterapia e Terapia Ocupacional, possam ter a possibilidade de trabalhar com modalidades paralímpicas. “Essa transformação só tem a engrandecer o conhecimento da comunidade acadêmica”, relatou Marcele.

O CEFD já recebeu três edições do Festival Paralímpico, que neste ano ocorre em 21 de setembro

De acordo com Gaspary, a transição para Centro de Referência pode instigar o interesse dos estudantes no envolvimento com as práticas paradesportivas. “A gente espera que agora estudos e novas ferramentas venham se somar ao que a gente já trabalha. Isso faz com que se desperte a curiosidade sobre o desenvolvimento de esportes para pessoas com deficiência.”

Próximos passos

Com o acordo, a UFSM pode sediar torneios oficiais de modalidades paralímpicas. Conforme anunciado pela coordenadora do Naeefa, o próximo torneio realizado no CEFD será a segunda etapa da Copa Gaúcha de Goalball, no dia 13 de julho. A rodada de abertura será em maio, na cidade de Porto Alegre, e a terceira em Rio Grande, no mês de outubro. A UFSM, que dispõe de uma equipe na modalidade, recebeu goleiras e traves do esporte através de uma doação do Comitê Paralímpico Brasileiro.

O tradicional Festival Paralímpico, que já teve três edições promovidas pela instituição, já tem data para acontecer neste ano: 21 de setembro, um sábado. De acordo com Luciana, “é um compromisso assumido, agora enquanto Centro de Referência, desenvolver o Festival Paralímpico todos os anos”.

Texto: Pedro Pereira, estudante de Jornalismo e estagiário da Agência de Notícias

Fotos: Ana Alícia Flores, estudante de Desenho Industrial e bolsista da Agência de Notícias

Edição: Lucas Casali

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