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Taura Bots vence competição internacional de arco e flecha no Taiwan



Um pequeno robô está de pé, segurando um arco e flecha.

A saga do robô arqueiro continua. Durante a FIRA RoboWorld Cup, realizada entre os dias 6 e 12 de agosto, o Taura Bots conquistou o primeiro lugar na categoria Arco e Flecha, dividindo o pódio com times do Canadá e México. Representado pelos estudantes de Engenharia da Computação, Guilherme Christmann e Gabriel Niederauer, o grupo levou até o Taiwan o robô Juarez, restaurado recentemente e que precisou passar por ajustes de última hora para estar “em forma” na competição.

Organizada pela Federação Internacional de Futebol de Robôs (FIRA), a RoboWorld Cup coloca times de robótica de todo o mundo frente a frente, visando a realização de tarefas diversas. Utilizando o robô Juarez, os representantes do Taura participaram da competição de Sprint (corrida de robôs), Mini DRC (robô executa tarefas sendo controlado remotamente por um humano, via cabo de rede) e Archery (arco e flecha).

A viagem até o Taiwan teve custo total de 23 mil reais. O grupo conseguiu apoio da UFSM (5,6 mil) e da organização da competição (6,8 mil), além de almoços e acomodação grátis. Os 10,6 mil restantes tiveram de sair do bolso dos próprios estudantes. Para diminuir os custos, o coordenador do grupo e professor do Departamento de Processamento de Energia Elétrica da UFSM, Rodrigo Guerra, ficou no Brasil, orientando o grupo remotamente.

Superando as dificuldades, Juarez acertou o alvo e trouxe o troféu para casa. Mas antes do sucesso internacional, ele passou por um período de esquecimento, como conta Guilherme: “ele não estava funcionando e estava desmontado há tempos. Ele só está montado agora porque um dos membros do grupo decidiu montá-lo, sem motivo, alguns meses atrás”. Com a sorte a seu favor, o Taura usou o robô como plataforma de treinamento para a participação do grupo na Hurocup, em março, no Irã, de onde trouxe o terceiro lugar geral.

Por falta de recursos para a aquisição de um novo, Juarez carrega um computador pesado em seu peito, o que dificulta sua mobilidade. “É complicado equilibrar um robô com peso tão grande e alto do chão, elemento essencial para uma boa caminhada. Esse peso a mais não influenciou tanto no arco e flecha, mas prejudicou a performance nas outras tarefas, que acabaram não sendo satisfatórias”, lamenta Guilherme.

Além disso, o grupo precisou improvisar para levar Juarez em condições de competir: “o cabeamento de energia que liga os motores das pernas falhou na noite anterior à primeira prova. Conseguimos equipamento emprestado de outra equipe à 1h da manhã. Outro problema que tivemos foi que uma peça do braço dele quebrou, e tivemos que fazer uma nova utilizando uma broca emprestada de outra equipe. Também possuíamos apenas uma bateria, e tivemos que comprar outra lá, com nosso próprio dinheiro, e conseguimos mais duas emprestadas”, relata Guilherme.

O Taura passou por cima dos imprevistos e dividiu o pódio com o Snobots (Canadá) e a Lynx Bots (México). Guilherme conta que, apesar de algumas vezes haver uma certa barreira de comunicação, o ambiente da competição é muito amigável: “um destaque especial pode ser feito aos membros do LiquidMotion, de quem ficamos muito amigos ao longo da nossa estadia no Taiwan. Todos os dias nos levavam pra conhecer a cidade, comer na rua e nos ajudavam com quaisquer problemas que tínhamos, principalmente com o idioma chinês”.

Para Guilherme, os fatores que levaram o Taura ao patamar de competição atual são a dedicação dos integrantes e a orientação do professor Rodrigo: “todos os envolvidos dedicaram muito do seu tempo e tudo o que sabiam para isso e continuam dedicando. Temos capacidade de formar um time competitivo forte. Nosso maior empecilho é o investimento, tanto em custos de viagem como em equipamentos para deixar o robô robusto. Nosso time foi representado por apenas dois alunos, enquanto todos os outros times tinham no mínimo quatro, mais um professor”.

Com o sucesso como motivação, o Taura não se acomoda e já tem as próximas aspirações em mente, como adianta Guilherme: “ainda esse ano, pretendemos participar da LARC/CBR, em João Pessoa. No ano que vem, o grupo pretende participar da RoboCup, na Austrália, e possivelmente na 24ª edição da FIRA RoboWorld Cup, que será realizada na Coreia do Sul”.

Confira a participação do grupo na RoboWorld Cup:

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Texto por Lucas Gutierres, acadêmico de Jornalismo – Núcleo de Divulgação Institucional do CT/UFSM. Fotografia: Rafael Happke, da Revista Arco.

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