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Abertura oficial do VII COPENE Sul e o fortalecimento do Bem Viver



O campus da UFSM recebe desta quarta-feira, 15 de outubro, até sábado (18) o VII Congresso de Pesquisadores Negros e Negras da Região Sul (COPENE). No primeiro dia de evento, o público participou de uma programação diversificada.

O VII COPENE Sul tem como temática “Resistências ao Sul do Sul: Tecendo as Cosmospercepções para o Bem Viver” e é realizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) da UFSM, pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) e conta com o apoio do Ministério da Igualdade Racial e da Fundação Cultural Palmares.

Abertura do evento

Na mesa de abertura, Angela Souza, coordenadora do NEABI da UFSM, reafirmou a presença de pesquisadores negros, negras, indígenas e quilombolas na Universidade e pontuou que o Núcleo trabalha para que os estudantes tenham sucesso em sua formação e saiam da Universidade graduados.

Adilson Pereira dos Santos, presidente da ABPN, parabenizou a organização do evento e convidou todos para a COPENE Nacional que vai acontecer em julho de 2026, na UnB em Brasília.

Representando os estudantes indígenas da UFSM, Lindalva Pinheiro Queiroz, do povo Xakriabá, afirma que a existência indígena é presença viva pulsando. Para além do academicismo, apontou para a necessidade de integrar outras formas de aprender e ensinar, capazes de abrir espaço para uma educação universitária plural, inclusiva e diversa.

O destaque da manhã foi a presença da professora Doutora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, renomada educadora, pesquisadora e ativista brasileira, cuja carreira é marcada pela luta contra o racismo e pela promoção de uma educação inclusiva. A professora afirmou que, na busca do Bem Viver, precisamos colocar em diálogo as distintas propostas de sociedade e de nação, advindas de pessoas de diferentes pertencimentos étnico raciais, para que seja possível chegar a um comum – essa é a principal contribuição da educação das relações étnico raciais. Para complementar, Isadora Bispo, representado o Ministério da Igualdade Racial, destacou que, ao refletirmos sobre a temática do evento – o Bem Viver – é preciso pensar em várias camadas: “começando no ponto sobre termos o direito de existir, de termos acesso à alimentação três vezes ao dia, no mínimo. É um tema muito mais amplo e mais profundo do que imaginamos”.

A abertura oficial do evento aconteceu com o cortejo guiado pelo Ílé Àṣẹ Ìyá Omin Òrune e com a apresentação artística do Programa de Extensão MOJUBÁ: Danças Populares Brasileiras, coordenado pelo Prof. Dr. Jesse da Cruz, que dissemina as diversas danças e manifestações de cunho popular brasileiro, com foco nas danças afro-brasileiras e indígenas.

Tarde de diálogos

A tarde foi intensa, com diversos simpósios temáticos, mesas-redondas, comunicação de pesquisas, painéis, feiras e lançamento de livros, além de uma intensa agenda cultural com repertório das mais variadas expressões e linguagens culturais de matriz afro-brasileira, indígena e africana.

O diálogo “Territorialidades quilombolas para o Bem Viver” reuniu representantes do Movimento Negro Unificado, da Fundação Cultural Palmares, da Coordenação Nacional de Entidades Negras, da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as, lideranças quilombolas, movimentos antirracistas do Brasil, ativistas dos movimentos sociais, membros de comunidades tradicionais, pesquisadores e educadores antirracistas.

Na ocasião, o professor Doutor Anderson Luiz Machado dos Santos, coordenador do NEABI da UFSM, falou sobre a importância do território para o bem viver e para as comunidades tradicionais, para quem a propriedade da terra tem outro sentido: “ela não é só terra, ela é território, faz parte da busca por uma vida que seja digna. As comunidades tradicionais detêm os saberes que são fundamentais para o tipo de sociedade que nós queremos”.

Para complementar, a liderança quilombola Ivonete Carvalho afirmou que “bem viver é terra, é título da terra, é lavoura orgânica. Quando falamos de bem viver, é preciso falar disso. Bem viver é alimento saudável, é água saudável e moradia digna”.

Programação do segundo dia do evento – quinta-feira (16/10)

Manhã

8:00 – Credenciamento (Auditório Prédio 18)

8:30 – Espaço Erê (Colégio Politécnico – Bloco D)

8:30 – Exposição Lélia Gonzalez (Hall Prédio 74C)

8:30 – Coral Guarani (Auditório do Prédio 18)

8:30 – Mesa Redonda IV, Emergência climática: Racismo ambiental e luta pelo Bem Viver (Auditório do Prédio 18)

10:00 – Grupo de Dança Kaigang (Auditório do Prédio 18)

10:00 – Mesa Redonda V, Caminhos Plureancestrais: resignícando corpos pretes na ciência, para construção da afrodiasporienidade e humanização para as diversidades na academia do Sul ao Sul (Tenda Ilê Oca dos Saberes Ancestrais e Africanos – planetário)

Tarde

14:00 – Mesa Redonda VI, Entre a Festa e a Luta – Clubes Sociais Negros como Território de Resistência (Auditório do Prédio 18)

14:00 – 16:00 – Sessões Temáticas (Prédios 16CE /40 / 40C / 74A / 74B / 74C)

15:00 – 17:00 – Painel OBERERI (Auditório Imembuí)

17:00 – 18:00 – Exposições e Espaço para lançamentos de livros (Hall do Prédio 74C)

17:30 – Encontro das Ruas, Movimento HIPHOP (Tenda Ilê Oca dos Saberes Ancestrais e Africanos – planetário)

14:00 – 16:00 – ST 01 A gestão escolar e a mobilização social no desenvolvimento da educação das relações étnico-raciais na educação básica, Coordenador(a): Valesca dos Santos Gomes (PUCRS), Sara da Silva Pereira (Prefeitura), Tânia Mara Pacifico Hreisemnou (UFPR) (Prédio 16CE, sala 215)

14:00 – 16:00 – ST 11 Intelectualidades e Produções Acadêmicas de Africanos(as) continentais no Sul do Brasil, Coordenador(a): Israel Mawete Ngola Manuel (UFRGS), Natália Ernesto Cá (UFPR), Ayolsé Andrade Pires dos Santos (UNESP) (Prédio 16CE, sala 314)

15:30 – 19:00 – ST 12 Literatura na ponta da lança e do lápis: narrativas contemporâneas de autorias negras do rio grande do sul, Coordenador(a): Andressa Thais Lima dos Santos (PUCRS), Cristina Gamino Gomes Tonial (ULBRA) (Prédio 74A, sala 2165)

14:00 – 16:00 – ST 15 Práxis Pedagógica: a educação das relações étnico-raciais na educação básica, Coordenador(a): Valesca dos Santos Gomes (PUCRS), Sara da Silva Pereira (Prefeitura), Edna Aparecida Coqueiro (SEED) (Prédio 40, sala 1217)

14:00 – 16:00 – ST 18 Uma Agenda Interseccional entre Raça e Gênero, Açoes Afirmativas e Arte Educação, Coordenador(a): Ana Lúcia Aguiar Melo (UFSM), Bruna Ribeiro Troitinho (UEPA), Maria Rita Py Dutra (SE) (Prédio 74C, sala 4135)

15:00 – 17:00 – Painel OBERERI (Auditório Imembuí)

16:00 – 18:00 – Oficinas e Minicursos

17:00 – 18:00 – Exposições e Espaço para lançamentos de livros (Hall do Prédio 74C)

17:30 – Encontro das Ruas, Movimento HIPHOP (Tenda Ilê Oca dos Saberes Ancestrais e Africanos – planetário)

Noite

18:00 – Reunião do Consórcio de NEABs e Grupos Correlatos (Auditório Imembuí) / Assembleia do Fórum da Educação Básica

19:00 – Mesa Redonda VII, Encruzilhadas de Saberes e Práticas Populares Antirracistas (Tenda Ilê Oca dos Saberes Ancestrais e Africanos – planetário)

20:00 – Espetáculo Bayle da Obra (Ílé Àṣẹ Ìyá Omin Òrun)

Ao longo do dia:

Exposições (Hall Prédio 74C)

Feira Preta (Tenda Ilê Oca dos Saberes Ancestrais e Africanos – planetário)

Espaços de Acolhimento e Tenda do COPENE SUL

O largo do planetário da UFSM contará com dois espaços para receber os/as participantes do Congresso: o “Espaço de acolhimento”, que incluirá promoção de práticas integrativas da saúde da população negra, indígena e momentos de reflexão; e a “Tenda do COPENE SUL”, um espaço de partilha de experiências e articulação política.

Espaço Erê e ERER

Durante todo o evento, vão ser ofertadas atividades no Espaço Erê e ERER, no Colégio Politécnico – Bloco D, para acolher as crianças entre 2 e 10 anos que vão acompanhar seus responsáveis durante o COPENE Sul.

Jantar Baile

O Jantar Baile do VII COPENE Sul vai acontecer na sexta-feira (17/10). O cardápio será afro-brasileiro, com acarajé tradicional/vegano, feijoada tradicional/vegana e uma mostra gastronômica dos estudantes do continente africano. O Jantar Baile será na sede Campestre ASSUFSM, às 21h. Haverá transporte saindo da UFSM. Ingressos: R$20 estudantes e R$50 inteira. Ingressos disponíveis aqui.

Mais informações:

Site do evento: www.copenesul2025.abpn.org.br

Instagram do evento: www.instagram.com/copenesul.abpn

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